Apenas escolher



Apenas escolher

 

De todas as tendências humanas, o egoísmo é aquela que mais compromete uma compreensão fiel da vida e suas implicações sobre a saúde física e mental das pessoas. Pois é ele que vai dar, de uma maneira sutil, uma desnecessária carga de estresse que determinará a existência de uma ou mais doenças, a médio e longo prazo, a seu portador.

Há ainda uma característica curiosa no egoísmo a respeito dos prejuízos que causa: não são somente as vítimas do egoísta que se estressam e adoecem, mas o próprio egoísta também. Pois é próprio dele precisar estar atento, constantemente tenso, como que a vigiar suas conquistas. Assim, ao mesmo tempo em que ele prejudica os outros, prejudica a si mesmo.

A estranha crença, em certas pessoas, de que seu umbigo é o centro do mundo, fará delas mendigos emocionais. E é por esta ilusão, que muitos perdem a vida de forma precoce e estúpida.

O exercício persistente do egoísmo, é indiscutivelmente o patrocinador de sentimentos como medo, inveja, rancor, raiva e seus congêneres. E estes são sentimentos que possuem a curiosa característica de destruir os recipientes que os contém. Não serão os pretensos destinatários destes sentimentos que serão atingidos, mas o próprio gerador deles.

Foi por tal sutil razão que Sheakspeare escreveu que odiar é como ingerir veneno acreditando que o outro irá morrer.

E só existe um antídoto para tal situação de risco: amar!  Pois somente amando sinceramente, alguém pode exercitar o desprendimento.

O egoísta domina, o amante conquista. O primeiro prende aquele que quer ir embora, o segundo sempre deixa livres aqueles que, por isso mesmo, sempre querem ficar. O ser humano não é uma caixinha de surpresas. Muitas vezes é translúcido. Basta olharmos bem seriamente dentro de nós e enxergaremos o outro, com todas suas qualidades e defeitos. É tão simples que quase se torna impossível. Pode ser até que, ao ignorarmos o óbvio, criamos o impossível.

Vivemos de escolhas. As que fazemos e as que deixamos que façam por nós. E esta também é uma escolha.  Por isso, nada impede que alguém escolha suicidar-se lentamente, com o próprio veneno que destila.
Autor: Joaquim Saturnino Da Silva


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