Peças De Teatro - 02



O LEÃO E O MOSQUIUTO

 

LEÃO:

Que sombra maravilhosa. Não precisa de vida melhor, barriga cheia e sombra freesca.

 

MOSQUITO:

Olá senhor leão como vai com essa força/

 

LEÃO:

Eu vou bem as minhas custas, ainda bem que não preciso preocupar com um inseto idiota e desprezível como você que nem tem carne para matar minha fome.

 

MOSQUITO:

Há! Senhor leão que se diz rei dos animais, aposto que não pode comigo.

 

LEÃO:

Não me faça rir idiota, se eu der um espirro você não sebe nem onde vai parar.

 

MOSQUITO:

Esta bem falso rei, você declarou guerra.

                     

LEÃO:

Ra...ra..ra...ra...ra...

 

MOSQUITO:

Pegue esta leão. Tuimmmmmmmmm.

 

LEÃO:

 Uauuuuuu..

 

MOSQUITO:

Doeu em, foi bem no focinho.

 

MOSQUITO:

Tuimmmmmmm.

 

LEÃO:

Ruaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.

 

MOSQUITO:

Gostou leão, está perdendo feio. Onde está sua pose de rei agora?

 

LEÃO:

Há..há.há. há.há. há.há. há.há. há.há. há.há. há.há.

 

MOSQUIRO:

Vejo que está cansado, está quase colocando o coração pela boca.

 

LEÃO:

Só um pouquinho, dê-me um pouco de tempo e depois começamos a briga.

  MOSQUITO:

Como quiser grande senhor o boi é um animal muito mais forte que você e eu o derrotei, faço dele o que quero.

 

LEÃO:

Está bem mosquito você venceu, me deixe em paz.

 

MOSQUITO:

Olhe aqui leão a partir de hoje declaro guerra a você.

 

LEÃO:

Pare. Pare por favor eu já não agüento mais, por favor pare você me derrotou.

 

MOSQUITO:

Eu lhe venci leão. Quem é mais forte do que eu?

 

MOSQUITO:

Zummmmmmmmmmm. Adeus leão. Zommmmmmmmmmmmm.

 

LEÃO:

O que foi valente mosquito? Venceu o rei dos animais e foi pego por uma aranha?

 

ARANHA:

Que delicia de jantar, há mosquito deveria ter cuidado por onde passa.

 

LEÃO:

É valente mosquito deveria ter cuidado com as pequenas coisas ensiguinificante aos nossos olhos são elas que nos derrotam.

 

O LOBO DISFARÇADO

 

LOBO:

Há como estou cansado. Que fome. Se conseguisse uma ovelha para comer.

 

 OVELHAS:

Bééééé...bééééé...béééééééééé. o lobo vem vindo, vamos para perto do pastor.

 

LOBO:

O que faço meu Deus? Assim vou morrer de fome> tenho que inventar alguma coisa para pegar uma ovelha.

 

OVELHAS:

Béééééé.. bééééééé...béééééé. estou sentido cheiro do lobo vamos para perto do cachorro e do pastor.

 

LOBO:

Já sei! Vou disfarças de pastor e agarro-as.

 

OVELHAS:

Bééééé. Béééé...bééééééééé...

LOBO:

Agora elas não vão me reconhecer estou igual o pastor, vou mostrar estas ovelhinhas idiotas.

 

OVELHAS:

Bééééé...parece que o lobo desistiu e foi embora.

 

LOBO:

Este casaco está idêntico com este chapéu, ficou igualzinho o pastor. Só falta guiar as idiotas até a minha toca.

 

PASTOR:

Há está tudo calmo, vou tirar um cochilo.

 

LOBO:

Há um chicote, isto vai servir, ta..tá..tá..

 

OVELHAS:

Béééééé...béééé...bééééé.  olobo, fujam.

 

LOBO:

Mecham-se preguiçosas.

 

PASTOR:

O lobo!!! Pega Leão pega.

 

LEÃO:

Au..au...au...au..au...

 

LOBO:

Deixa eu fugir, desta vez não consegui...

 

PASTOR:

Páááááááá. Suma maldito lobo se não eu lhe mato.

 

O MERCADOR ESPERTO E O VIZINHO AMBICIOSO.

 

MERCADOR:

Olá vizinho; gostaria de lhe pedir um grande favor.

 

VIZINHO:

O que eu posso fazer pelo senhor sendo eu tão humilde e o senhor tão poderoso.

 

MERCADOR:

Poderia guardar este saco de ouro para mim?

 

VIZINHO:

Mas é claro meu senhor com muito prazer, fique sossegado que vou cuidar muito bem do seu ouro.

 

MERCADOR:

Que viagem cansativa! Agora tenho que voltar. A sim estava esquecendo, vou buscar meu ouro.

 

VIZINHO:

Vou vender este ouro e comprar bastantes coisas.

 

MERCADOR:

Olá vizinho cheguei e vim buscar meu ouro.

 

VIZINHO:

Hiiiiiii, é agora como vou fazer?

 

MERCADOR:

Está falando sozinho vizinho.

 

VIZINHO:

Não meu senhor é que as vezes penso alto.

 

MERCADOR:

Está bem vizinho vim buscar meu ouro.

 

VIZINHO:

A sim seu ouro... Ai de mim.. Acabou. Escondi-o no celeiro com todo cuidado e um rato o devorou.

 

MERCADOR:

Impossível! Desde quando ratos comem ouro, em vez de queijos e cereais?

 

VIZINHO:

Esse rato deveria de ser de uma raça especial senhor.

 

MERCADOR:

Está bem já que é assim o que eu posso fazer.

 

MERCADOR:

Guardas vão a casa daquele vizinho que eu dei meu ouro para guardar e traga o filho dele para mim e prendam no porão, mas não deixe que seu pai veja.

 

VIZINHO:

Senhor!! Senhor!! Meu filho desapareceu misteriosamente. Ele é meu único filho.

 

MERCADOR:

Eu sei quem o raptou. Ontem a noite eu vi uma coruja agarra-lo e leva-lo voando.

 

VIZINHO:                                                     

Uma coruja? Impossível! Como poderia levantar um garoto? Não tem força suficiente.

 

MERCADOR:

Meu amigo, num pais onde os ratos roem ouro, porque duvidar?

VIZINHO:

Está bem meu senhor, entendi, espere um poço que já volto>

 

MERCADOR;

Acho que o vizinho entendeu mesmo.

 

VIZINHO:

Vamos escavar mulher e encontrar o ouro do mercador e trocar pelo nosso filho.

 

MULHER:

Homem desnaturado e trapaceio você foi capaz de fazer isto escondendo o ouro do mercador.

 

VIZINHO:

Pronto senhor está aqui seu ouro, agora devolva meu filho.

 

MERCADOR:

Está bem vizinho ambicioso e trapaceiro que isto sirva de lição não faça aos outros nada que não gostaria que fizessem com você.

 

 

O MOENDEIRO, O MENINO E O BURRO.

 

MOENDEIRO:

Já estou ficando velho e cansado, acho que vou aposentar.

 

MENINO:

 Pai e o burro, o que vamos fazer com ele?

 

 MOENDEIRO:

É filho, agora não vamos mais precisar dele para tocar o moinho, o que fazer?

 

MENINO:

É pai já está ficando tarde, vamos dormir amanhã veremos o que fazer com o burro.

 

MOENDEIRO:

Meu filho já é dia, vamos acordando, temos que partir.

 

MENINO:

Papai? O que vamos fazer com o burro?

 

MONEDEIRO:

É filho é uma pena ter que dispensar quem nos serviu tanto tempo.

 

MENINO:

É mesmo pai é lamentável.

 

MOENDEIRO:

Tive uma idéia, vamos levá-lo até a cidade e vende-lo, precisamos de dinheiro.

 

MENINO:

Pai! A cidade é longe e ele não vai agüentar ir andando, é perigoso ele morrer de cansaço.

 

MOENDEIRO:

Tive uma idéia filho.

 

MENINO:

Que idéia pais?

 

MOENDEIRO:

Vamos fazer uma cadeira e colocar o burro encima e nós dois carregamos ele.

 

PESSOAS;

Que absurdo! Eles é que carregam o burro e não o contrário.

 

MOENDEIRO:

Está bom filho para que ninguém fale você monta no burro e eu puxo ele.

 

PESSOAS:

Que vergonha o garoto vai montado numa boa e o velhinho de pé na frente puxando.

 

MOENDEIRO:

Filho desce do burro, agora quero calar a boca desse povo, quem vai montado sou eu.

 

 MULHERES:

Vejam! Que velho sem coração, o pobre do menino caminhando e ele bem numa boa montado.

 

MOENDEIRO:

Monte aqui meu filho, vamos calar esse povo.

 

PESSOAS:

Que covardia! Vão matar o coitado do burro.

 

MOENDEIRO:

Vamos descer meu filho, quem sabe assim esse pessoal nos deixe em paz.

 

PESSOAS:

Olhem só dois idiotas, será que alguma moda caipira de levar o burro para passear?

 

MOENDEIRO:

Burro sou eu que ouvi tantos conselhos e passei como egoísta explorador de burro. Agora vou fazer do meu jeito vou vender este burro por um bom preço.

 

 

 

AS ORELHAS DA LEBRE:

 

LEÃO:

Oi unicórnio, agora vou lhe comer.

 

UNICORNIO:

Há leão experimente, vou lhe vazar com meu chifre.

 

LEÃO:

Pronto Unicórnio lá vou eu, ruaaaaaa.

 

UNICORNIO:

A leão não lhe disse, você não é tão feroz assim, e muito valente na emboscada, agora está arrasado e ferido.

 

LEÃO:

A partir de hoje todos os animais que tiver chifres terá que abandonar esta floresta.

 

MENSAGEIROS DO LEÃO:

O rei leão decreta a partir desta data todos os animas que tiver chifres terá de abandonar a floresta, se alguém que portar chifres for encontrado será punido com a morte.

 

BICHARADA:

Onde se viu isso, quem ele pensa que é expulsar os outros animais.

 

CORUJA:

Olhe bem pessoal, sou sabia e experiente, não provoque o leão, é melhor irem embora, a floresta é grande, dá para todos viverem.

 

 

TOUROS:

As vacas e os bezerros, todos os animais que tenham chifres me acompanhem, vamos procurar um lugar para nós.

 

 

.LEÃO:

Que maravilha, meus inimigos se foram.

 

LEBRE:

Meu Deus! Minhas orelhas! Se os guardas do leão me vir vão pensar que são chifres.

 

GRILO:

Olá amiga lebre o que foi? Parece estar tão apavorada?

 

LEBRE:

Vou embora amigo, adeus.

 

GRILO:

O que isso amiga, que desespero é este?

 

LEBRE:

“Há amigo” é porque minhas orelhas parecem chifres, todos que me virem vão me perseguir.

GRILO:

Ficou louca comadre? Qualquer um pode ver que essa é a forma das orelhas que Deus lhe deu.

 

LEBRE:

Sei disso, e você também. Mas e os outros?

 

GRILO:

Que bobagem comadre:

 

LEBRE:

Não há nada que eu possa fazer, adeus amigo grilo.

 

GRILO:

Você é quem sabe comadre, mas acho que deve lutar pelos seus direitos, mesmo que tenham de enfrentar os poderosos.

 

 

A PELE DO URSO:

 

DOIS AMIGOS: José e Manoel.

 

JOSÉ:

Manoel! Temos de parar para descansar e comer alguma coisa estou cansado e com fome.

 

 

 

MANOEL:

Está bem José, lá adiante tem uma luz, vamos até lá e ver se achamos algo para comer e um lugar para dormir.

 

DONO DA ESTALAGEM:

Olhem meus amigos, temos comida e quartos para alugar, mas já vou logo avisando, aqui tem um urso muito feroz.

 

HÓSPEDES:

Não é só isso: o pelo do animal daria para fazer dois casacos de pele.

 

JOSÉ E MANOEL:

Uma pele preciosa então!

 

HOSPEDEIRO:

Tão preciosa que eu pagaria até dez barras de ouro por ela.

 

JOSÉ E MANOEL:

Negocio fechado, então amanhã traremos a pele do bicho.

 

 

MANOEL:

José, acorde, é hora de casar o tal urso, levante e vamos.

 

JOSÉ:

Manoel, o que vamos fazer com o ouro quando nós ganharmos?

 

URSO:

Uau . uau. Uau.

 

MANOEL:

José que bicho enorme! Ele vai nos comer, o que faremos?

 

JOSÉ:

Suba na árvore Manoel, depressa.

 

MANOEL:

Não consigo subir, vou fingir de morto quem sabe ele não me coma.

 

URSO:

Um! Está morto, não serve, vou embora.

 

MANOEL:

Dessa nos livramos por milagre!

 

JOSÉ:

Manoel, enquanto o urso cheirava você, eu tive a impressão que ele falava algo em seu ouvido?

 

MANOEL:

Não se enganou, não. O urso me dizia que não se deve vender nunca uma pele antes de tê-la nas mãos.

 

URSO:

Nunca prometam nada que não possam cumprir.


Autor: João do Rozario Lima


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