Responsabilidade Social Não é Filantropia!



Alguns gestos e ações podem mudar o futuro de um indivíduo, de uma família e de uma nação. Algumas pessoas ou grupos ficaram na história, uma vez que tiveram coragem para lutar por idéias e ideais em busca de um mundo melhor.

Vivemos uma desigualdade inumana e culpar ou deixar a responsabilidade para o governo não nos faz melhores. Apenas demonstra nossa omissão. É chegada à hora de sair da cadeira de meros espectadores e galgar um lugar no palco.

Abraçar e lutar por uma causa. Eis a questão! O que não afeta diretamente um indivíduo normalmente não é objeto de seu interesse. Entretanto, vivemos em sociedade e lutar por seu bem estar significa, dentre outras coisas, ter responsabilidade social.

Mas afinal o que é responsabilidade social? Sabemos que o termo tem se tornado nos últimos anos um "abre-alas" para empresas, entretanto temos que diferenciar filantropia de responsabilidade social.

A primeira se refere ao ato continuado de doar dinheiro ou bens a favor de pessoas ou instituições que trabalhem com causas sociais. Já responsabilidade social vai alem do simples ato de "fornecer o peixe". Segundo Toro e Hoyos (1998, p. 4): "a responsabilidade social é o compromisso da empresa em contribuir com o desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e a comunidade em geral".

Portanto devemos observar e sermos cautelosos ao empregar o termo e mais ainda, ficarmos atentos ao marketing usado por empresas no que diz respeito a ações de RS.

Por detrás dos "panos", vemos muitas das vezes empresários que se intitulam socialmente responsáveis e, no entanto seus colaboradores são massacrados com jornadas excessivas de trabalho. Vemos ainda industriais que alardeiam ações socialmente responsáveis, contudo não fazem nada para o crescimento da cidade ou local que abriga suas indústrias e pior: degredam o meio ambiente, deixando como herança um passivo ambiental.

Diante da onda dos "socialmente responsáveis", bom seria se as desigualdades fossem minimizadas e ações realmente responsáveis fossem abraçadas – começando em nossa casa e partindo comunidade afora.


Autor: DEGMAR AUGUSTA


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