Janeiro



O leitor está careca de saber que janeiro é o primeiro mês do ano nos calendários juliano e gregoriano. O que nem todos sabem é que janeiro remete a Jano, deus na mitologia romana.

 

E o mais interessante: Jano tinha duas faces, uma olhando para trás, para o passado; a outra olhando para frente, para o futuro.

 

O mês de janeiro é exatamente isto: o momento de iniciarmos o ano novo, tomarmos pé da situação, em sentido pessoal e social, e fazermos projeções para o futuro. Ao mesmo tempo, constitui a hora de pararmos para pensar, refletir e fazer um balanço das ações concluídas no ano velho.

 

Olhar para trás, no meu caso, significa passar em revista uma porção de coisas e conquistas. Em 2009, por exemplo, concluí um dos três cursos superiores que havia deixado para trás. Agora só faltam mais dois. Lancei A primeira vez de Z., livro de contos, e Zarfeguian@s, coletânea de artigos, crônicas e provocações. Ambos pelo Clube de Autores.

 

Ou seja, produzi bastante literária e jornalisticamente. Entrevistei Frans Krajcberg, o que foi muito prazeroso para mim. Prazeroso também foi produzir o blog que mantenho na comunidade Verso & Prosa. Além disso, redigi o Rurais, livro de contos em que recrio o ambiente mágico em que passei parte da minha infância na divisa de Minas com Bahia, no Vale do Mucuri. E o mais importante: dei início à redação de uma história de maior fôlego  Uma besta plena de palavras , minha primeira novela literária. Estão prontos 30 dos 66 capítulos que pretendo escrever.

 

Ia me esquecendo: escrevi também uma história infanto-juvenil, intitulada L de Luppy.

 

Como vê, não tenho do que reclamar. Porque dei alguns passos firmes em direção àquilo que julgo prioritário: a criação de uma obra que, mesmo desimportante, traga a marca zarfeguiana. Isso precisa continuar em 2010.

 

No âmbito social, infelizmente, as coisas não foram tão bem. A crise econômica mundial  herança de 2008  se estendeu por praticamente todo o ano de 2009, tornando a vida dos brasileiros muito difícil. O governo agiu preventivamente, de sorte que os efeitos da crise foram amortecidos. De todo modo, a maioria das prefeituras fechou o ano no vermelho. Algumas ainda não pagaram o salário de dezembro, tampouco o 13º.

 

Teixeira de Freitas, inserida nesse contexto, penou bastante. A população assistiu à violência tomar conta das ruas da cidade, com a matança absurda de jovens. Segundo pesquisa da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), realizada em 266 municípios com mais de 100 mil habitantes, a cidade figura entre as dez mais violentas do país para jovens de 19 a 24 anos. 

 

Mas houve conquistas importantes no município, sobretudo na área de saúde, fruto da parceria com o governo do estado; e na área de infraestrutura, resultado do convênio com o governo federal, que vai investir pesado em saneamento básico neste ano.

 

Olhando para frente, portanto, as perspectivas são muito boas. Porque o olhar é de expectativa, viabilidade e esperança. Aliás, o mundo todo prevê um futuro brilhante para o Brasil nos próximos anos. Que essas previsões comecem a se realizar quanto antes, já.

 

Sem contar que 2010 é ano eleitoral e de Copa do Mundo. Ser ano de eleição significa que muitas obras serão liberadas nos próximos meses. Os políticos ficam bonzinhos às vésperas das eleições! Portanto, em troca do voto, é hora de cobrar, reivindicar e exigir obras.

 

O mundial de futebol é sinônimo de alegria, descontração e diversão, ainda mais com o Brasil candidatíssimo ao título. Que os deuses do futebol nos ajudem!

 

Antes, porém, tem o Carnaval, que faz os brasileiros perderem o juízo. Assim vamos seguindo, olhando para frente e para trás. Mais pra frente do que pra trás. Porque, do contrário, o bicho pega!

 

(A. Zarfeg)

 


Autor: A. Zarfeg


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