Estranhas Palavras
Penso que sou Poeta,
Outras tantas, Filósofo.
Aí, a mente me vem
Tremenda confusão.
Misturo poesia com filosofia;
Filosofia com poesia.
Esqueço o corrupto coração,
Tomo posse da razão
E, logo, me transformo
Em filoeta.
Mas, quando o poeta, que se esconde,
Por trás da rima e do verso da filosofia,
mostra o reverso,
Deixo de lado a razão,
Resgato o coração,
Transformo-me em poesofo.
Passo a me valer, então,
De estranhas palavras, permissíveis
Somente para aquele que tem,
O coração na poesia
E a mente na filosofia.
Poesofo ...
Ou, até quem sabe,
Filoeto ...
Nada sei,
Pois, quando penso que sei,
Aí é que não sei, realmente,
Uma vez que o poeta mente,
Aquilo que alma sente.
Sigo, então, meu caminho,
Entre o cismar,
Da filosofia,
E o doce poemar,
Da poesia.
Enquanto, uma traz incerteza,
Da certeza
– a filosofia.
A outra, beleza
Da natureza
– a poesia –
Meus versos
Fluem nos reversos.
Nos versos do poesofo
Nos reversos do filoeta.
Eta...
Que confusão!
Mas...
Em compensação...
Quanta satisfação!
Autor: Inajá Martins de Almeida
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