Cenário Econômico e Microeconomia em Guarapuava
O Presente estudo tem por objetivo tecer considerações mesmo que breves sobre Cenários Econômicos, envolvendo o estudo sobre a situação da economia da região de Guarapuava, onde políticas, agentes, perfil e situações econômicas formam seu cenário atual. Com a captação e dados em fontes confiáveis, é possível realizar um estudo técnico informativo do perfil econômico de qualquer região, portanto em questão a de Guarapuava, facilitando assim a ciência da necessidade de inovação para que o desenvolvimento econômico se torne viável.
A Sustentabilidade sendo a meta mundial se faz social, ecológica e economicamente, sendo assim, de grande necessidade o estudo da econômica de cada região, para que possa encontrar os erros cometidos nos três setores da sustentabilidade, e retifica-los de modo que os números se alterem positivamente.
2 CONCEITOS DE ECONOMIA
Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição, e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego para oikos (casa) e nomos (costume ou lei), daí "regras da casa (lar)". (Autor Anônimo).
A economia estuda o comportamento humano utilizando-se dos recursos disponíveis para satisfazer suas necessidades, sendo esta uma ciência social, que provem de informações para a melhora da vida das pessoas em uma sociedade, ao mesmo tempo participativa na solução dos problemas relacionados a agentes econômicos, e popoe a solução destes problemas da melhor forma possível.
Smith (1776) se referia à disciplina como economia política, mas esse termo foi gradualmente substituído por ciência econômica (economics) depois de 1870. Sua principal teoria baseava-se na ideia de que deveria haver total liberdade econômica para que a iniciativa privada pudesse se desenvolver, sem a intervenção do Estado.
John Stuart Mill definiu a economia como "a ciência prática de produção e distribuição de riqueza"; esta foi a definição adotada pelo Concise Oxford English Dictionary apesar de não incluir o papel vital do consumo. Para Mill, a riqueza é definida como o estoque de coisas úteis.
Segundo Paul A. Samuelson e William D. Nordhaus (2004), "economia pode ser definida como a ciência que estuda a forma como as sociedades utilizam os recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários indivíduos". Neste conceito é possível perceber a atuação da ciência econômica em prol do desenvolvimento sustentável, seria esta uma ciência visionaria que abrange as estruturas sócio-econômicas, sócio-ambiental e até mesmo moral, na qual envolve o respeito de um empresário/investidor para com seus empregados, concorrentes ou espaço.
A Economia estuda sempre os principais problemas como: o que produzir, quando produzir, em que quantidade produzir, e para quem produzir; por estes, serem fatores de necessária importância para evitar o desperdício visando a renda.
3 SITUAÇÃO ECONOMICA NA REGIAO DE GUARAPUAVA
Forrester (1997) relata a existência de uma sociedade de marginalizados, nocivos, supérfluos e inúteis que não terão razão de viver e, ainda mais, poderão ser considerados como descartados em uma sociedade que terá que sustentá-los ou conviver com sua marginalidade e criminalidade. (STEFANO, S.R. 2007)
Certa critica á sociedade, produz constrangimento a qualquer membro de quaisquer comunidades, porem, fato este que se dá pela ausência da instrução qualificada profissional ao cidadão.
A situação estagnada que se encontra a economia da cidade de Guarapuava é perturbadora. A Cidade está nesta época comemorando seus duzentos anos, de lento desenvolvimento em frente á cidades com um quarto de sua idade, e que possuem o triplo da escala de crescimento econômico.
A falta de qualificação profissional na região é responsável pelo baixo interesse dos investidores, estes, que elevariam a economia e o numero empregatício da região. Além da necessidade de investimento em qualificação profissional, seria necessária uma reforma política na região, com a baixa do "coronelismo" político que impede a concorrência comercial, como exemplo a lei que esteve ativa por um período, a do supermercado, que restringia a construção de mercados com tamanho superior a 2.500 (dois mil e quinhentos) metros no centro da cidade imposta pelo atual prefeito, setor este que tem um dos maiores índices empregatícios do pais, onde ao menos garantiria elevação de numero de emprego formal de baixa e alta qualificação.
3.1 MERCADO DE TRABALHO
Em Guarapuava, um estudo realizado por Silvio Roberto Stefano, Docente do curso de Administração/UNICENTRO, com Doutorado em administração pela FEA/USP; Arnaldo Mazzei Nogueira, Docente da PUC-SP e da USP, Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas; e Pierre Costa, Docente do Curso de Geografia/Unicentro, Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro; indica os sentidos do trabalho, reestruturação produtiva, desemprego e fundamentos da empregabilidade. Fora realizada nesta região, uma pesquisa no ano de 2007 com 147 (cento e quarenta e sete) candidatos a emprego com um instrumento de auto-relato. O estudo relatou que a maioria dos pesquisados não se enquadram na estrutura da empregabilidade, como as reservas financeiras, rede de relacionamentos e qualificação profissional.
Situação esta, que se torna altamente relevante, pois em geral mudanças são constantes, os desafios surgem e alteram as expectativas de vida, assim sendo, oportunidades de emprego se tornam escassas á quem não possui instrução e qualificação profissional.
3.2 PERFIL ECONOMICO
A cidade de Guarapuava acompanha o padrão brasileiro de má distribuição de renda, tendo em vista que existe nela grande proporção de lucro ás grandes empresas, e pouco movimento e oportunidade á médias e pequenas sob diversos setores.
Segue um quadro informativo do PIB, PIB per Capita, e crescimento da cidade nos últimos nove anos pesquisados, pelo IBGE:
ANO: Pib (em Mil R$): Pib per Capita: Crescimento:
1999 R$ 891.232 R$ 5.472 #
2000 R$ 980.090 R$ 6.267 +9,9%
2001 R$ 1.141.708 R$ 7.205 +16,4%
2002 R$ 1.194.593 R$ 7.441 +4,63%
2003 R$ 1.426.333 R$ 8.754 +19,4%
2004 R$ 1.749.103 R$ 11.436 +22,6%
2005 R$ 1.914.316 R$ 11.470 +9,44%
2006 R$ 1.907.527 R$ 11.287 -0,4%
2007 R$ 2.637.217 R$ 16.025 +38,25%
Crescimento 99/07 +R$ 1.745.985 +R$ 10.553 +195%
Sua população censitária estimado pelo IBGE no ano de 2000 foi de 155.161; com a população estimada em 2009 de 172.728 cidadãos, sendo eles, assustadores 24,85% abaixo da linha de pobreza. Este um quarto da população é que necessita da instrução profissional qualificada, ao aplicar educação média, e oportunidade de ensino superior nesta porcentagem, a situação se reverterá drasticamente.
Um estudo para a abertura de uma campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná na cidade está em desenvolvimento, iniciativa de uma política inovadora e interessada no desenvolvimento da região, se tomada como exemplo de crescimento, não haverão barreiras que impeçam a elevação da mão-de-obra qualificada, que atrairão inúmeros investidores.
3.3 AGENTES ECONOMICOS
O Cenário Econômico no Brasil gira industrial, agroindustrial, e comercial, com ênfase no uso de mão de obras. A Região de Guarapuava Em 2005, segundo o IBGE, registrou o 20º maior PIB Agropecuário (excluindo as Agroindústrias), o maior do sul do Brasil. Naquele ano a agricultura movimentou R$ 235.435.000; A agroindústria é outro setor importante na economia municipal. A cidade conta com a maior maltaria da América Latina, que pruduz 20% do malte brasileiro, a Agromalte pertencente a Agrária, e também com a Brasil Foods, Agrícola Cantelli, Coamo, Codapar, Cooperativa Vale, entre outras. A indústria representa 35% do PIB. O setor de madeira, papel e derivados é a atividade industrial que mais emprega. As empresas dos ramos de bebidas, insumos químicos, produtos alimentícios e a agroindústria também possuem forte participação. A cidade é conhecida junto com sua região pela produção de erva-mate, produto-base do chimarrão. Entre as indústrias manufatureiras e de transformação se destaca a Santa Maria, Iberkraft, Pinhopast, Prideli, Ripinho, Polijuta, Chocalates Pietrobon, Refrigerantes Neon, Agrogen, Dalba, Erva Mate 81, Guara e muitas outras.
Em 2009 a Santa Maria e a Agrária foram classificadas entre as maiores empresas do Brasil, segundo o Anuário da Revista Exame, Maiores e Melhores.
Empresa: Vendas: Total do Ativo: Funcionários:
Cooperativa Agrária Agoindustrial US$ 671.800.00 (270º) UR$ 567.134.000 (250º) 968 Funcionarios (578º)
Santa Maria Papel e Celulose US$ 126.100.000 (1.044º) US$ 197.193.000 (512º) 805 Funcionarios (522º)
Com toda esta força econômica, o potencial da região é forte e continuo, de acordo com esses dados pode-se extrair um conceito positivo para a econômica, mas na pratica não é bem isso que acontece devido a centralização das rendas. Por conta da mão de obra estagnada, os ricos se tornam cada vez mais ricos, e os trabalhadores permanecem em seus lugares sem grandes expectativas.
3.4 POLITICAS ECONOMICAS
O envolvimento político econômico fornece recursos á população, e pessoas interessadas, onde o acesso a qualificação da mão de obra é gratuita (em minúscula quantidade) e á saúde que é um direito da população. Perante a economia, a política guarapuavana deixa de interferir diretamente ás empresas e interessados, no mesmo tempo em que também não apóia, deixando escassas as oportunidades de incubação empresarial perante o estado, ao qual é de direito declarado na Carta Magna. A boa administração da verba publica induz grande desenvolvimento em uma região tão fértil como a de Guarapuava, infelizmente a situação geral desta se encontra estagnada devido ao mal uso do dinheiro publico, em paralelo á má vontade de emergir.
4 CONCLUSÃO
Com o estudo da teoria e considerações sobre Cenários Econômicos, é possível compreender com clareza o ambiente em que se vive, com fatores responsáveis pela situação de certas comunidades. Perante a compreensão do funcionamento econômico, estudos geram informação, e essas conduzem ao acerto de contas de que certas regiões necessitam, para acompanhar o mundo capitalista.
O individuo em si tendo noção dos mecanismos da economia pela informação, terá vantagem intelectual que permitirá sua inclusão á qualificação de mão de obra, e até mesmo a oportunidade de desenvolver seu próprio negocio, gerando assim concorrência econômica evolutiva num conceito produção, industria e comercial.
Autor: Fernando Morozini
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