A CONSTRUÇÃO DE UM INDIVÍDUO PLURAL
Em um mundo atraente e cheio de obstáculos, respeitar e valorizar as diferenças étnicas e culturais não vem sendo imposta como anuir aos valores de outrem, mas comporta na construção de uma sociedade justa, livre e fraterna, longe da desigualdade social produzida pela dominação e exploração socioeconômica e política, do preconceito onde desigualdade social e discriminação articulam-se convencionando a supressão social que impossibilita assim o acesso aos bens materiais e culturais produzidos pela sociedade.
Tratar da diversidade cultural é cogente do trabalho educativo, voltado para a cidadania, pois a coexistência ampla da diversidade ética, lingüística e religiosa, constitui em experiências de criação cultural como obra coletiva. Cabe ao processo educacional (escola/professor) aborda a temática no campo ético desenvolvendo nos educando atitudes e valores que serão incorporados a sociedade em novos comportamentos. Para tal é relevante o conhecimento mútuo entre regiões, grupos, indivíduos para a consolidação do espírito democrático.
A escola como espaço que se dar a convivência entre crianças de origens e níveis socioeconômicos diferentes, oferece intercâmbio que é aspecto central para a consolidação da diversidade cultural, a criança vê-se como agente produtor, estabelecendo conexões do que se aprende na escola e a vida da população. Incube-se ao professor a interação da reflexão e ação, discutindo permanentemente suas relações, buscando superar preconceitos ocorridos em sala, uma vez que a aprendizagem da convivência é ponto culminante para aguçar a percepção a diferença dos alunos por intermédio de programas de televisão, reportagens, imprensa escrita.
A analise de situações que manifestam preconceitos sejam eles verbalizados, gesticulados ou de expressões encaminham uma discussão a temática, bem como depoimentos gravados, correspondências escolar (aluno/professor, aluno/aluno), consultas a regulamentos, intercâmbios da escola com movimentos sociais. A escola e o professor agem com provedores aos princípios de liberdade, justiça, solidariedade no lugar onde são ensinadas as regras do espaço público para o convívio democrático com a diferença através do lúdico como conto, músicas, etc.,que são peculiares de cada povo, proporcionando desta forma um novo olhar de igualdade dos direitos e dignidade individual e coletiva.
CONCLUSÃO
Propor a criança uma abertura para culturas diferentes da sua, engloba conteúdos atitudinais que dialogam com a necessidade de novas estratégias educativas que conduzem a objetivos plenos, representados em conhecimentos sistematizados sobre a realidade plural.
As produções sociais não ocorrem fora da relação de poder, cada manifestação social volta-se ao grupo que a produziu e organizar esse conhecimento permitirá a integrarão entre o vivido e o aprendido, pressionando a flexibilidade do senso comum em cada aluno.
A revisão das práticas leva a eliminação de constrangimentos em sala e fora dela, entrelaçando a escola, comunidade local e sociedade, propicia-se a compreensão do valor das culturas por meio da vivência que coopera para a apuração da injustiça, preconceito e discriminação.
REFERÊNCIA
Parâmetros Curriculares Nacionais: Pluralidade Cultural: Orientação Sexual/ Ministério da Educação. Secretária da Educação Fundamental. -3.ed._Brasília: A Secretaria, 2001.
Fundamentos socio-cultural-político-economico do Processo Educativo/ João Vicente Hadich Ferreira; José Roberto Garcia; Adriana de Fátima Ferreira, Okçana Battini; Adriana Regina de Jesus dos Santos; Fernando Barroso Zanluchi. Londrina: Editora Unopar, 2008.
Autor: Karla Wanessa
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