CÉLULAS-TRONCO NO COMBATE AO DIABETES



BETESCÉLULAS-TRONCO NO COMBATE AO DIA
CRISOSTOM DO NASCIMENTO OLIVEIRA*
RESUMO

Há décadas pessoas no mundo inteiro vêm sofrendo com doenças autoimunes, presas as dependências de remédios para controlá-las, passam dias a fio lutando contra males que se "defendem de remédios" que poderiam aniquilá-los, mas não podem por que são parte do próprio organismo. Nos últimos anos pesquisadores vêm trabalhando para reverter essa situação, a fim de desfazer essa imunidade. Este artigo tem como proposta relatar algumas pesquisas e resultados que especialistas no mundo e em especial no Brasil vêm desenvolvendo no campo da terapia celular, bem como os procedimentos com células-tronco no combate ao tipo de doenças supracitadas. Umas das doenças que o presente artigo enfoca é o diabetes tipo1, que, como poderá ser constatado adiante, atormente mais de 240 milhões de pessoas em todo o planeta. Os esforços para o efetivo combate a doenças degenerativas estão a todo vapor no Brasil e os resultados já podem ser comprovados com o sucesso das aplicações feitas ao longo das pesquisas por parte dos especialistas brasileiros.

Palavras-chave: Diabetes. Células-Tronco. Pesquisas. Cura.

RESUMEN

Para las personas en todo el mundo décadas están sufriendo de enfermedades autoinmunes, presa recursos para las dependencias de control, pasan días y días luchando contra el mal que los "remedios" abogado que pudiera aniquilarlos, pero ¿por qué no forman parte de organismo en sí. En años recientes los investigadores han estado trabajando para revertir esta situación con el fin de deshacer la inmunidad. Este artículo tiene como objetivo presentar algunos resultados de investigación y expertos en el mundo y especialmente en Brasil han venido desarrollando en el campo de la terapia celular, así como los procedimientos con células madre en la lucha contra las enfermedades mencionadas anteriormente. Una de las enfermedades que este documento se centra en la diabetes tipo 1
que, como se verá más adelante, el tormento más de 240 millones de personas en todo el planeta. Los esfuerzos para la lucha eficaz contra las enfermedades degenerativas están en plena marcha en Brasil y los resultados ya se puede probar por el éxito de las solicitudes presentadas en toda la investigación realizada por expertos brasileños.

Palabra claves: diabetes. las células-madre.investigación. curación.

INTRODUÇÃO
Os avanços tecnológicos permitem a ciência inúmeras possibilidades de pesquisas outrora impossíveis, no que diz respeito à saúde a extração de células-tronco e o aplicação no tratamento de diversas doenças são alguns dos exemplos dessas possibilidades. Podemos afirmar que foi possível encontrar, no próprio corpo humano, a cura para alguns males antigos e recentes que assolam a máquina mais perfeita do mundo.
As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, apresentam grande capacidade proliferativa e têm o potencial de se transformar em diferentes tecidos do corpo humano, construindo órgãos inteiros sob encomenda. Esse procedimento chamado de terapia celular é uma descoberta que revolucionou o tratamento de doenças autoimune nos centros de pesquisas em todo planeta.
Há dois tipos de células-tronco: as células-tronco adultas (CTA) e as células-tronco embrionárias (CTE).
A maior importância da terapia celular através do uso das células-tronco está na sua capacidade de originar diferentes tipos celulares. Assim, as células-troncos de um tipo de tecido podem originar tipos celulares de tecidos diferentes, em uma nova localidade ou novo órgão.
As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo extremamente úteis em terapias de combate a doenças neurodegenerativas, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal neuropatias e diabetes tipo 1, que é o foco neste postulado.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico.
O cordão umbilical é rico em células-tronco. Coletado na hora do parto e armazenado em bancos de sangue, elas sugerem novas possibilidades na terapia celular de doenças do sangue. Em Minas Gerais, a procura pelo serviço cresceu 25% no ano passado em relação a 2008. A média de congelamentos mensais já chega a 40 no Estado, para uma espécie de "poupança biológica", que ficam preservadas para a utilização por toda a vida do indivíduo doador.

As células embrionárias são encontradas no embrião humano e são classificadas com totipotentes ou pluripotentes, devido ao seu poder de diferenciação celular de outros tecidos. Quanto às adultas, estudos recentes mostram que estas células estaminais têm uma limitação na sua capacidade de diferenciação, o que dá uma limitação de obtenção de tecidos a partir delas.

1.1 Os tipos celulares

As células-tronco podem gerar:
Totipotentes, Pluripotentes, Oligopotentes, Multipotentes e Unipotentes.
Totipotentes são as células-tronco que dão origem aos mais de 200 diferentes tipos de células diferentes que formam o organismo humano e mais os anexos embrionários (placenta e cordão umbilical). Esse tipo celular corresponde às células presentes no embrião de até três dias. As células Pluripotentes são aquelas que formam os mais de 200 tipos celulares diferentes que formam as três camadas germinativas (ectoderma, mesoderma e endoderma), mas são incapazes de formar os chamados anexos embrionários supracitados. As células Multipotentes apresentam uma capacidade mais limitada, originando apenas os tipos celulares de seu tecido de origem. E m último caso, Unipotentes são as células que só originam uma determinada linhagem celular.
O alvo das promessas terapêuticas que protagoniza este artigo é um mal em ascensão, temido como merece ser uma das cinco maiores causas de morte no planeta. A federação Internacional de diabéticos estima que, daqui a 20 anos, 380 milhões de pessoas ao redor do globo enfrentarão a doença, que é uma das mais estudadas nos meios científicos. Para conter a ameaça, os profissionais de saúde arriscam a busca de tratamento mais potente. E, para certos casos, esperam que essas terapias sejam mesmo definitivas. São duas as versões da doença e, tudo leva a crer, o caminho da cura se abriu ao tipo 1, que, apesar de menos freqüentes, não pode ser previsto e, geralmente, é mais avassalador.

1.2 O tratamento em pacientes diabéticos

O diabetes tipo 1 ocorre quando as células de defesa do organismo reconhecem o pâncreas como inimigo e passam a atacá-lo. O órgão produz insulina, o hormônio que faz com que o corpo use o açúcar que comemos para gerar energia. Ao ser atacado, o pâncreas passa a produzir o hormônio de forma insuficiente. E nesse caso é preciso tomar injeções de insulina diariamente e controlar a quantidade de açúcar ingerido. A doença costuma aparecer em crianças, adolescentes e adultos jovens.
Na busca de uma solução efetiva para essa doença autoimune, que inevitavelmente exige a reposição de insulina todo santo dia, o Brasil esta à frente. Um time da universidade de são Paulo (USP), em Ribeirão Preto, no interior do estado, liderado pelo hematologista Júlio Voltarelli, conseguiu a proeza de reverte o diabete tipo 1 em seres humanos. É um feito único no mundo e isso lhes valeu o primeiríssimo lugar na categoria Saúde e prevenção do III prêmio saúde!, uma iniciativa da Editora Abril. "O que fazemos é retirar da medula óssea e pode ser retirada de outros tecidos, mas no nosso projeto é da medula óssea. E a gente injeta a célula no paciente sem a quimioterapia, essa que é a grande vantagem", explica Voltarelli (2010).
Os pesquisadores também observaram um aumento na produção de insulina nos pacientes que receberam as células-tronco, afim de percentuar resultado. "Não só o sistema imune deixou de atacar o pâncreas, como algumas células do órgão também aumentaram a produção de insulina. Por isso, pode ter havido uma regeneração", diz Voltarelli (2010).
O uso clínico das células-tronco apresenta-se como uma esperança também para o tratamento e cura de outras doenças, como as doenças cardiovasculares, as neurológicas, a de Parkinson e Alzheimer; bem como na recuperação de pacientes que sofreram lesão na medula espinhal, doenças neuromusculares, esclerose múltipla e inúmeras outras doenças.
O pesquisador Ricardo Ribeiro dos Santos, da Fundação Oswaldo Cruz, da Bahia Fiocruz, em Salvador, aposta nas pesquisas com células-tronco embrionárias, que, como já citado, tem o potencial de se transformar em qualquer tecido do organismo. Ele e todos os outros pesquisadores que lideram os principais estudos clínicos com células-tronco adultas no Brasil defenderam o uso de embriões na audiência pública sobre o assunto realizada no Supremo Tribunal Federal em abril.
Em 2005, a lei de Biossegurança autorizou as pesquisas com embriões excedentes dos tratamentos de fertilização, desde que o casal consentisse na doação.
Mesmo com os resultados alcançados, o grupo do doutor Voltarelli evita o termo "cura", mas é fato que conseguiram descobrir um jeito de parar o ataque em massa ao pâncreas. O endocrinologista Carlos Eduardo Couri (2010), um dos autores, responde como:

"Primeiro, demos um jeito de arrasar o sistema imune dos voluntários, mas sem colocá-los em risco de vida, em seguida usamos células-troncos - no caso, extraídas dos próprios pacientes ? para repovoar as forças de defesa". "É um trabalho inédito mundialmente, realizado com pessoas de 12 a 35 anos com menos de seis semanas de diagnóstico da doença".

Há de se convir que o tratamento deva ser aplicado enquanto a doença ainda é recente, assim os resultados serão os melhores possíveis.
O trabalho de Ribeirão Preto vem sendo bem acolhido pela comunidade médica, mas os próprios pesquisadores reconhecem os desafios que precisam ser vencidos para a técnica ultrapassar o caráter experimental. "O tratamento ainda é caro, requer uma equipe muito bem treinada. Por isso, ainda não pode ser feito em qualquer lugar" afirma Couri (2010). Além disso, esse procedimento tem seus riscos. Quando o paciente é submetido ao procedimento, pode haver complicações, é claro que estes estão a par de todo o processo. Couri (2010) explica ainda que:
"No período de imunidade baixa, logo que destruímos o sistema de defesa original, o paciente pode adquirir infecções graves. "Por sorte, até o momento só dois indivíduos pegaram infecções assim e nenhum deles morreu".

Ou seja, aos poucos a terapia está provando sua segurança.
O mais provável, porém, é que a cura do Diabetes esteja de fato nas células-tronco ? especificamente nas mesenquimais, retiradas da medula óssea, (existentes também em vários tecidos como na gordura e na parede dos vasos) capazes de desempenhar diversas funções no organismo. Cientistas de todo o planeta ? e o grupo de Ribeirão Preto ? já começaram a testá-la com o objetivo de aplacara a doença. A idéia agora é induzir esse tipo de células-tronco a cumprir outra missão no pâncreas. "Ela regeneraria as células betas pancreáticas e, de quebra recriaria o sistema imune" anuncia Couri (2010). Em outras palavras: um pâncreas revigorado, funcionando a todo vapor, livre de agressões e ainda com insulina para a vida inteira. "É isso que estamos fazendo: tentando entender esse mecanismo de como as células mesenquimais estimulam outras células para se diferenciar e ter a capacidade de regenerar o tecido", aponta a bióloga Maristela Orellana, da USP.
Os resultados das experiências realizadas em Ribeirão Preto são extremamente animadores, um alívio para quem sofre com esse mal. "Dos 23 indivíduos que se submeteram à terapia, 14 estão livres de insulina há mais de quatro anos", revela Couri (2010). Imagine a felicidade de um diabético ao saber que não precisa mais ser picado todos os dias. O cientista faz lembrar que "esses indivíduos trados estão sob controle, mas, ainda assim, devem manter uma alimentação completamente equilibrada e praticar atividade física". A publicação das pesquisas trouxe esperança aos mais de 250 milhões de pessoas diabéticas no mundo.

2 A ÉTICA EM QUESTÃO

A pesquisa com células-tronco, sobretudo as embrionárias, está cercada de questionamentos éticos. Os religiosos alegam que a vida começa no momento da fecundação, enquanto a maioria dos cientistas acredita que o início da vida está relacionado à formação do sistema nervoso, cujos primeiros indícios aparecem catorze dias após a fecundação. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo vetou o repasse de verbas federais para pesquisas desse tipo.
A legislação restritiva dos EUA tem seu contraponto nas leis da Inglaterra e da Coréia do Sul ? dois dos países mais liberais nesse campo. A legislação brasileira é considerada ponderada para o atual momento das pesquisas com células-tronco. No país, são permitidas pesquisas de base com células de embriões, mas as vindas de clínicas de fertilização, depois de três anos de armazenamento e com a autorização dos pais. Também é permitido o emprego de linhagens importadas.

No mês passado, cientistas coreanos sob a batuta do geneticista Woo-Suk Hwang, professor da Universidade Nacional de Seul, na Coréia do Sul, inauguraram um consórcio internacional de células-tronco, o World Stem Cell Hub. Essas iniciativas dão impulso à ciência ? cujo significado para os que aguardam e passam por esses tratamento é traduzido na palavra esperança. A revista Veja publicou o resultado do tratamento que a dona-de-casa paulista Martinha Cunha, de 48 anos, vítima de esclerose múltipla. Segundo a matéria "ela voltou a mexer o braço depois de um tratamento experimental, expressa bem a maneira como as células-tronco entram na vida de pessoas comuns. "Tive a sorte de desfrutar uma grande evolução da medicina", diz. "Minha esperança foi correspondida"".
No entanto, para resolver a questão das células embrionárias, cientistas continuam empenhados na busca de métodos alternativos para a obtenção de "matéria-prima". Um deles é a utilização de células retiradas da polpa de dentes de leite. "Esse tipo de célula-tronco adulta tem características semelhantes às das células embrionárias, como a facilidade de multiplicação e diferenciação, com a vantagem de ser de utilização mais segura", diz o pesquisador Santo, da Fiocruz da Bahia.
A extração de células-troncos de outros locais que não venham causar problemas como a morte de embriões, por exemplo, será um grande passo no sucesso dos procedimentos médicos, dissipando de vez o conflito ético que esse assunto vem sucitando.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho mostra o progresso da medicina no combate às doenças por muitos chamadas "incuráveis" e por conta disso dependente de controle. Os avanços aqui mencionados mostram que nos próximos anos já se poderá considerar uma cura pronta extraída do próprio doente. Este é o objetivo de todo esse empenho que médicos e especialistas no assunto estão buscando. Essa questão não está encerrada. A revolução no âmbito medicinal está acontecendo em pleno curso e os resultados concretos e definitivos não demorarão a vir.

REFERÊNCIAS

PRANKE, Patrícia. Biopop. A biotecnologia nº1, p 20-21, out. 2005


SPONCHIATO, Diogo. A um passo da cura?. Disponível em < www.g1.globo. Com /Notícias/Brasil. Acesso em 27 abr.2010.


SEGATO, Cristiane e BUSCATO, Marcela. Época. Células-tronco. São Paulo P 94-104, 25 de jun. 2007
. www.brasilescola.com.biologia/celula-mae2.htm. Acesso em 26 abr. 2010.







Autor: Crisostom Do Nascimento Oliveira


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