Marianne E A República



O símbolo é erguido, nas mãos, como uma espada. À direita do quadro, uma velha cadeira empoleirada. Não mais do que vinte livros na estante. Marianne? Ainda insistem em relegá-la a condição de costela adâmica?

Então ponho meu membro à prova – sim, o falo falha, repetidas vezes quando for necessário. Se me dizem que ele está sempre disposto, digo com todas as letras: é uma grande mentira (e você sabe do que eu falo).

A mobília antiga sustentando remotas enciclopédias referidas, não foram completamente limpas da poeira do tempo. Não me interessa o juízo incauto da religião. Da mesma forma que não há espaço para o estrutural-funcionalismo (sabe, é uma forma antropológica de classificar as pessoas) do homo sapiens onipotente.

Quero discutir o poder neste relato. Mas também a podridão: a inércia que paira em nossas almas nesta gigantesca masturbação ocidental (eu sou bonzinho agora, homenzinho, você acredita?), ora tão gasta pelo uso dos seus perversos líderes, justapostos apenas ao extermínio e uso da força.

A mais longínqua das guerras púnicas gregas estão relativizadas na idéia do falo. O braço direito do juiz está representado (sim, Estado de Direita) na genealogia paterna dos costumes da velha moral cristã. Ora, deixem Jesus em paz! Chamem Magdalena (amiga de Marianne). Não é uma demagoga anglo-saxã (ou estadunidense) revestida de sonhos democráticos e praticante do protestantismo homofóbico "macho" (Chô! Chô! Factóides!).

A causa não é verdadeira? Então diga lá: queremos uma juíza negra do Bronx nova-iorquino dizendo aos texanos puritanistas onde elas vão pisar agora: na República! Calma, não queremos o sexismo platônico (nem super-girls), mas sim, políticas afirmativas, leis rígidas pra quem acha que está pegando em "mercadoria" e "metendo a mão" (não é o braço?!).

Também não queremos aceitar o equívoco de imaginar tanta informação como realidades extraterrestres. Ou a perspectiva carreirista dos grandes negócios acadêmicos (nossa como estão interessados nos problemas do mundo!) acabando com todas as possibilidades de bradar aos quatro cantos do mundo sobre essa onda de "american way of life", "Minnie Mouse", Hello "Kit" e Sidney Sheldon é uma total falta de absolutamente... Duvida? A próxima grande onda é o mercado ilegal de cérebros: "Vende-se um encéfalo por tantas pratas, um miolo por um real!". "Olha o miolo, tá barato!".

Pensa que tá barato ficar pagando a conta das turbinadas (os) falanges da inteligentzia global do Big Brother?!

Enquanto isso, na sala de justiça...

O imposto continua quebrando no bolso, na mente, no espírito do velho consenso criminal (somos todas criminosas e criminosos natos) na pasmice da eterna falta de afeto. Quem ajuda se ajuda! Levante uma mão, uma cabeça, dê um sorriso, escancare e apaixone o discurso de uma vez, jogue tarôs de desejo, consuma sua luta e revitalize...

... Chamem Marianne de novo! Busto e seios à mostra (também) não é só isso, é mais que isso... Se isso é uma República, sou o neofascismo do bufão Sarkozy, sou o neocolonialismo globalitarista da "iron maiden" miss Tatcher na sua prepotência britânica.

Lixo, lixo, Lixo grande Lixo ocidental da Eva parideira e do Zeus garanhão, quero, quiçá, quero dizer que chega!

Feliz quando macaco fui.




Autor: Paulo Milhomens


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