Agnóstico de Cristo
O maior defeito de uma religião
não reside na sisudez burra de seus dogmas,
nem na inadequação ou desumanidade de seus ritos.
O que mais amesquinha qualquer proposta religiosa
é a consagração do orgulho-próprio exacerbado e cego,
da vaidade acima de tudo,
celebrada no bojo de seu arcabouço conceitual,
atirada contra tudo que não for si.
Todas (as que já olhei por alto)
são como narcisismos espirituais pseudocoletivos.
Seus seguidores (ou fiéis, ou fanáticos),
ainda que inconscientes e de corações puros,
justificam, corroboram e aplaudem
sua própria visão de tudo.
Entendem que as visões dos que não creem em religiões
ou que creem em outras quaisquer
são inferiores e, portanto,
desprezíveis e inaptas para discussão.
A vantagem é que Deus,
qual deles for ou não,
gosta de todo mundo,
dos que gritam,
dos que oram,
dos que se doam,
dos que se aproveitam,
dos que trabalham,
dos que não pensam em nada disso
e dos outros que não conseguirei catalogar
balizado pelos limites de minha existência.
"A fé une, a religião divide os homens",
disse alguém aí.
Uma melhor religião teria um método de procura
do amparo divino,
do sentido da vida
e do conforto espiritual
recursivo,
uma filosofia sempre aberta a renovações
a cada nova descoberta,
a cada novo relacionamento
com outros modos de pensar.
Tenderia a desaparecer
se arraigando nos costumes e nas consciências,
porque ia juntar todo mundo,
como a necessidade de água.
16.11.2009
Autor: Roberto Jr Esteves Siqueira
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