Cada Escolha, Uma Consequência



Toda a escolha tem uma conseqüência.

Toda a metamorfose exige um rompimento.

Não se faz omelete sem quebrar ovos.

O cantor Nei Lisboa canta: ”Todo mundo quer a vida que eu pedi a Deus”.

Tudo mundo quer só a parte boa das coisas (parece empresa privada quando compra estatal).

Se você vai fazer uma viagem com a família, poderá estar realizando um sonho, indo ao encontro da felicidade, se divertir muito, mas, por outro lado, vai ficar longe de casa, vai gastar, vai se cansar, etc.

Se resolver se separar depois de anos de casamento, pode ser uma decisão que traga muitos benefícios, mas poderá se arrepender, perder aqueles antigos amigos, prejudicar o próprio emprego, causar traumas para os filhos, dilapidar o patrimônio, etc.

Se você quiser ter o prazer indescritível de mandar seu chefe para longe, poderá passar um bom tempo em casa, usufruindo desse gozo.
Decisões são os grandes momentos dos campeonatos de nossas vidas.

Ter um filho, por exemplo, talvez seja a decisão mais importante de nossa existência. É como brincar de Deus.

Acontece que a nossa preocupação com eles, e muitas vezes até, sustentá-los, podem durar sessenta anos, ou mais, sem falar que talvez tenhamos que nos preocupar em ajudar a criar os filhos deles.

Qualquer escolha que fizermos, invariavelmente vai nos levar em algum lugar, a um novo quadro, tirando-nos do estado de repouso atual. Esse lugar, dependendo da escolha, demora um pouco mais para se tornar visível e é isto o que mais preocupa.

As decisões mais importantes e definitivas que tomamos, normalmente levam mais tempo para se formatarem à nossa frente, o que faz com que cheguemos a pensar que foi uma peça do destino e não o resultado de algo que escolhemos lá atrás o que agora se materializa bem diante de nossos olhos.

As escolhas que demoram mais para aparecerem seus resultados, parecem serem dotadas de um menor potencial ofensivo aos nossos destinos e, por isso, são tomadas como se fossem sem nenhuma importância.

O mundo atual, ao mesmo tempo em que parece ser o paraíso das oportunidades, das realizações dos desejos mais impossíveis, não nos dá grandes chances de opção para que consigamos nos estabelecer como ser consumista. Precisamos um saco de dinheiro para a habitação, energias, alimentação, impostos e tudo o mais para mantermos a nossa saúde física e mental, para poder, pelo menos, continuar enchendo esse saco.

Cada sim ou cada não, ditos ontem, fizeram o que somos e construíram o que temos hoje.

Cada sim ou cada não, ditos hoje, vão definir o que estaremos enfrentando amanhã.

Cada sim ou cada não, ditos em qualquer tempo, é tudo o que temos, tudo o que somos, tudo o que seremos e tudo o que, um dia, deixaremos.

Sérgio Lisboa.


Autor: Sérgio Lisboa


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