O País Está Doente



Segundo a Organização Mundial de Saúde, a dengue é considerado o pior problema de saúde pública do planeta. Isso porque ela se prolifera em países com aglomerados urbanos com poucas condições sanitárias, tais como: Etiópia, Zâmbia, Brasil, etc.

Essas doenças infecciosas, como dengue, febre amarela, malária e tuberculose, coisas do século passado, retomam fôlego em nosso país, pelos mesmos motivos que outras doenças como a corrupção, a violência e a pobreza são mantidas com doses cavalares de antibióticos de descaso.

Muitas medidas poderiam ter sido tomadas para evitar o alastramento aterrorizante da dengue, assim como muitas medidas poderiam ser tomadas para evitar o alastramento aterrorizante da corrupção.

Lugares quentes e úmidos, em todos os sentidos,fazem a alegria de todos, são onde mais nascem crianças, são os mais cobiçados, gerando inclusive separações e, também são lugares propícios para a proliferação de doenças infecciosas.

Existem várias formas de tentar acabar com a pobreza de um país, seja promovendo a educação de uma forma geral e em todos os níveis, com políticas de economia e geração de emprego e renda (isso o governo faz nomeando cargos) e com controle sobre a saúde pública, com investimento em infra-estrutura e erradicação de doenças infecciosas, entre outras.

Isso é muito trabalhoso e mais complicado. O caminho mais curto e rápido é dizimar a população pobre com surtos de doenças que poderiam ser facilmente evitadas.

O mosquito transmissor da dengue consegue voar, no máximo, a um metro de altura, fazendo das crianças as maiores vítimas.

Nada mais elitista do que esse mosquito: só ataca quem está do lado de baixo da pirâmide, quem está próximo da sarjeta e do esgoto a céu aberto, rastejando para tentar sobreviver ou as mais frágeis criaturas, que são as crianças.

Aqueles que estão a mais de um metro de altura, nas rampas dos palácios, andando sob tapetes grossos confeccionados com peles de trabalhadores, voando acima das nuvens com seus jatos e helicópteros, não correm o risco de serem atacados pelo mosquito. Nem o mosquito parece querer atacá-los, dando a impressão de um pacto entre eles para dizimar a população, um por baixo e outro por cima.

Sérgio Lisboa.


Autor: Sérgio Lisboa


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