O amor.



O amor.

 

O amor não transgride leis, apenas testa nossa coragem em dar o passo decisivo na direção de nossos sonhos. Abre a porta das possibilidades e nos deixa decidir.

Nem sempre é fácil lidar com ele. Seus desígnios sempre nos parecem insondáveis. Seus caminhos nos parecem absurdos.

Mas ele opera com o tempo, já sabendo, muito antes de nós que a paz estará no fim de determinado caminho. Seremos ousados para tanto, ou não?

Essa resposta será sempre e só nossa. Estará intimamente espalhada por nossos pensamentos, diluída em nosso DNA. E nosso trabalho maior, será encontrar os fragmentos e montar o todo.

Ele não opera com ilusões, pois estas estão ligadas apenas à paixão. Ele labora com a verdade e, muitas vezes, exatamente com aquelas que não aceitamos em relação a nós mesmos.

Faz aflorar de nosso íntimo, tudo aquilo que tentamos deixar soterrado lá. Não raro faz chorar. Mas também faz sorrir. Às vezes faz, ambas as coisas acontecerem simultaneamente.

Mas brincar com ele ou com nitroglicerina, pode ter o mesmo efeito. Tudo pode ir pelos ares a qualquer momento.

Nunca será bondoso com nossos medos, receios e complexos, pois tais sentimentos são empecilhos para seu trabalho.

O amor não espera momentos, age quando deve agir. E mesmo que seja a dor o resultado do primeiro instante, logo se descobre que isso nada mais foi do que a resistência à entrega, ao salto no escuro, rompendo com velhas e ultrapassadas idéias pré-concebidas.

Nada destrói tanto quanto amor, quando, onde age, existam centenas de ressentimentos e um comodismo anacrônico, que estejam deteriorando a vida.

O amor rejuvenesce. Ressuscita, depois de matar. Pois sempre que liquida com o velho e ultrapassado modo de ser, instantaneamente instala o novo ser que brilhará em direção às realizações que estavam bloqueadas.

Não é fácil, porém, aceitar o jugo do amor. Romper com o casulo e tornar-se borboleta.

Não haverá, nunca, facilidade nisso, pois os êxtases, a plenitude, raramente são estados que se possa atingir sem sacrifícios. Onde não há mérito, dificilmente haverá valor e tudo será trocado pelo próximo interesse.

O amor não admite superficialidade, futilidade. Com ele, tudo é sério, definitivo, profundo. E toda vez que se brinca com ele, as feridas, de tão profundas, tornam-se cicatrizes que sangram por dentro, definitiva e perenemente.

Por estas razões o amor é tão temido. Pois, por onde passa, ele deixa suas marcas para sempre. E nada mais será como era antes. Porém, tudo será muito melhor!

 


Autor: Joaquim Saturnino Da Silva


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