Neuroeconomia
No momento exato em que a humanidade se deparou com a maior crise desde a "crise de 1929", os modelos de análise econômica passaram a ser contestados por grande parte dos economistas desta época, que colocaram em evidencia o questionamento referente a qualidade ou capacidade dos modelos existentes em analisar de forma consistente os problemas econômicos contemporâneos, reconhecidamente mais complexos do que os de outrora dada a evolução do modo de produção capitalista.
Neste meio tempo, muito se falou e escreveu sobre este tema, contestando justamente os modelos econômicos derivados da racionalidade humana, em especial a figura do homoeconomicus que representa a maximização econômica do homem através do seu comportamento quando este se depara com situações econômicas.
Neste contexto e diante das falácias geradas acerca de diversos modelos alternativos aos modelos existentes - antagônicos aos modelos baseados na racionalidade. Alguns poucos casos mereceram destaque por sua seriedade e por se tratar de um conteúdo capaz de suprir a demanda existente por explicações coerentes para os problemas econômicos de agora. Entre estes novos modelos pode-se destacar a neuroeconomia. Este modelos pode ser genericamente chamado de economia comportamental - para todo efeito, a neuroeconomia é uma ramificação da economia comportamental.
Esta ramificação da economia tem chamado a atenção tanto de cientistas como dos profissionais de mercado. Isto, pois este modelo interpreta os atos econômicos com base em um arcabouço teórico multidisciplinar evolvendo áreas do conhecimento além da ciência econômica como: medicina, psicologia, física e química, por exemplo.
Esta abordagem prima por testes de laboratórios praticados principalmente por meio da IRM - Imagem de Ressonância Magnética e pela TAC - Tomografia Axial Computadorizada. Estes testes buscam indicar por meio de uma consistente analise do cérebro como o ser humano reage diante de determinadas situações econômicas.
As possibilidades geradas por esta nova abordagem trouxe a teoria econômica maior capacidade para a compreensão dos problemas economicos, com um maior nível de confiabilidade o comportamento humano referente a este como um ser econômico. Um exemplo disto pode ser visto através dos vários testes que os neurocientistas em parceria com alguns economistas fizeram tomando como base a teoria dos jogos.
De forma genérica, a neuroeconomia veio contribuir para a formalização, experimentação e contestação de teorias, já amplamente utilizadas no mundo acadêmico e para o surgimento e propagação de outras novas. Apresentando o homem como ser econômico de forma como nunca antes vista na ciência econômica.
Portanto esta nova abordagem sobre a análise econômica surge como uma inovação que quebra o paradigma existente com relação ao próprio conceito de análise em economia. Permitindo tanto a comunidade cientifica quanto ao mercado, almejar resultados mais próximos da realidade.
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Autor: José Chavaglia Neto
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