A Fase Atual Da Economia: De 1929 Aos Nossos Dias
Autora: SOBREIRA, R.C.F.
Criticas ás teorias clássicas e neoclássicas atingiram seu auge na década de 30- caracterizada por uma fase de grande agitação teórica. Os debates sobre elas provocaram novos exames e abordagens em ambos os lados opostos, exemplo:
- os trabalhos sobre o comportamento dos preços das empresas situadas entre o monopólio puro e a concorrência periférica;
- o comportamento ótimo do produto e do consumidor;
- a teoria do monopólio e da concorrência imperfeita;
- os problemas da grande empresa resultante da concentração do poder econômico.
Os fatos econômicos contribuíram para aumentar os debates dos economistas: os problemas surgidos da guerra de 1914 e a crise gerada com a queda da Bolsa de Valores em 1929, deixam claro a insuficiência da tradição clássica e neoclássica para solucioná-los. Paises desenvolvidos do mundo ocidental se vêem abalados com a crise do pós-guerra, que ocasionou o desemprego e o descontentamento do povo.
A imagem de funcionamento de um sistema econômico criado pelos clássicos e neoclássicos se mostram distante da realidade daquele momento, o desemprego atingiu proporções absurdas e não havia indicadores de que tal fato estaria se auto-corrigindo..
A falta de um conhecimento teórico sobre a economia do desemprego em massa, os políticos e governantes tentarem remediar os males usando estratégias de minimização dos impostos,aumento de tarifas, a desvalorização da moeda, a realização de obras publicas como meios de criar empregos na Inglaterra, ou estimular á economia nos Estados Unidos.
A Revolução Keynesiana:
No período entre as guerras de 1914 e 1945, surge Keynes, cujas obras romperam com as tradições neoclássicas e apresentaram um programa de ação governamental com o objetivo de promover o pleno emprego. O choque produzido com este ato passou a ser denominado de Revolução Keynesiana.
Em1914, ele criou o Plano Keynes para estabilização das moedas.Após a II guerra, participou dos trabalhos de criação do Fundo Monetário Internacional,FMI, e do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, Bird.
Keynes, mostrou interesse pelos problemas de instabilidade a curto prazo, procurou determinar as causas das flutuações econômicas e os níveis de renda e de emprego em economias industriais, contestou a condenação marxista do capitalismo, este poderia ser preservado se reformas oportunas fossem efetuadas, já que um capitalismo não regulado mostrara-se incompatível com a manutenção do pleno emprego e da estabilidade econômica.
As dificuldades e ousadias das obras de Keynes, foram apontadas, por outros autores, como teoria particular, pois ele simplificou a complexa realidade econômica; omitiu a analise de micro economia; colocou-se voluntariamente no quadro das estruturas capitalistas; não se aplicou aos paises emergentes; não considerou o problema do fim da analise produtiva ou a que tipo de civilização é chamada a servir a grande engrenagem de teorias, capitais e trabalho humano.
Apesar das criticas, a obra de Keynes estimulou o desenvolvimento de estudos no campo da economia, nas ares da contabilidade e de estatistica, a exemplo:
- economistas passaram a construir novos modelos agregados;
- a estatística conta com novo campo de pesquisa ligado á contabilidade nacional, á coleta e analise de dados da Renda Nacional, do produto Nacional.
Enquanto Keynes tentava reabilitar o capitalismo, o socialismo implantado na URSS, em 1917, passou a servir de modelo, depois da II Guerra, ás Democracias Populares: China, Vietnã e Cuba.
Na década de 90, as transformações econômicas, políticas e sociais surpreendem o mundo: o vento da historia condiciona desde os modelos extremos das economias socialistas planificadas, ate as forças políticas locais e regionais, que insistem em se apoiarem no exacerbado centralismo estatal e na política massificadora.
Na antiga URSS, as surpresas têm sido grandes, os especialistas haviam previsto todos os cenários, menos seu desmoronamento no interior do próprio sistema. Os paises da chamada " cortina de ferro",
A China e a Albânia adotam mecanismos de economia capitalista, somente Cuba persiste no caminho socialista autoritário e burocrático.
Pode-se dizer que os anos 90 representam uma fase cientifica e tecnológica muito produtiva, mas politicamente imprevisível, a reavaliação do papel do Estado apresenta fatos inesperados, sobretudo no ponto de união entre a estrutura e a superestrutura: o consumo fracassa na tentativa de aperfeiçoar a sociedade se baseando no planejamento da intervenção estatal e simultaneamente provoca a reabilitação da iniciativa individual e do lucro que retornam com a mão invisível de Adam Smith,como os únicos instrumentos confiáveis de aperfeiçoamento.
PINHO, D. B. Evolução de Ciência Econômica. In: Manual de Economia. São Paulo. Saraiva,1992, p. 31 – 59.
PEREIRA, R. V. A. A Evolução do Pensamento Econômico. Artigo da Internet/25/02/2008
ROSSETTI. Introdução á Economia. São Paulo. Atlas.
1982
REGINA CELIA DE FREITAS SOBREIRA
TITULAÇÃO: PEDAGOGA
UFV
TEL: 031-3891-3408
2008- 26/03
Autor: Regina Sobreira
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