Resenha Sobre "A Internacionalização do Mundo"



Impressionante como a hipocrisia se passa despercebida quando interesses econômicos estão em jogo. As grandes potências mundiais reclamam de absurdos cometidos contra a natureza, criticam guerras que não se envolvem, apenas para manter uma imagem politicamente correta. O famoso artigo de Cristovam Buarque, que provavelmente muitos já receberam por email, chamado "A internacionalização do Mundo", é uma forma perfeita de questionar e responder de uma forma à altura aos despercebidos problemas esquecidos, tão importantes e sequiosos de mudanças quanto os problemas criticados pelas grandes potencias.
A forma como é abordada a pergunta do jovem no debate nos EUA ao Cristovam, sobre a internacionalização da Amazônia, e a forma como ele usou o jogo de palavras para condicionar a resposta, perguntando o que ele achava da internacionalização pensando como um humanista, dá uma idéia de preocupação egoísta, confirmada com a resposta de Cristovam.
Oras, se num país como EUA, se preocupa tanto com o futuro da Amazônia, por que não se preocupar com o genocídio alimentado pelo próprio país no oriente médio? O que transparece no pensamento comum, é que todos são preocupados com o bem mundial, desde que esse bem comum seja realmente em comum, atendendo apenas aos interesses individuais.
Seria interessante a proposta dada por Cristovam, aceitando a internacionalização de todas as coisas, não somente aquelas que trazem benefícios exclusivos, mas para todos e sem a necessidade de que isso venha ser retribuído de imediato. O grande problema é que muitos pensam que não vale à pena se importar por algo que aparentemente não terá importância, mas a realidade é que toda ação provem de uma reação.
As condições impostas na resposta de Cristovam Buarque sobre a internacionalização da Amazônia nos fazem pensar não só como as grandes potências mundiais se comportam, mas também toda a população mundial, não basta reclamar que o mundo está com problemas, se nada faz por ele, se não preza pela educação, saúde e também a preservação da natureza, quando paramos para discutir esses assuntos, somos tão hipócritas quanto os que no poder parecem se preocupar inteiramente pelo mundo.

Autor: Matheus Oliveira


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