Ano de Reflexão



Ano de Reflexão

 

         Este ano de 2010 já aconteceu e irão acontecer diversos fatos de repercussão no cenário brasileiro, desde o dia 5 de abril estamos acompanhando o desastre que ocorreu no estado do Rio de Janeiro em virtude das chuvas, que alagou algumas cidades, trazendo grandes constrangimentos para a população. Mas nada se comparam com as mortes nas favelas por causa das chuvas, que ocasionaram as enchentes e consequentemente os deslizamentos que soterraram algumas vítimas, moradores daquela comunidade.

         As mortes foram registradas nos municípios do Rio de Janeiro; Niterói; Nilópolis; São Gonçalo; Petrópolis; Maricá e Magé. Culpa de quem? Dos moradores que construíram suas casas em locais de risco? Ou será que a culpa é do governo (municipal estadual ou federal)? Que no século XX, mais precisamente nas décadas de 50, 60 e 70 nada fizeram para reverter o que estava virando favelas nos morros? Será que faltou por parte do governo uma atenção especial para a população mais carente? Este é um fato que aconteceu no estado do Rio de janeiro, mas serve de exemplo para fazermos uma reflexão.                                                                                                                                                                             

         As eleições estão chegando, e faz com que nós brasileiros exercemos o nosso direito do voto. Direito Constitucional que muitas vezes não é exercido da forma correta, e o preço disso é alto demais, a finalidade do voto de muitas pessoas se dá por determinada quantia em dinheiro; pelo pagamento da conta de água; da energia elétrica etc. Não se importando com o candidato e nem com a sua pretensão política.

         A política é coisa séria e não pode ser tratada como algo irrelevante para as nossas vidas, na Constituição Federal está previsto no artigo 1º, parágrafo único que Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta constituição, ou seja, o cidadão tem o poder do voto em suas mãos.

         Hoje no cenário da política brasileira, não é difícil de vermos escândalos envolvendo políticos, alguns são ousados colocando dinheiro na meia, na cueca e por aí vai. Há uma máxima que diz cada povo tem o governo que merece, quem comunga com a corrupção também é corrupto. Nos não podemos deixar que maus políticos possam ocupar um cargo público, então temos que escolher bem os nossos representantes que é algo difícil os que são comprometidos com o desenvolvimento do país e do bem estar social.

         O Brasil ocupa a 75º posição no ranking das nações mais corruptas, conforme o último levantamento da Transparência Internacional divulgado em novembro. Quem não se lembra dos escândalos envolvendo o Jader Barbalho; Renan Calheiros e José Sarney, com tantos indícios de corrupção, porém nada aconteceu com esses políticos.

         A verdade é que o problema do Brasil é a impunidade que impera no meio político, qual o político que foi condenado por corrupção? A justiça faz a sua parte, deve seguir os ritos processuais que significa muitas vezes morosidade ao invés de celeridade, os políticos corruptos contratam bons advogados que usam as brechas da lei para retardar os inquéritos.

         Para a tristeza de muitos, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, acusado de obstruir a justiça, deixou a prisão por meio de Hábeas Corpus interposto no Superior Tribunal de Justiça. Ele estava preso desde o dia 11 de fevereiro na Superintendência da Polícia Federal.

         A decisão do Superior Tribunal de Justiça ficou da seguinte forma, oito votos a cinco, a maioria decidiram libertar o ex-governador, pois entenderam que não há motivos que irão atrapalhar as investigações sobre o mensalão dos democratas de Brasília, pelo fato de não estar no governo, e por isso não pode mais exercer influência política. Na verdade o que falta para o Brasil são políticas de anticorrupção, porém isso é de competência do poder Executivo e do Legislativo. Então o eleitor brasileiro deve se envolver ou participar mais politicamente, saber em quem votar, para que acontecimentos vergonhosos como esses não voltam a se repetir.  


Autor: Claudenir Cândido Da Silva


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