A INFORMÁTICA: DESAFIO DO SÉCULO, APRENDER A APRENDER



A INFORMATICA: DESAFIO DO SÉCULO, APRENDER A APRENDER.

Jeanete Sironi/ Roberta Morch

Especialista de Mídias na Educação-UFRGS

90501-970 Porto Alegre - RS, Brasil.

Resumo:

Apresentamos neste artigo uma experiência de formação no curso de especialistas em Mídias na educação da UFRGS, e o desafio em aprender a aprender em um ambiente virtual de aprendizagem, espaço este idealizado como um espaço relacional de trocas de idéias, informações, oportunizando aprender em um ambiente participativo que é imprescindível para a aprendizagem. O uso da informática como mediação tecnológica, e o desafio para os alunos se apropriarem das linguagens e das técnicas de produções midiaticas com a intencionalidade de produzir sentido com o objetivo de capacitar educadores no uso adequado das Tics, possibilitando uma interatividade entre os participantes e os formadores, na construção do conhecimento e na possibilidade de criação e produção de materiais didáticos.

Palavra chave: Informática- desafio- aprendizagem

Pedagoga, Professora: Psicologia, Didática, Sociologia. Especialista em Educação (Unilasale) Pós Graduada em Psicopedagoga Clinica e Institucional, (Unilasale) Especialista em Mídias na Educação (UFRGS cursando) - Orientadora Educacional (Sapucaia do Sul).E-mail [email protected]

Pedagoga, Professora de sapucaia do sul, trabalho no laboratório de informática. Sou pedagoga formada pela UFRGS. Especialista em Educação Infantil (UFRGS) Especialista em Mídias na Educação (cursando)  [email protected]

1.Introdução:

Este artigo propõe uma reflexão sobre a Informática como o desafio do século, no aprender a aprender, e propõe: que os alunos superem suas expectativas e dificuldades em torno dos assuntos abordados sobre a informática que vem sendo aprofundada há várias décadas e que devido à necessidade em explorar este assunto devido ao rápido desenvolvimento destas tecnologias de informação e comunicação que se colocou presente em todos os setores da vida social e na educação não poderia ser diferente, pois o impacto desses avanços se efetiva como processo social atingindo todas as instituições, invadindo a vida das pessoas. E se fazendo presente estas tecnologias dirigem suas atividades e condicionam seu pensar, agir, sentir e a sua relação com as pessoas.

E diante desta realidade o desafio da Informática na escola no aprender se faz presente e requer que estas mudanças aconteçam no contexto escolar. E ficamos diante do aprender a aprender e isso requer uma formação que faça com que os professores sejam capazes de produzir e estimular a produção dos alunos nas diferentes mídias, de forma articulada à proposta pedagógica e a uma concepção interacionista de aprendizagem no uso integrado das linguagens de comunicação: sonoras, visuais, impressas, audiovisuais, informática, telemáticas destacando as mais adequadas aos processos de ensino e aprendizagem. O desafio esta em explorar o potencial das mídias existentes no projeto político pedagógico da escola.

Elaborar propostas concretas para a utilização dos acervos tecnológicos disponibilizados à escola no desenvolvimento de atividades curriculares nas diferentes áreas do conhecimento é o desafio deste curso de especialização em mídias na educação.

E a informática estudada no curso de mídias na educação básico e avançada nos proporcionou criar projetos e material didático a serem desenvolvidos na escola, dando ênfase aos aspectos teóricos e práticos.

2.A Mídia Informática na escola.

Para efetivar a aplicação das tecnologias de informação e comunicação na escola, após a constatação da necessidade de se criar projetos que possibilitem sua integração à educação evitando o deslumbramento ou o uso da informática por si e em si, através de um planejamento prévio com objetivos propostos.

[...] um pressuposto essencial para assegurar não somente o alcance dos objetivos da prática docente, mas também para definir a competência do professor na sua trajetória profissional, com base nos aspectos didáticos de sua disciplina. A organização e o desenvolvimento planejados das atividades didático-pedagógicas criam as condições necessárias para uma atuação docente mais eficiente e eficaz no processo ensino-aprendizagem. Os planos constituem o cenário sobre o qual vão ser delineadas as competências e as habilidades a serem asseguradas aos alunos, no âmbito das diferentes disciplinas. (MANATA, 2004, p. 07).

Portanto é imprescindível enfatizar o cunho pedagógico em detrimento das virtualidades técnicas, fugindo do discurso ideológico precedente da indústria cultural. Entretanto, a perspectiva que se abre no campo educacional, indo do livro e do quadro de giz à sala de aula informatizada ou on-line, leva o professor a uma perplexidade, despertando insegurança frente aos desafios que representa a incorporação dos TIC ao cotidiano escolar. Talvez sejamos ainda os mesmos educadores, mas certamente nossos alunos já não são os mesmos, "estão em outra" (BABIN, 1989). Os alunos estão muito mais atualizados que os professores em relação as novas tecnologias.

Neste cenário de constante e acelerado processo tecnológico, presencia-se questões sobre a informatização e o acesso a Internet permeando ainda as discussões dos que acreditam numa sociedade mais justa e igualitária.

Entretanto, o desafio que se coloca é a necessidade de romper com a visão de conhecimento disciplinar fragmentada e dicotomizada da realidade, buscando situar o conhecimento dentro de uma visão de complexidade capaz de aprender problemas globais e fundamentais para nele inserir os conhecimentos parciais e globais (Morin, 2000, p.14). Este conhecimento ocorre à medida que o sujeito interage e aprende no seu meio, percebendo-o, atuando sobre ele, transformando-o, transformando-se e sendo transformado por ele, e trata-se de um conhecimento provisório, transitório, interdependente, inter-relacionado e interdisciplinar, englobando a multidimensional idade do ser humano nas suas dimensões afetiva, cognitiva, social, histórica.

"Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente por todos os ramos do conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão a nossa disposição com uma velocidade nunca antes imaginada. A Internet, os canais de televisão a cabo e aberta, os recursos de multimídia estão presentes e disponíveis na sociedade. Estamos sempre a um passo de qualquer novidade. Em contrapartida, a realidade mundial faz com que nossos alunos estejam cada vez mais informados, atualizados, e participantes deste mundo globalizado." (Kalinke 1999, p.15).

A dificuldade escolar está hoje entre os problemas mais estudados e discutidos do sistema educacional. Porém, às vezes, a busca pelo culpado do fracasso se torna mais relevante do que a causa do mesmo. Sob a ótica da psicopedagogia o ser humano é cognitivo, afetivo e social. E sua autonomia é estabelecida à medida que se compromete com o seu social em redes relacionais. Segundo Bossa (1994), a Psicopedagogia, inicialmente teve como pressuposto, que as pessoas que não aprendiam tinham um distúrbio qualquer, Hoje, o que se propõe é investigar, entender e a tecnologia e a informática poderá criar e recriar maneiras para que se possam incluir estes alunos com dificuldades de aprendizagem, basta os professores saírem do "mundo" da folhas mimeografadas e começarem a utilizar mais a informática.

Refletir sobre a igualdade de condições no século XXI tendo-se em vista o desenvolvimento dinâmico da tecnologia e o computador como instrumento de aprendizagem, de busca de informação e de trabalho, leva à suposição de ser esse meio de viabilizar o paradigma. Portanto, pensar sobre a relação informática e "Educação para todos" é uma forma de indagar a igualdade de oportunidades no sistema educacional brasileiro.

3.Integração de Tecnologias de Mídias no fazer pedagógico.

Na perspectiva de identificar os aspectos teóricos e práticos sobre os textos didáticos, os alunos do curso de mídias na educação, passaram a ser "autor" por meio de processos de elaboração e produção as mídias existentes: Rádio, TV e Vídeo, Impressa e Informática.

Assim, o uso da TIC na educação caminha no sentido da produção compartilhada de conhecimento, favorecida pela resolução de problemas ou desenvolvimento de projetos, nos quais a escrita, por meio da TIC, induz à liberdade de expressar e comunicar sentimentos, registrar percepções, idéias, crenças e conceitos, refletir sobre o pensamento representado e reelaborá-lo. Alicia Fernándes define como "autoria", o processo e o ato de produção de sentidos e de reconhecimento de si mesmo como protagonista ou participante de tal produção. O caráter informativo da educação também se apresenta na utilização do livro didático, quando o aluno é levado a memorizar conteúdos e não a pensá-los. Assim afirma Fernándes: "É preciso distinguir aquilo que é próprio da criança, em termos de dificuldades, daquilo que ela reflete em termos do sistema em que se insere" (FERNANDES, 2001, p.91).

Como o desenvolvimento profissional pressupõe evolução e continuidade, promovendo um profissional autônomo e criativo, entendemos ser este o caminho, pois ao tratar-se das TICS, que se renova constantemente, esta seria praticamente uma exigência.

Surge então, um novo papel do professor, um profissional ator e autor de sua prática pedagógica, deixando de ser mero transmissor de conhecimento, constituindo-se em um profissional que ajuda o aluno a desenvolver o seu potencial, que ensina a pensar, a descobrir caminhos para transformar-se e conseqüentemente transformar a sociedade em que vive. (D Ambrósio, Apud: PEREZ, p.264,1999).

Na sociedade atual, em virtude da rapidez com que temos que enfrentar situações diferentes a cada momento, cada vez utilizamos mais o processamento multimídico. Por sua vez, os meios de comunicação, principalmente a televisão, utilizam a narrativa com várias linguagens superpostas, que nos acostuma, desde pequenos, a valorizar essa forma de lidar com a informação, atraente, rápida, sintética, o que traz conseqüências para a capacidade de compreender temas mais abstratos de longa duração e de menos envolvimento sensorial. Segundo o autor:

A construção do conhecimento, a partir do processamento multimídico, é mais "livre", menos rígida, com conexões mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e pela organização do racional; uma organização provisória, que se modifica com facilidade, que cria convergências e divergências instantâneas, que precisa de processamento múltiplo instantâneo e de resposta imediata (Moran 1998, pp. 148-152).

4. Caminhos facilitadores da aprendizagem.

No curso de Mídias, percebemos com o interagir, com a troca de experiência, com as leituras que podemos extrair alguma informação ou experiência com o outro e isso ajuda a ampliar o nosso conhecimento, para confirmar o que já sabemos, para rejeitar determinadas visões de mundo, para incorporar novos pontos de vista.

Um dos grandes desafios para o educador é ajudar a tornar a informação significativa, a escolher as informações verdadeiramente importantes entre tantas possibilidades, a compreendê-las de forma cada vez mais abrangente e profunda e a torná-las parte do nosso referencial. E podemos dizer então que:

Aprendemos melhor quando vivenciamos, experimentamos, sentimos. Aprendemos quando relacionamos, estabelecemos vínculos, laços, entre o que estava solto caótico, disperso, integrando-o em um novo contexto, dando-lhe significado, encontrando um novo sentido. Esta forma de aprender obteve se no curso de Mídias básico e estamos aprendendo no curso de mídias avançado.

E com isso podemos dizer que: aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre a teoria e a prática; quando ambas se alimentam mutuamente.

Aprendemos quando equilibramos e integramos o sensorial, o racional, o emocional, o ético, o pessoal e o social.

Aprendemos pelo pensamento divergente, por meio da tensão, da busca, e pela convergência - pela organização, pela integração.

Aprendemos pela concentração em temas ou objetivos definidos ou pela atenção difusa, quando estamos de antenas ligadas, atentos ao que acontece ao nosso lado. Aprendemos quando perguntamos, questionamos.

Aprendemos quando interagimos com os outros e o mundo e depois, quando interiorizamos, quando nos voltamos para dentro, fazendo nossa própria síntese, nosso reencontro do mundo exterior com a nossa reelaboração pessoal.

Aprendemos pelo interesse, pela necessidade. Aprendemos mais facilmente quando percebemos o objetivo, a utilidade de algo, quando nos traz vantagens perceptíveis. Se precisamos nos comunicar em inglês pela Internet ou viajar para fora do país, o desejo de aprender inglês aumenta e facilita a aprendizagem dessa língua.

Aprendemos pela criação de hábitos, pela automatização de processos, pela repetição. Ensinar torna-se mais duradouro, quando conseguimos que os outros repitam processos desejados.

Aprendemos também pelo estímulo, pela motivação de alguém que nos mostra que vale a pena investir num determinado curso. Um professor que transmite credibilidade facilita a comunicação com os alunos e a disposição para aprender.

Aprendemos pelo prazer, porque gostamos de um assunto, de uma mídia, de uma pessoa. O jogo, o ambiente agradável, o estímulo positivo podem facilitar a aprendizagem.

Aprendemos mais, quando conseguimos juntar todos os fatores; temos interesse, motivação clara; desenvolvemos hábitos que facilitam o processo de aprendizagem; e sentimos prazer no que estudamos e na forma de fazê-lo. Isso o curso de Mídias nos proporciona.

Aprendemos realmente quando conseguimos transformar nossa vida em um processo permanente, paciente, confiante e afetuoso de aprendizagem. Processo permanente, porque nunca acaba. Paciente, porque os resultados nem sempre aparecem imediatamente e sempre se modificam. Confiante, porque aprendemos mais se temos uma atitude confiante, positiva, diante da vida, do mundo e de nós mesmos. Processo afetuoso, impregnado de carinho, de ternura, de compreensão, porque nos faz avançar muito mais. Hoje, com a Internet e a fantástica evolução tecnológica, podemos aprender de muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes. A sociedade como um todo é um espaço privilegiado de aprendizagem. Mas ainda é a escola a organizadora e certificadora principal do processo de ensino-aprendizagem.

Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também são as competências necessárias. As tecnologias começam há estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, junto ou separado.

"Nessa perspectiva, a incorporação das TIC está se dando com o sentido de abrir possibilidades para fazer, pensar e conviver que não poderiam ser pensadas sem a presença dessas tecnologias". Como elas introduzem um novo sistema simbólico para ser processado. (re) organizam a visão de mundo de seus usuários, modificam hábitos cotidianos, valores e crenças, se constituído em elementos estruturantes das relações sociais, os processos evidenciam um movimento interrupto de construção de cultura e conhecimento. (BONILLA; PRETTO, 2005)

De acordo com o professor Moran (2006) os alunos estão prontos para a utilização da internet e o educador pode perceber aos poucos, que a Internet está passando de uma palavra moda a realidade em alguns colégios e nas suas famílias.

5- Recriando o fazer Pedagógico através das mídias.

Considerando a importância de aprender a construir, o curso de Mídias nos proporcionou trabalhar projetos e construção de materiais educacionais, bem como a fundamentação teórica que nos sérvio de suporte para nosso aprendizado no o uso de diferentes linguagens de mídia. E isso pode ser o caminho para promover mudanças de atitudes e de metodologia de trabalho atribuindo sentido ao fazer pedagógico. E esta mudança começa a acontecer, com o uso da Internet, e projetos dentro da escola onde se possa trabalhar de forma Interdisciplinar.

O projeto e o material Didático elaborado no curso de mídias tiveram como objetivo identificar tanto as condições concretas da inserção e da utilização do computador, quanto às representações dos docentes em formação relativas a esta questão. Este material foi levado para a escola para ser apresentado ao corpo docente e ao Diretor da escola, como uma proposta para qualificação dos professores em multimídias e para ser acrescentado ao Projeto Político Pedagógico da escola.

Cada vez mais poderoso em recursos e na velocidade de programas e comunicação, o computador nos permite pesquisar, simular situações, testar conhecimentos específicos, descobrir novos conceitos, lugares, idéias. Produzir novos textos, avaliações, experiências. As possibilidades vão desde seguir algo pronto ao criar algo diferente. Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e aprender.

E isso exige que nos tornemos professores autores e que reflitamos de modo atento, cuidadoso e critico sobre nossas próprias convicções, teorias explicativas e parâmetros de ação docente visando à aprendizagem, os modos de interatividade que orientem nosso relacionamento em nossa prática pedagógica.

6.Considerações finais.

Considerando a caminhada já trilhada até este momento, algumas considerações, embora inconclusas, já podem ser traçadas. Muitos desafios e dimensões devem ser considerados na construção de projetos e o uso materiais didáticos com as tecnologias existentes em nossas escolas, para ser implantado por nós professores em sala de aula através de projetos interdisciplinares. Consideramos que os primeiros desafios, de construir no curso de Mídias na educação, já foram superados pelo grupo que participou das construções. A continuidade, que se torna fundamental, pressupõe a execução deste potencial nas escolas, num processo coletivo e colaborativo que requer constante atualização e que se tornará eficaz mediante a interação com a comunidade escolar, ou seja, envolver professores, coordenação pedagógica, direção alunos e pais.

Esse entendimento, a formação continuada dos professores almejada neste projeto tem o propósito de desenvolver profissionais competentes para o uso das tecnologias, no âmbito do trabalho docente, de forma reflexiva e exploratória, na perspectiva da constante atualização e incorporação das experiências com este trabalho, em sua cultura profissional, buscando o desenvolvimento profissional.

Para acontecer efetivamente esta incorporação, não basta apenas usar esporadicamente o computador em algumas aulas, faz-se necessário incorporar o uso de tecnologias na proposta de ensino e colocar no PPP das escolas. O professor deve planejar suas aulas já tendo incorporado em sua prática, este recurso teórico-metodológico no processo de ensino/aprendizagem. E para que isso aconteça é fundamental procurar estabelecer, desde o início, uma relação empática com os alunos, procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos a forma de nos relacionarmos com eles é imprescindível para osucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta  ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender.

Vale a pena descobrir as competências dos alunos que temos em cadaclasse, que contribuições podem dar. Não vamos impor um projeto, mas um programa com as grandes diretrizes delineadas por onde vamos construir caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos - professor e alunos - para avançar da forma mais rica possível em cada momento, ao planejar nossas atividades com as mídias existentes na escola através de projetos que engajem o corpo docente a trabalhar de forma interdisciplinar.

É importante mostrar aos nossos alunos o que vamos ganhar, por que vale a pena estar juntos. Procurar motivá-los para aprender, para avançar, para a importância da sua participação, para o processo de aula-pesquisa e para as tecnologias que iremos utilizar entre elas a Internet.

O professor pode criar e recriar através do construir urna página pessoal na Internet, como espaço virtual onde poderá colocar os trabalhos proposto em sua disciplina como forma de divulgar e um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. O aluno pode ajudar a construir essa página deixando a mais dinâmica com suas colaborações.

As mudanças na educação dependem também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, que apóiem os professores dando suporte ao uso das mídias, para que os alunos tenham aulas mais prazerosas, com metodologias apropriadas, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação no uso das tecnologias. E que os professores possam avançar na elaboração de seus próprios textos didáticos, permitindo aos seus alunos o contato com todos os tipos e gêneros enriquecendo suas aulas.

Concluindo: para que o aprendemos até o momento no curso de mídias básico e avançado se torne viável em nossas escolas o primeiro passo é procurar de todas as formas o acesso freqüente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias, notadamente à Internet. São imprescindíveis que haja salas de aula conectadas, salas adequadas para pesquisa, laboratórios bem equipados. Professores e alunos necessitam ter facilitada à aquisição de seus próprios computadores. Pode parecer utopia falar isso no Brasil atualmente, mas hoje o ensino de qualidade passa necessariamente pelo acesso rápido, contínuo e abrangente a todas as tecnologias.

6.Referencias

ADORNO, Theodor W. Adorno: vida e obra. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Editora Nova Cultura Ltda., 1999.

ALVES, Gilberto Luiz. A produção da escola pública contemporânea. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

BELLONI, Maria Luiza. O que é Mídia-Educaçao. 2.ed. Campinas, SP: Autores associados, 2005. (Coleção polêmica do nosso tempo, 78).

BEHRENS, M. A . (2000). Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. In: Moran,

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FERNANDEZ Alicia. Os idiomas do aprender: Análise de modalidades ensinantes em famílias, escolas e meios de comunicação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

FERRETTI, Celso João (org). Novas tecnologias, trabalhos e educação. Petrópolis:

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J.M.; Masetto, M.T. & Behrens, M. A. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. Campinas, SP: Papirus.

MORAN, J. M., MASETTO M. T. e BEHRENS M. A. Novas Tecnologias e mediação Pedagógica.  São Paulo: Papirus, 2000.

MORIN, E. (2000). Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO.

PAPERT, S. (1994). A Máquina das Crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre: Artes Médicas.

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Autor: Jeanete Sironi


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