O homem que ESCRAVIZA outro homem, não deve ser chamado de HOMEM.



O homem que ESCRAVIZA outro homem, não deve ser chamado de HOMEM.

Por *Aldemir Bentes de Maués

                                     

 

Segundo o texto bíblico, Deus criou o homem a sua semelhança. A Constituição Brasileira garante a igualdade entre os povos e todos têm os mesmos direitos e deveres. No estado de direito é a Constituição que regulamenta a vida em sociedade. A carta Magna garante os direitos e deveres e às mesmas oportunidades a todos seus cidadãos.

Todavia, desde os primórdios da história da humanidade, o homem sempre escravizou outro homem. No Brasil a escravatura manchou parte de nossa história. Na antiguidade a escravidão se restringia ao trabalho pesado sem direito a nenhuma remuneração, o escravo pertencia ao seu senhor e este é quem recebia o valor correspondente à produção de seu servo. Mesmo nos dias atuais este tipo de imoralidade ainda existe. A televisão mostra essa vergonha através de seus noticiários.

A escravatura através do trabalho, sem justa remuneração e condições aceitáveis de acomodação do trabalhador é uma parte distinta e mais combatida pelas autoridades.

 

Mas existe a pior das escravaturas. A escravatura legal, amparada pela lei que travestida de ação social corrói o ser humano na sua dignidade. Essas ações sociais se escondem nas chamadas fundações, (sem fins lucrativos (???)) de amparo às classes menos favorecidas da sociedade. O Poder público também usa deste artifício através de suas rendas cidadãs da vida. Esses programas são verdadeiras armadilhas. Aprisionam seus beneficiados, fazendo com que se tornem reféns de administrações falidas e de pseudos líderes em busca de perpetuação no poder. Não satisfeitos com suas atuações eles ficam se digladiando pelo rádio, um sujo falando do mal lavado.

Qual o benefício real que essas ações sociais trazem às classes mais pobres e, portanto, menos esclarecidas da nossa sociedade? Pagando os beneficiários com seus próprios recursos, pois são recursos públicos, oriundos de impostos pagos, entretanto, agem como se estivessem fazendo um grande favor. Salvadores e heróis do povo, em suas mentes doentias não existem problemas e os que surgem, são aniquilados através de suas ações milagrosas. Quem ama cuida, é o slogan do poder público de Maués. Mas afinal, quem ama quem??

Esse Amor é por quem? Pelas pessoas carentes é que não é. Será pelo PODER? Será pelo STATUS?

Esses famigerados programas só buscam o bem estar de seus idealizadores. O principal objetivo é garantir votos nas eleições. Através dessas ações eles aprisionam as pessoas de sua liberdade de pensamento e decisão. Eles, fundações e rendas e outros diabos mais que aparecerem, deveriam buscar alternativas para que as pessoas carentes tivessem as mesmas oportunidades de emprego, de renda, de educação. É mais digno para qualquer ser humano sobreviver do fruto de seu trabalho. Se amassem mesmo às pessoas eles não a escravizariam de suas liberdades de escolha, no entanto, os pobres que por necessidade se humilham aceitando essas migalhas ficam obrigados a fazerem o que o mestre mandar.

Nada podem. Perdem o direito sagrado de expressarem suas idéias, suas opiniões. A couraça do medo, da opressão os vigia noite e dia. Isso é a mais cruel das escravidões. Será que o homem tem o direito de escravizar outro homem?

O poder público que se preocupa realmente com seus cidadãos, cria condições para a geração de emprego e renda. Usa esporadicamente, como reforço momentâneo, esse tipo de ação, não para se perpetuar no poder através da miséria do povo.

A indústria da miséria é decantada até no rádio. Um radialista fanfarrão, que vive exclusivamente a serviço do poder público diz, com a maior naturalidade, se vangloriando, que em Maués são beneficiários do Bolsa Família, 4.000 famílias, não 1.000 famílias como disse a idiota radialista adversária. Ora eu gostaria é que não tivesse nenhum beneficiário de nenhum desses eleitoreiros programas.

Explico o que ele não explicou: para receber (participar) de um programa como o Bolsa Família, a renda per capta não pode ultrapassar R$ 120,00 (Cento e vinte reais) por família. Significa dizer que QUATRO MIL famílias no município de Maués estão vivendo (?) com até R$ 120,00 (CENTO E VINTE REAIS) por mês. Se considerarmos que cada família é composta de QUATRO pessoas em média, é verdadeiro afirmar que cerca de 16.000 (DEZESSEIS MIL) pessoas no nosso município estão vivendo(?) na linha da miséria. Isso é vantagem????É para se orgulhar e comentar no rádio?? Gostaria que os que defendem a ideia de fundações e rendas cidadãs fossem viver com R$ 50,00 (Cinqüenta reais) todos os meses. Façam isso!!!!!!!

Isso revolta as pessoas de bem de Maués. Mas também nos engrandece quando recebemos parabenizações e apoio de centenas de pessoas que estão indignadas com todas essas ações de um poder público inoperante que vive de fantasias através de uma mídia engajada, direcionada, bajuladora e comprometida somente com seus interesses.

Enquanto eles alardeiam que o município de Maués tem a melhor água potável, o SAAE está à beira do colapso, falta investimento para a substituição da canalização obsoleta e antiquada da rede de distribuição de água, falta a construção de reservatório, aquisição de geradores próprios, aquisição de medidores. Em algumas área de Maués já começa a faltar água, no Bairro Donga Michiles e adjacências, a população já convive com esse trama e olhe que o valor disponibilizado no orçamento do município são de R$ 1.500.000,00.

Quando comentam sobre o lixo, nos quais especialistas foram requisitadas (vieram de fora) para a implantação e divulgação no tratamento correto do mesmo e conservação do solo, o esgotamento sanitário ainda não foi concluído. Quando comentam sobre o destino do lixo doméstico, da mudança de hábito de nossa população quanto à prática da queima, o ATERRO SANITÁRIO está sendo tomado pelo mato.

Que governo é esse??? E as centenas, milhares de buracos por toda a cidade???

Isso revolta quando se houve pelo rádio os milagres de que Maués é o melhor em tudo. Quem não conhece a realidade de nossa cidade pensa que Maués é uma Suíça, no entanto, aqui professor ganha entre salário (?) base e vantagens R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS), R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS), não errei a digitação não, são R$ 460,00 (QUATROCENTOS E SESSENTA REAIS).

Quando se ouve no rádio que temos médicos suficientes para atender a população que paga impostos, é preciso chegar aos postos de saúde às 3:00 h (MADRUGADA) se você quiser pegar uma ficha para extrair um dente. O hospital está cheio de ratos, baratas e os móveis requerem pintura, as instalações elétrica e hidráulica precisam de reformas. O prédio precisa de pintura. A Central de Medicamentos está às escuras, comprometendo a VISÃO dos funcionários, isso é AMAR??. Para se conseguir agendar uma ultra-sonografia é preciso esperar por quase um mês, pois a rede de saúde não dispõe de máquinas suficientes para atender a demanda. E quando o mandatário vai falar no rádio, HAJA caixas e caixas de fogos de artifício, parece que é DEUS que está falando. Vamos acabar com essa besteira!! Vamos gastar o dinheiro público em benefício do povo, chega de mesmice, parece cidade provinciana do século XV.

Isso REVOLTA, isso é desumano, isso é não reconhecer os direitos dos cidadãos, isso é ESCRAVIZAR às pessoas de seus diretos, do direito mais sagrado: do DIREITO A VIDA DIGNA.

Vamos acabar com fundações, rendas, pois quem rende no bem e bom são seus idealizadores.

Nenhum HOMEM tem o direito de ESCRAVIZAR outro HOMEM.   

 

Obs.: Junte-se a nós, dê sua opinião, reproduza e distribua com seus amigos, parentes, conhecidos. Não jogue este texto na via pública.

 

*Aldemir Bentes é filho de Maués, Escritor, Formado em Letras pela UEA  Núcleo de Maués   Maués, 16/04/2009  às 22:31 h


Autor: Aldemir Bentes


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