O amor Trinitário



O amor Trinitário que nos alcança
Joacir Soares d?Abadia
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Assim inicia-se e termina a Celebração da Santa Missa. É uma saudação à Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo! Eis que estamos, no VI Domingo da Páscoa, diante de uma Liturgia riquíssima: At 15,1-2.22-29, Sl 66 (67), Ap 21,10-14.22-23 e Jo 14,23-29 que nos recorda a Santíssima Trindade com suas Missões: o envio do Filho: o "Pai que me enviou" (Jo 14,24) e do Espírito Santo: "que o Pai enviará [já enviou] em meu nome" (Jo 14,26), Jesus Cristo. Falemos, então, das Missões e do amor de Deus por cada um de nós.
"Barnabé e Paulo, homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (At 15,25-26), o enviado do Pai. O qual no Apocalipse de São João é chamado de Cordeiro. Porque, todavia, S. João insiste chamar o enviado do Pai de Cordeiro? Quais são as razões para isso?
São João no Apocalipse chama Jesus de Cordeiro mostrando suas relações e o seu ser. Jesus relaciona com os "apóstolos" (Ap 21,21) e com o próprio "Deus Todo poderoso" (Ap 21,22) e seu ser é a "lâmpada" (Ap 21,23), ou seja, "a luz verdadeira que ilumina todo homem" (Jo 1,9).
Já no Evangelho de S. João Jesus é o Cordeiro Pascal que "seis dias antes da páscoa" (12,1) vai para Betânia. Esse acontecimento recordam "as prescrições rituais do êxodo (Ex 12,3) que pedem que se separe o cordeiro destinado ao sacrifício pascal". Jesus, contudo, "morre no dia da preparação (18,28; 19,14), mais ou menos na hora em que os cordeiros pascais eram sacrificados para a celebração da festa". Também a profecia dizia que "não fosse quebrado nenhum osso (19,36), referência inequívoca a Jesus como verdadeiro cordeiro de Deus". E, por fim, S. João Batista dá testemunho de que Jesus é o cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo (Jo 1,29.36). Assim, a função principal do envio do Filho ao mundo é para "tirar o pecado do mundo" (Jo 1,29.36).
O envio do Espírito Santo "está em relação com a do Filho, que culmina na Ressurreição" (Ladaria, 2005, p. 102-103). Deste modo, "Jesus, o Filho enviado ao mundo, é a fonte do Espírito para os homens" (idem).
O Espírito nesta Liturgia tem algumas funções: a) decidir (At 15,28), b) defender (Jo 14,26), c) ensinar (Jo 14,26) e d) recordar (Jo 14,26). Todas estas funções do Espírito Santo tende a nos recordar tudo que Jesus disse e fez em toda sua Vida Pública
Diante de tudo isso podemos ainda indagar a respeito do amor porque Jesus disse: "o meu Pai o amará". Perguntamos, pois, como o Pai nos ama? De forma sucinta respondemos que Ele nos ama através das Missões: o envio do Filho e do Espírito Santo. O Pai não nos ama diretamente, Seu amor por cada um de nós passa tanto pelo Filho como pelo Espírito Santo e nós, por nossa vez, O amemos pelo Filho, no Espírito Santo. Isso porque todo amor Cristão tem como base a relação de amor que existe na Trindade: o Pai ama o Filho, que ama o Espírito Santo. E, pelo Filho e pelo Espírito Santo, o Pai ama cada um de seus filhos. Essa é a forma pela qual participamos da Santíssima Trindade. Por fim, como amamos os nossos irmãos?

Autor: Joacir Soares D'Abadia


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