Pensamento Negro - Movimento Negro e Pensamento Afro



Falar de pensamento negro é uma atitude de coragem e tanto. É uma honra falar desse tema, pois no Congresso de intelectuais negros, ocorrido no Maranhão pela associação nacional de pesquisadores negros e negras, sediado no Maranhão.

Conheci Lourdes Mesquita, militane intelectual negra, estava no encontro das pastorais afro em São Luis, em 2009, ali esta mulher espiritualmente concentrada, fascinante no ato de escrever. Depois de conversar um pouco com sua voz baixa, fez a doação dos livros, com uma simpatia e tanto intelectual africana, depois que defendi o Pe. que particiou do Candoblé, Fraçoi.

Após retornar do Congresso e chegar em Teresina, com vibração do congresso negro catolico, mais uma vez o movimento negro do Piaui estava abafado e parado, após a eleição de WDias, o povo lutador antes militante, em sua maioria amortecido na luta nas comunidades contra a escravidão de mão-de-obra, discriminação racial na mídia e setores da elite piauiense, alguns intelectuais pararam de produzir e a militância sumiu, ficou só na cultura do tambor, esquecendo outros elementos importante que fazem parte do cotidiano afro do Piaui. Nasceu o individualismo negro, luta por permanência no grupo ou gueto. Mas o objetivo deste artigo não é so o lamento é importante colocar a mente no pensamento de Mesquista, pois ela mostra o fundamento da cultura negra de origem.

Para mesquita, (2006, p. 6)falar de africanidade é falar de espiritualidade, respeito a mãe, simbolos sagrados, e costumes sociais. Falar de intelectualidade africana passa pelo pensamento negro dos povos egipcios, do Niger, do Congo, Zimbawer, entre os diversos povos com cultura de intelectualidade de pesquisa. No Brasil o movimento negro tem sido instrumento de intelectuais, desde 1931 ate hoje os intelectuais estão ai, seja produzindo , seja criando novos conceitos sobre o movimento negro militante. Para Mesquita a intelectualidade negra passa pela resistência negra, como: irmandades, Candomblé, levantes, os quilombos, movimento abolicionista, organização do movimento negro.(p.21), além de uma grande aliança entre o movimento negro e o movimento indígena.

Creio que com esta reflexão pode despertar em nós militantes negros a aproximação dos povos oprimidos por um Brasil ainda racista em suas politicas publicas e ações afirmativas. O grito continua sendo gritado, mas um dia este pais escuta a voz do povo negro e pode nascer um novo dia para os excluidos, ainda estamos nos quilombos nas favelas e lugares onde ninguém vai. Com a chegada de muitos estudantes africanos, pode haver intecambio cultural entre os pensantes da africanidade brasileira, enriquecendo uma aproximação rica em conteúdo e tradições cuturais libertadoras.

Referencia

SIQUEIRA , Maria de Lourdes. Siyavuma: uma visão africana de mundo. Salvador: Ed. Autora, 2006.


Autor: Fernancio Barbosa


Artigos Relacionados


Escolha Do Ministério Da Igualdade Racial

Movimento Negro Ressurge No Brasil

A Emancipação Negra

Racismo O Pior Preconceito

História E Cultura Africana Em Sala De Aula: O Desafio E A Prática Da Lei 10.639/03

A Resistência Negra No Período Colonial Brasileiro.

Abolição