Homeopatia



Homeopatia
Matheus Vidotti Monteiro
Baseado no texto de Ana Luiza Barbosa de Oliveira retirado do site www.projetoockhan.com.br denominado "Homeopatia".
A homeopatia é um dos ramos da medicina alternativa que mais se popularizam hoje em dia. Um dos fatores que contribuem para o seu crescimento, é o fato dos remédios homeopáticos não apresentarem efeitos colaterais. No entanto, essa pseudo-ciência se basea em alguns conceitos antagônicos à ciência real o que nos leva a acreditar que esses efeitos colaterais não ocorrem, por esses remédios, simplesmente, não possuirem efeito algum.
Um dos pilares da homeopatia é a chamada Lei das Similitudes. Essa lei diz: "Semelhante cura semelhante". Isso significa que, segundo essa idéia, deve-se usar produtos que causam sintomas semelhantes à doença que se deseja tratar a uma pessoa saudável, para combate-la. A homeopatia também acredita que doenças crônicas, são causadas por espíritos malígnos e para trata-las quanto mais diluida uma determinada substância maior será seu efeito curativo. Isso faz com que as diluições empregadas sejam tais que em um frasco desse tipo de remédio não tenha nenhuma molécula de princípio ativo. Isso nos leva a outro preceito básico da homeopatia: a Lei dos infinitesimais. Essa "lei", tenta justificar o fato da ausência de pricípio ativo, dizendo haver uma espécie de indução, onde as moléculas do soluto fazem com que as moléculas do solvente adquiram as propriedades benéficas do mesmo.
No ponto de vista bioquímico, essa argumentação é falaciosa. Não há nenhuma comprovação de que realmente existe esse efeito indutivo. Mesmo se esse efeito fosse comprovado, algumas perguntas continuariam norteando a nossa mente. Entre elas: Porque apenas os efeitos benéficos e não os colaterais são conservados pelo solvente ? Porque as impurezas que entram em contato com solvente não transmitem seus efeitos para o mesmo ?
A homeopatia, no entanto, poderia funcionar mesmo não tendo comprovação da ciência. Por isso existem estudos que visam corroborar ou refutar sua eficácia. Não obstante a validade desses estudos é facilmente contestada por serem, muitas vezes, afetados pela crença pessoal dos pesquisadores ou, simplesmente, por terem baixa qualidade metodológica. No mais, a maioria dos estudos de qualidade metodológica realmente confirmada, refutam a homeopatia ou são, sumariamente, inconclusivos.
O questionamento da qualidade metodologica da maioria dos estudos que corroboram a homeopatia pode parecer preconceito, mas considerando que sua prática ocorre a mais de cem anos, era de se esperar mais resultados atestando sua eficácia com
estudos feitos com metodologia realmente sólida e não por pessoas que visam, desesperadamente fundamentar sua fé na mesma.
Mesmo não contando com respaldo científico, muitas pessoas podem atestar a eficácia dessa especialidade da medicina alternativo pelo efeito benéfico que conseguiram em experiencia própria. Todavia, esses efeitos benéficos são facilmente explicados pela regressão natural da enfermidade ou pelo chamado efeito placebo que ocorre quando a fé da pessoa, em determinado tratamento, impele o psicológico da mesma a limitar a doença.
Apesar da aparente eficácia da homeopatia ser explicado facilmente pelo efeito placebo, alguns poderiam arguir a favor dizendo que o uso dela, de qualquer forma, culminaria na melhora do doente. Isso, porém, pode ser perigoso em face a doenças severas cuja limitação não depende unicamente do psicológico do enfermo, iludindo pessoas que só teriam real chance de melhora utilizando-se da medicina tradicional ou, como alguns gostam de chamar, da alopatia.
Finalizando, a homeopatia apesar de obter resultados positivos em algumas situações, carece de qualquer embasamento científico real, fazendo que seu uso, como tratamento médico não mereça melhor aceitação do que placebos. Além de seus supostos efeitos benéficos poderem ser facilmente atribuidos a outras fenômenos que não a ela, as poucas pesquisas que corroboram seu efeito curativo, carecem de boa metodologia e\ou são bastante afetadas pelas crenças pessoais dos pesquisadores. Logo não se deve trocar a alopatia pela homeopatia.
Autor: Matheus Vidotti Monteiro


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