A GLÓRIA DO MINISTÉRIO CRISTÃO



INTRODUÇÃO

 

Após uma grande vitória sobre as investidas do inimigo, Paulo faz uma defesa da sua conduta aos irmãos de Corinto. Em virtude de não cumprir uma rota de viagem previamente programada, foi acusado de não cumprir com a sua palavra, acusações estas que tinham o objetivo de denegrir sua imagem e ministério diante da igreja em Corinto. Contudo, Paulo sabia que havia no meio da igreja alguns irmãos que acreditavam no seu ministério e na sua sinceridade no trato com a Igreja.  

 

Apesar de já havermos estudado em outras ocasiões I e II Coríntios, com certeza seremos surpreendidos com as novidades que estão por vir nesta aula, pois a versatilidade da Palavra de Deus (Ef 3.10) é a força motriz da vida do cristão.

 

Interpretando  1. 12-22

 

Às vezes lemos as Escrituras e não entendemos algumas palavras ou expressões, contudo, os escritores ao escreverem, utilizaram palavras e expressões locais ou universais, expressões estas que só passa a ter um peso significativo quando nos interamos com o fundo histórico da época e para quem foi escrito o texto. Assim podemos fazer a aplicação correta e na mesma proporção da nossa realidade. As cartas de Paulo são muito ricas em figura de linguagem e no seu estilo literal.

 

Usaremos muito do contexto histórico e cultural da época dos acontecimentos e alguns significados de palavras em sua linguagem original (Grego Koinê), assim mais uma janela do nosso entendimento se abrirar para o conhecimento, nos fazendo crescer (2 Pe 3.18).

 

1.12-22

12. Porque a nossa glória é esta: O testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e maiormente convosco. 13. Porque nenhumas outras coisas vos escrevemos, senão as que já sabeis ou também reconheceis; e espero que, também, até ao fim as reconhecereis. 14. Como, também, já em parte reconhecestes, em nós, que somos a vossa glória, como também vós sereis a nossa, no dia do Senhor Jesus. 15. E com esta confiança quis, primeiro, ir ter convosco, para que tivésseis uma segunda graça, 16. E por vós passar à Macedónia, e da Macedónia ir outra vez ter convosco, e ser guiado por vós à Judeia. 17. E, deliberando isto, usei porventura de leviandade? Ou, o que delibero, o delibero segundo a carne, para que haja em mim sim, sim, e não, não? 18. Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não foi sim e não. 19. Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas nele houve sim. 20. Porque todas quantas promessas há de Deus, são, nele, sim, e, por ele, o Ámen, para glória de Deus, por nós. 21. Mas, o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, 22. O qual, também, nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.

 

1.12. Porque a nossa glória é esta: O testemunho da nossa consciência, de que, com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e maiormente convosco.

 

A principal razão de Paulo escrever esta carta foi defender seu ministério de falsas acusações. Embora Tito houvesse trazido um relatório encorajador acerca da atitude arrependida da maioria dos crentes Coríntios (2 Co 7.6) , alguns ainda criticavam Paulo e seu ministério para que severamente. Ele sentia que era necessário defender seu ministério para que estas acusações infundadas não afetassem a expansão do Evangelho.

 

Porque a nossa glória é esta. Paulo tinha boas razões para gloriar-se. A Bíblia geralmente trata a jactância como pecado, porque esta é natural de falso orgulho. Paulo porém, prossegue em gloriar-se, não por orgulho ou auto-exaltação, mas sim, por ter certeza absoluta que o seu relacionamento com os conrintos era sincero e simples. Sem busca de interesses pessoais.

 

Nossa consciência. Paulo fala da consciência porque é ela quem nos monitora a todo momento, é ela quem nos acusa quando reprovados ou nos aprova (1 Co 10.25), deixando claro que tinha uma consciência pura (Rm 9.1;1 Tm 3.9). logo, não tinha a mente cauterizada como os falsos apóstolos (1 Tm 4.2). 

 

Sinceridade (gr. eilikrineia). Refere-se ao processo de sacudir cereais numa peneira para separá-los de toda sujeira ou ao processo de declarar imaculado um artigo após ser examinado à luz do sol. Paulo não receia o exame perscrutador de Deus (Sl 139.23s).

Ele mostra esta simplicidade e sinceridade no mundo, ou seja, fora da igreja, e ainda mais abundantemente para com os coríntios na igreja.     

   

1.13,14 - Paulo foi alvo de acusações de ser irresponsável.

 

O problema é que Paulo havia planejado de visitar Corinto. Em 1 Co 16.2-8, ele menciona duas opções: depois de Efeso ele iria a Macedônia e depois a Corinto a caminho de Jerusalém. Em 2 Co 1, ele menciona outra rota: Efeso, depois Corinto, depois Macedônia, de volta a Corinto e então a Judéia. O problema não foi somente essa mudança de planos, mas a probabilidade de que ele tenha feito rápida visita dolorosa a Corinto depois de Efeso, e depois disso voltou o seu plano de viagem original (At 20.1-3,16). Os oponentes de Paulo não somente o acusaram de não decidir-se, mas também de ser volúvel e enganador. Daí a afirmação de que, apesar destas mudanças, Paulo sempre tratou os Corintos com integridade. Mas, estas mudanças de planos se deram pela vontade de Deus e não do próprio apostolo.       

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Autor: Alan Fabiano Pereira Da Silva Fabiano


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