GÊNEROS TEXTUAIS: FACILITADOR NO DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA



MARIA DAS GRAÇAS DE MEDEIROS PIRES

RESUMO

O presente trabalho trata da importância que "os gêneros textuais tem para o desenvolvimento da escrita", fundamentados em alguns teóricos, dentre eles Koch e Mascuschi, também através de pesquisas laboratoriais que salientam a relevância dos gêneros como base para a produção textual e que colaboraram para uma nova visão do processo educacional. Dessa forma, o devido artigo pretende ressaltar, a historicidade, o processo da escrita e as estratégias dos gêneros textuais, alcançando assim, como resultado uma visão geral dos meios que possibilitam a construção de um texto.

Palavras-chaves: Gêneros textuais. Desenvolvimento da escrita e dinamicidade.

INTRODUÇÃO

O tema "gêneros textuais: facilitador no desenvolvimento da escrita" pretende expor a origem da escrita, a importância da escrita para a modernidade e as estratégias para a produção textual, fazendo uma análise detalhada para compreensão do assunto em destaque. Pois, é relevante enfatizar que a comunicação é um fator decisivo na amplitude cognitiva do individuo, na qual se trocam idéias individuais ou coletivas, levando em consideração que a escrita está inserida constantemente nos dias atuais, devido a evolução tecnológica. Então, qual a importância dos gêneros textuais no desenvolvimento da escritura, principalmente nas aulas de língua portuguesa?
Diante disso é imprescindível enfatizar que mesmo sendo muito abordado por vários escritores o respectivo assunto, ainda é importante fazer questionamentos sobre o mesmo, causando assim, uma mobilização na prática escolar. Dessa forma, o artigo em si está embasado nos teóricos Koch e Marcuschi, sendo utilizadas também outras referências bibliográficas para uma abordagem mais precisa.
Portanto, o objetivo do artigo é apresentar de forma concisa, aos futuros leitores para que tenham um aparato mais relevante dos "Gêneros Textuais: Facilitador no desenvolvimento da escrita", que direto ou indiretamente influencia na vida social.

1- A ORIGEM DA ESCRITA

Na pré-história os homens desenhavam nas paredes das cavernas para se comunicar, os gráficos não tinham qualquer estrutura padronizada. Porém, a escrita surgiu depois da "revolução neolítica" na antiga mesopotâmia pelos Sumérios e foi dividido em três fases: a pictórica (desenho ou pictograma) relacionava-se a imagem da representação. A ideográfica (ideograma) representava-se a uma idéia através dos gráficos; e o alfabético (uso das letras) originado nos ideogramas, mas depois perde sua forma. A partir daí, surge à escrita cuneiforme nas placas de barros que foi padronizada por volta de 4000 a.C.
Vale enfatizar também que, logo os Egípcios desenvolveram a escrita, através de duas formas, a demótica (simples) e a hieroglífica (complexa, por desenhos e símbolos). Tavares, afirma "Os estudos tradicionais consideravam o Egito como o berço da escrita, porém, hoje está claro que a escrita suméria é anterior há esse tempo".
Portanto, a escrita foi transformando-se de acordo com a necessidade do homem de criar e armazenar registros. Então, os tempos mudaram e a sociedade se desenvolveu, evoluiu e passou-se a questionar sobre a construção do conhecimento. Mediante a isso, pode-se recorrer aos registros históricos para compreender a evolução da linguagem manuscrita para digital, principalmente a da internet que tem seus gêneros E-mail, Orkut e etc. Logo a educação, evidentemente, é influenciada por tal processo nos vários níveis de ensino.

2- A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E DA ESCRITA NA MODERNIDADE

Percebe-se a todo instante a necessidade de acompanhar a evolução textual, principalmente as que são transmitidas por meios dos gráficos, os quais requerem habilidades de uma estrutura gramatical, mediante ao enunciado abordado pelo editor para haver, de certa forma, uma mensagem mais objetiva dentro de sua finalidade. Diante disso é imprescindível que o homem atualize-se, buscando acompanhar a modernidade, tendo capacidade de associar suas idéias através da leitura e da escrita. Em virtude disso, Koch enfatiza: "(...) a escrita faz parte da nossa vida, seja porque somos constantemente solicitados a produzir textos escritos (bilhete, e-mail, listas de compras, etc., etc.)". (2009, p.31).
Contudo, a forma de expressão escrita depende da ampliação do vocabulário, os quais são adquiridos através da leitura ou da fala mediante a interação com o mundo, logo o meio social está recheado de informações lingüístico através dos gêneros textuais. O intelecto agrega conhecimentos formais e informais, os quais são cobrados no desenvolvimento de qualquer discurso escrito com características próprias dentro de suas finalidades, alguns precisam de um estímulo para ativá-lo quando necessários outros são reativados sem muito esforço devido serem usados freqüentemente. Mediante a isso, Koch afirma:

Em nossa atividade de escrita, recorremos constantemente a conhecimentos sobre coisas do mundo que se encontram armazenados em nossa memória, (...), com base em conhecimentos de que ouvimos falar ou que lemos, ou adquirimos em vivências e experiências variadas. (p.41)

Dessa forma, o letramento deve fazer parte da vida do homem para que o mesmo acompanhe as atividades relacionadas à comunicação escrita, visto que, mesmo as cotidianas precisam de domínios interpretativos, logo pratica e interagi com o mundo moderno, pois, "letramento não é pura e simplesmente um conjunto de habilidades individuais; é o conjunto de práticas sociais ligadas à leitura e a escrita em que os indivíduos se envolvem em seu contexto social". Soares, (2006, p.72). Diante disso, a escola tem o compromisso, não somente de alfabetizar, mas também de dar condições para que o aluno tenha acesso a bons livros, deixando bem claro da importância para compreensão textual e histórica, sem esquecer a tecnologia digital, afinal o desenvolvimento social evolui mais rápido devido a este novo tipo de letramento digital.
Autor: Maria Das Graça Medeiros Pires


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