As Relações De Compreensão Entre O Sujeito Aluno E O Sujeito Professor No Processo De Ensino-aprendizagem



AS RELAÇÕES DE COMPREENSÃO ENTRE O SUJEITO ALUNO E PROFESSOR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.

Brenda Renata[1]

José Cláudio[2]

Klenna Castro[3]

Thayná Moraes[4]

RESUMO: Este artigo busca de forma sintética, compreender e analisar a relação aluno-prefessor dentro do processo educacional, as primeiras formas de comunicação entre estes sujeitos os quais foram marcados por um forte autoritarismo e seus avanços, que vem ajudando de forma significativa a relação entre os sujeitos aluno e professor, fazendo com que o processo de ensino-aprendizagem se desenvolva de forma dinâmica-democrática.

PALAVRAS-CHAVE: Relação aluno-professor. Processo educacional. Autoritarismo. Dinâmica-democrática.

1-INTRODUÇÃO:

Nos dias atuais, as relações humanas alcançaram um nível de entendimento, bem mais harmônico, se comparamos por exemplos, com a época da ditadura militar. Este estágio foi conquistado de debates e trabalhos desenvolvidos nas universidades, por professores e alunos que buscavam uma melhor liberdade de expressão, situação que era to lida pelos governos militares. Com a chegada da democracia, as academias puderam alavanca com mais calma, o processo de desenvolvimento político e social do país.

Dentro de uma avaliação mais contundente, nos dias atuais, podemos observar nas academias que existem inúmeros pensamentos que para alguns prejudicam o entendimento de certos conteúdos que são ministrados por alguns professores. Este entendimento, muitos vezes estão diretamente ligados, a uma boa relação de existência dentro de uma sala de aula, pois a confiança, o respeito, a ética é fundamental para que, tanto o professor e o aluno, possam dentro de uma discussão em relação a determinados assuntos de uma determinada disciplina, passa alcançar o objetivo de ambos, que visam uma melhor qualidade de ensino de qualidade, precisa sempre está adequado, a uma busca do conhecimento.

Se for analisado o lado do professor, este deve estar sempre á procura de uma qualidade, pois assim, o seu trabalho dentro dos objetivos de sua disciplina, poderá está alcançando o equilíbrio, que uma determinada turma espera. Ao aluno, também a busca do conhecimento se faz necessário, visto que nem só o que foi passado pelo professor é o suficiente para aprender o assunto em questão.

Entende-se que certa complexidade nesta relação, principalmente quando nos referimos á problemas particulares, que podem se apresentar, tanto de um lado, quanto de outro, ai neste momento, é que a confiança e a ética precisam está presente, pois aquela mera transmissão de conhecimento, ou um mero receptor dele, estão procurando uma orientação diferente onde o assunto em questão, passa a ser de um papel de pai, irmão, ou seja, um amigo em que um dois lados, procura uma confiança em alguém que possa lhe mostrar um caminho melhor orientado.

E quando esta relação não consegue dentro de uma academia, atingir certo equilíbrio, onde, por exemplo, o professor se sente o todo poderoso do conhecimento, sem um mínimo de humildade, criando uma parede entre professor e o aluno, é uma demonstração de como não se deve diferenciar o professor do educador.

Têm-se também, o momento em que o aluno é extremamente mal educador, estressado e que faz tudo pra que o seu professor seja o pior do mundo. E neste obstáculo, que a figura do educador precisa entrar em ação, pra que esta situação possa ser melhorada, este aluno precisa ser conquistado, precisa ser trazido pro seu lado, para que seus problemas não sejam os motivos de desistência de suas acadêmias, deixando seu curso, sem que o mesmo seja concluído.

... o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma 'cantiga de ninar'. Seus alunos cansam não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas. (FREIRE, 1996, p.96)

Então, Pode-se entender que a relação entre o sujeito aluno e o sujeito professor, precisa esta sempre atrelada a objetivos que está inserido em uma melhor qualidade de ensino, onde a ética, o respeito e a perseverança, possam forma cidadãos para uma melhor sociedade.

2 −OS RANÇOS E OS AVANÇOS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM.

Quando nos referimos a relação de comunicação entre os sujeitos aluno e o professor no processo de ensino-aprendizagem, é valido ressaltar que este processo já passou por várias modificações, tanto na sua forma teórica como prática.

Os primeiros passos desta relação de comunicação entre os dois sujeitos dentro do processo de ensino-aprendizagem se deram de forma autoritária, onde a figura do professor se caracterizava por apresentar um ensino rígido e disciplinado, a relação entre eles era verticalizada, na qual, o professor era o único possuído do conhecimento, portanto, a aquisição do conteúdo escolar era via memorização, sendo considerado o ensino uma atividade que requer disciplina, esforço e perseverança por parte do aluno em aprendê-lo, isto é, assimilar e reproduzir os conhecimentos transmitidos.

Foi e é através desse ensino reprodutivista que a saciedade capitalista se matem no poder, a escola que tem por dever e principio de forma cidadõesconsciente de seus direitos e deveres, acaba por reproduzir a submissão a classe dominantes, através de uma metodologia autoritária e antidemocrática.

A educação é um processo implicado diretamente com a reprodução das relações de produção, possibilitando que estas relações ou refocem a dominação ou provoquem a mudança estrutural. Como instrumento de mediação entre classes, a educação forma a consciência, que tanto pode aderir á ideologia vigente (mascaramento), como pode supera e desmascarar esta ideologia (Jesus. 1989; p.29).

Este ensino reprodutivista é ranço da Pedagogia Reprodutivista Alienante do século XVI, que tinha a característica de tradicionalista e bancária, podendo ser utilizada como instrumento de adaptação do aluno sem a problematização do contexto social vivido.

Acredita-se que o processo de comunicação entre o sujeito aluno e professor se desenvolveu por muito tempo de forma de uma mão única,onde somente o professor se comunicava, cabendo ao aluno escutar sem ter o direito de responder, assim como, também o processo de ensino-aprendizagem se desenvolvia em uma mão única, o do repasse, isto é, a educação considera como ato de deposito de transferir valores e conhecimentos através da figura do professor.

Pois, entende-se que a aprendizagem apresenta-se como significativa, na medida em que direciona para a realidade da pessoa que aprende, para que entenda como ser que sente, pensa e agir, descobrindo a sua identidade como pessoa.

A aprendizagem tem raízes na realidade existente e cultural do educando, isto significa que a aprendizagem humana é simbólica passando a ser importante a percepção dos sentidos da existência pelo próprio educando e pelo educador.

Quando se fala que o processo de comunicação quanto o de ensino-aprendizagem se desenvolvem por muito tempo através de uma via de mão única, foi em função de a saciedade ver a figura do professor como o único possuído do saber, mais hoje com certa demos um salto qualitativo entre os sujeitos que estão interligados com o processo de ensino-aprendizagem na qual podem e deve se desenvolver em uma via de mão dupla, onde ambos se comunicam (aluno ↔ professor), e ambos aprendam juntos, pois afinal a educação é comunicação é dialogo, na medida em que não é transferência de saber, mais um encontro de sujeitos interlocutores que buscam a significação do significado.

3 − A RELAÇÃO DE INTERAÇÃO ENTRE PROFESSOR-ALUNO DENTRO DO ÂMBITO EDUCACIONAL.

No âmbito do processo educacional, perfilam grande aspecto no que tange a boa interação de professor-aluno, podendo ainda ser estes positivos u negativos, onde características profissionais e pessoais seram protagonista nesta historia.

O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mantal e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de forma, seriam impossíveis de acontecer (Vigotsky, 1987.p; 102).

Com base na teoria de Vigostky a relação de professor-aluno quando na educação deve ser harmônica e de base comunal em respeito ao individual, sendo estes primórdios sócio-educacinal para um ensino mais eficiente e satisfatório para ambos.

Quando se fala de individuo - social estar abrangendo o viver em conjunto, no qual experiências, conhecimento e idéias, compartilham-se e fazem parte de traças de saberes significativos para coma educação, quando se trata de uma educação infantil este aspecto pode ser visto como apenas um auxiliar que servirá como base para o caminho estudantil, quanto à educação básica esta prática se propaga de forma mais sintética, apenas facilitando o saber, porém quanto esta relação no espaço de ensino superior se torna ainda mais vigente, por se tratarem em algumas vezes, de pessoas com experiências e histórias de vida em um grau mais elevado e pela saída de um ensino médio estagnado de propostas, para uma prática de ensino superior, estas vigência de professor deve estar mais interligadas e associadas à interação de saberes, por se tratar de uma clientela mais especial e de complexidade social ampla.

Com base em Gadotti (2006), percebe-se a suma importância de se ver o âmbito escolar diversificado onde o ponto de partida deve ser local de imediato, analisado e construtivo-coletivo e interacionista quando a um conhecimento mais amplo e abrangente tecnologicamente e globalmente falando.

O processo no que se propaga o ensino, delinea-se por mediação por mediação por parte do docente e de caráter perseverativo e contributivo do discente, assim interagindo e assimilando aquisição eficaz e de caráter respaldos nos quatros pilares da educação, aprender a aprender de forma contratual e prática.

4 − O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM CONTRIBUINDO NA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO.

Atualmente há necessidade de um maior investimento em favorecimento da qualidade do corpo docente em estratégias de ensino mais condizentes com as necessidades e interesses dos alunos, principalmente, no que relacionado ao desenvolvimento de ensino-aprendizagem.

Pois, de acordo com alguns fundamentadores teóricos, a prática mais convincente de conhecimento de um, professor deve estar assentada sobre trêsprincipais pontos:

1)Um amplo conhecimento de conteúdo da área, na qual é um especialista, a partir de suas práticas atualizadas;

2)Ter uma visão de educador, além de um homem; a de mundo;

3)Possuir habilidades e conhecimentos que lhe permitem uma efetiva ação pedagógica além da sala de aula.

Entretanto, a problemática central, ainda em sala de aula, está na opção que o professor faz, seja através do ensino que ministra ou a aprendizagem que o aluno adquire, mesmo que as perspectivas e resultados sejam trazidos em momentos diferentes. E apesar da aprendizagem e ensino poderem ser indissociáveis, as orientações das escolas, ocorrem extremamente diversificadas, justamente por existirem em função do aluno e da sociedade na qual se insere, onde se privilegia a aprendizagem de seus alunos em prejuízo muitas das vezes do ensino de seus educadores.

Onde o ensino, consiste na resposta planejada às exigências naturais do processo de aprendizagem, em detrimento do fato de que para a relação professor-aluno seja amistosa, segundo Bordevane e Pereira (1986, não paginado.), necessita de motivação como estímulo ao convívio em sala de aula, através de uma comunicação verbal adequada, a atitude do professor em relação ao aluno deve ser a melhor possível, demonstrar serenidade, competências e habilidades além de suas especificações de conhecimentos, como também perceber as necessidades e saber ajudar os alunos quando for necessário. Pois, dentre esses fatores o ensino, é visto como resultante de uma relação pessoal do professor com aluno.

Haja vista, que o segredo do bom ensino, está diretamente ligado ao entusiasmo pessoal do professor que tem o poder da persuasão de transformar e doar o amor à ciência e aos alunos. Onde o seu dever maior, como educador estar voltado sobretudo, em ensinar, contribuindo e fazendo que seus alunos tenham paixão pelo que estão aprendendo, ajudando-os a tomarem iniciativas e irem em busca de conhecimentos que lhe tragam uma melhor concepção de mundo, junto aos esforços intelectuais e morais que a aprendizagem exige.

Contudo, Piaget (1969), através de uma de suas teorias, afirmar que o pensamento é a base em que se assenta a aprendizagem é à maneira de como a inteligência manifestar-se, e que a inteligência por sua vez, é um fenômeno biológico condicionado pela base neurônica do cérebro e do corpo inteiro, sendo o sujeito ao processo de maturação do organismo.

A inteligência é um instrumento que pode contribuir de maneira positiva ou negativa, dependendo da maneira como é desenvolvida durante a vida acadêmica de um individuo, pois as iniciativas e atitudes do professor quando bem vista serve como instrumento favorável à fonte da busca de conhecimento, melhorando as habilidades pedagógicas, o aprendizado, contribuindo no processo de formação deste individua, através da capacidade de desenvolver um novo ser.

Porém, Gagné (1971, não paginado), dar destaque a importância de uma hierarquia aos diferentes tipos de aprendizagem que vão da simples associação de estímulos à complexidade da solução de problemas. Fazendo do aluno um agente de aprendizagem, sendo o professor um facilitador e orientador de conhecimento, e das diferenças individuais um papel a ser respeitado de cada individua, onde a aprendizagem exige de um acompanhamento ainda mais individual, pois a aprendizagem de qualquer assunto requer uma continuidade ou seqüência lógica e psicológica.

Pois a aprendizagem é um privilegio de desenvolvimento mental, com o papel de desenvolver as relações pessoais, através da capacidade de decisão, onde na sociedade um individuo mais estudado é um ser independente nas relações políticas, sociais e economicamente, segundo Abreu e Masetto (1996).

E de acordo com Moreira (1986), o processo de ensino-aprendizagem é composto de quatro elementos essenciais: o aluno, escola, professor e conteúdo. Onde cada aluno tem capacidade, inteligência e velocidades de aprendizados diferentes, pois independentemente de todas as circunstâncias esses aprendizados requerem de experiências anteriores com conhecimentos prévios, disposições e boa vontade, além de uma estrutura socioeconômica. Dando ênfase ao conteúdo que melhor o aluno pode se adaptar através da aplicabilidade das práticas pedagógicas, onde o papel da escola é a essência do processo educacional com liderança. Sendo que através da figura do professor, a dimensão do relacionamento (relação professor-aluno), junto aos aspectos intelectuais e técnico-didaticos, é fundamental perante as atitudes em que o educador tome como capacidade de inovar e se comprometendo com a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

CONCLUSÃO.

Quando se fala do processo de ensino-aprendizagem e da relação professor-aluno, é uma das inúmeras complexidades vivenciadas pelo ser humano, sendo uma das mais difíceis de ser exercida pela sociedade, onde se pode ver que esses fatores são assimétricos e insolúveis, e que depende muito das habilidades e competências de como o educador irá repassar seus conhecimentos.

Pois, a primeira carga de competência demonstrada pelo conhecimento especifico por parte do ensinante (professor), está em repassar esse conhecimento, através de uma tendência espontânea, e pensar em ensinar com clareza ao seu ensinado (aluno).

Entretanto, deve-se levar em consideração que o ensinado também é um ser com fonte de aptidões, de saberes, gostos e culturas, entre outros diferenciados, que podem em um determinado momento repassar desta fonte ao seu educador, como preenchimento pela instrução e compreensão, em favorecimento de uma preparação profissional aquém de seu tempo, contribuindo assim na valorização de uma cultura social.

Haja vista, que o contrato que liga o professor e o aluno está configurado ao processo de ensino-aprendizagem, e que o principio do sistema educacional, é a base de uma colaboração que contribui na realização parcial da vida acadêmica de um aluno, e que por sua vez dentro desse ciclo da aprendizagem o papel do educador como eterno aprendiz de conhecimento é valorizado, e onde este professor verdadeiramente quando ama o que faz, que é educar, sempre será aprendiz de seus alunos, recebendo por sua vez a permissão de receber e realizar o seu próprio projeto de adquirir saber e conhecimento.

REFERÊNCIAS

ABREU, M.C.; MASETTO, M. T. O professor universitário em sala de aula: prática e princípios teóricos. São Paulo. Ed. Associados, 1996.

BORDENAVE, J.D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino-aprendizagem. Rio de Janeiro. Ed. Vozes, 1986.

CONDURÚ, Marise T. Elaboração de Trabalhos Acadêmicos- Normas, critérios e procedimentos. 2 ed. rev. ampl. e atual. Belém. NUMA, UFPA, EDUFPA, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo. Paz e Terra, 1996.

GADOTTI, Moacir. Perspectivas Atuais da Educação. Porto Alegre. Arte Media, Sul, 2006.

MOREIRA, Daniel, A. (org.). Didática do ensino superior – técnicas e tendências. São Paulo. Ed. Pioneira, 2000.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro. Ed. Forence, 1969.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Cientifico. São Paulo. Cortez. 2002.

VIGOTSTY. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. São Paulo. Ícone, 1987.


[1] Pedagoga, formada pela Escola Superior Madre Celeste - ESMAC em 2007, aluna do Curso de pós Graduação de Docência do Ensino Superior, Módulo III – Formação de Professores. Faculdade Ipiranga.

[2]Matemático, formado pela Universidade do Estadual do Pará – UEPA em 1992, aluno do Curso de pós Graduação de Docência do Ensino Superior, Módulo III – Formação de Professores. Faculdade Ipiranga.

[3] Turismóloga, formada pela Universidade do Federal do Pará - UFPA em 2007, aluna do Curso de pós Graduação de Docência do Ensino Superior, Módulo III – Formação de Professores. Faculdade Ipiranga.

[4] Pedagoga, formada pela Escola Superior Madre Celeste - ESMAC em 2007, aluna do Curso de pós Graduação de Docência do Ensino Superior, Módulo III – Formação de Professores. Faculdade Ipiranga.


Autor: Klenna Castro


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