GOLS DE LETRAS
Gols de letra
Como país eleito para sediar a Copa do Mundo de 2014, o Brasil se submeteu a uma série de exigências para atender aos interesses da FIFA, tendo se comprometido em cumprir todo um cronograma previsto no caderno de encargos da entidade máxima do futebol.
Não será tarefa fácil, pois demandará por parte do setor privado, e com ajuda do governo, recursos financeiros para bancar uma infra-estrutura gigantesca.
É com orgulho, que os governadores se mostram ao darem declarações redundantes e ao falarem dos ganhos que terão seus estados e o próprio país, se projetando como nação capaz de tal empreitada.
Afinal, é o país do futebol!
É uma terra onde nascem os príncipes e reis, superabundando em genialidade e fascinação...
Afinal, seria uma tremenda distorção histórica caso o Brasil não organizasse mais uma copa em seu território!
Seria como Roma sem um papa, ou o futebol sem um Pelé, sem um Garrincha, sem um Ronaldo, sem um Maradona...
O que impediria o governo em melhorar a malha viária, construísse praças esportivas, sem necessariamente ter que se submeter a tais exigências?
O que impede os políticos de realizarem melhorias antes da copa ou depois dela?
Em suma, é preciso fazer gols, para que os governantes se mobilizem no sentido de criarem condições para transformar a caótica situação das rodovias, dos portos e aeroportos, em uma logística eficiente.
O governo quer mostrar para o mundo todo o potencial que temos, para atender à FIFA, somente à ela!
Precisaram da entidade para acelerar obras, elefantes brancos que depois, ficarão para a história.
Ah, quem dera todo esforço fosse no sentido de melhorar o ensino público, gerando educação, erradicando pobreza, formando doutores, formando técnicos, gente com auto estima, vivendo dignamente, e...
Marcando gols de letra...
Autor: Antônio Gomes
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