Células Tronco



Células Tronco

            As células-tronco são células com capacidade de renovação através da mitose e podem originar tipos especializados de células, que formam os diferentes tecidos do corpo humano. Essas células podem ser de dois tipos principais: embrionárias e adulta. As embrionária são células derivadas da massa celular interna do blastócito, que é um embrião formado aproximadamente 5 dias após a fecundação. Essas células contêm uma grande capacidade de diferenciação, podendo dar origem a todos os tecidos do corpo, quando recebem o estímulo necessário. São classificadas como totipotentes ou pluripotentes. Células-tronco totipotentes ou embrionárias - São as células-tronco capazes de se diferenciar em qualquer tecido do organismo humano. Correspondem às células resultantes das primeiras divisões do ovo, após a fecundação. Encontram- se nos blastocistos. São as mais importantes para o progresso das pesquisas científicas. Células-tronco pluripotentes ou multipotentes - São as células-tronco que conseguem se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, exceto a placenta e as membranas que envolvem o embrião. Estas células-tronco encontram-se nos embriões. Igualam-se às anteriores, em importância para as pesquisas científicas devido ao seu potencial para a construção de órgãos inteiros como o coração, pâncreas, fígado, etc...

            As celulas  adultas são células presente no organismo e com grande capacidade de diferenciação. Essas células trabalham para reparar danos e repor células do organismo. Como células-tronco adultas podemos citar a medula óssea, fígado, cordão umbilical, etc. Essas células podem ser colhidas tanto em adultos como em crianças. Células-tronco oligopotentes - São as células-tronco capazes de diferenciar-se em poucos tecidos. São encontradas em diversos tecidos já diferenciados, como nos tecidos dos intestinos, por exemplo. Células-tronco unipotentes - São as células-tronco que apenas conseguem diferenciar-se em um único tecido, ou seja, o tecido a que pertencem.

            Atualmente há experimentos na formação de novos vasos sangüíneos a partir do uso de células-tronco que está sendo cada vez mais evidenciada. Em revascularização de retalhos existem vários trabalhos pioneiros em andamento. No Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa de Porto Alegre, coordenado pela equipe da disciplina de Cirurgia Plástica da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre, está aprovado pela CONEP um trabalho pioneiro de revascularização de retalhos com a utilização de células-tronco; a equipe da UFRJ desenvolve, também, trabalhos na linha de tratamento de cardiopatias, em parceria com o Hospital Pró-cardíaco, no Rio de Janeiro. Nesses estudos, foram realizados os transplantes de células-tronco adultas em 20 pacientes que aguardavam o transplante cardíaco. Do total de transplantados, 16 pacientes foram estudados por um longo prazo, demonstrando que a terapia celular trouxe consideráveis melhoras clínicas; Em 2002, foram apresentados resultados de experimentos em ratos adultos, com células-tronco isoladas do sistema nervoso central transplantadas, que apontaram a possibilidade de tratamentos futuros para doenças neurodegenerativas. Outras linhas de pesquisa com células-tronco também apresentam resultados promissores, entre elas a do tratamento de lesões traumáticas em que se utiliza uma injeção local de células-tronco medulares. Um estudo feito pela equipe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), conseguiu recriar impulsos elétricos entre a região lesada e o cérebro, pela aplicação de células-tronco medulares; As aplicações das células-tronco estendem-se, também, à engenharia biotecidual, que utiliza o rápido potencial de crescimento apresentado pelas células-tronco para a obtenção de tecidos, tais como ossos, pele e cartilagem, que são cultivados e reimplantados nos pacientes em casos de lesões. Este procedimento já é realizado no Hospital das Clínicas da UFRJ, pela equipe do pesquisador Radovan Borojevic. A equipe trabalha também em estudos envolvendo o tratamento de grandes lesões ósseas, as quais não têm possibilidade de regeneração espontânea. Nesses casos, são utilizadas células-tronco medulares injetadas em matrizes ósseas humanas, que permitem que as células-tronco se diferenciem em células ósseas, promovendo a regeneração do tecido lesado; Estudos têm sido realizados em pacientes com diabete tipo 1. Essa doença é causada pela redução de disponibilidade ou perda de sensibilidade à insulina, hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue e é secretado pelo pâncreas. A partir de células pancreáticas de órgãos doados, os pesquisadores conseguiram a maturação in vitro de células-tronco de ilhotas. Dos 38 pacientes que se submeteram ao transplante, após um ano, 33 estavam livres da terapia com insulina. São relatos isolados entretanto de extraordinária importância se for analisada a possibilidade de cura dessa doença. Fica clara a necessidade de cautela no entendimento destas extraordinárias possibilidades de uso.Anna Cristina Ribeiro Pereira Soares


Autor: Anna Cristina Soares


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