Não somos "técnicos" da Seleção, mas das Eleições...



Edson Silva

Eis que se aproxima outra Copa do Mundo de Futebol, que pela primeira vez será no Continente Africano (África do Sul), e quase todos nos tornamos técnicos, ou pelo menos "palpiteiros", de nossa querida Seleção Brasileira. As orelhas do técnico Dunga devem estar quentes de tanto ouvir: "leva este jogador e não este; convoca o fulano e não o beltrano..." Se bem que, por essas coincidências da vida, o apelido do nosso técnico é nome justamente do anão surdo e mudo da história da princesa Branca de Neve e os Sete Anões, do genial Walt Disney.

Mas a verdade é que polêmica ou não, com contradições, certezas técnicas ou "achismos", Seleção Brasileira e Copa do Mundo mobilizam praticamente todos em nosso país e na hora que a "pátria de chuteiras" entra em campo queremos mais é resultado: ganhou bom; ganhou jogando bem, melhor; deu show, ótimo; foi campeão então, este é o Brasil que conhecemos, melhor futebol do mundo e, agora, mais do que nunca: único hexa-campeão mundial. Se aquele jogador "pereba", que ninguém queria no time, faz gol e ajuda conquistar o título vira craque e quase ninguém lembra de algum craque injustiçado.

Mas somos exigentes com a Seleção no intenso mês de Copa do Mundo. Todos esquecem os problemas, exceto se a Seleção fizer péssimas exibições, voltar para casa mais cedo ou mesmo mais uma vez deixar escapar um título e continuar com nossos "minguados" cinco títulos (maior número de títulos até o momento) e dois vices em 18 competições, das quais somos o único país a participar de todos os mundiais. Olha que os adversários estão em nossos calcanhares, a Itália foi campeã quatro vezes e Alemanha três...

Bom, mas o que este assunto até aqui teve com eleição? Este ano, passada a Copa, todos nós brasileiros temos que escrever mais uma importante página da democracia e que diferentemente de um jogo de futebol não vai durar 90 minutos ou diferente da Copa não dura um mês... Nós participaremos da sucessão do presidente Lula; das sucessões de governadores dos Estados; elegeremos dois senadores(por Estado); elegeremos deputados federais e estaduais. Eu disse e friso, nós, nosso voto elegerá, cada um é o técnico e escolhe (ou como queiram convoca) os seis preferidos e esta escolha é para quatro ou oito anos e precisa ser consciente... Avalie candidatos, procure oferecer ao país também na política o time de raça e determinação que você sempre espera para a Seleção Brasileira de Futebol.

Edson Silva, 48 anos, jornalista da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Sumaré
Email: [email protected]


Autor: Edson Terto Da Silva


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