RIO DE JANEIRO, UM PESADELO SEM FIM



Rio de Janeiro: um pesadelo para sociedade.

Todos nós podemos participar visivelmente desta "Guerra" que o Rio de Janeiro está vivenciando. Ligamos a TV e vemos:
- Combate ao tráfico nas favelas do Rio de Janeiro deixa cinco mortos, dentre eles, policiais militares e moradores inocentes. Quando isso irá acabar? Este fato afeta tanto a sociedade que ao nos depararmos com notícias como essa acabamos nos envolvendo tanto psicologicamente quanto emocionalmente.
Esta guerra vem acontecendo há muitos anos. Podemos verificar em um documentário da GNT feito em meados de 1997/1998 chamado "Noticias de uma guerra privada" em que traficantes, moradores e policiais deram depoimentos a respeito destes confrontos. Nele podemos verificar como funciona o "Comando Vermelho", fundado por Carlos Gregório, o vulgo "Gordo". Traficantes revelam que não tem medo dos policiais, até gostam. Porém do outro lado moradores revelam o lado bom do tráfico, pois na região não ocorrem assaltos. Além disso, eles não têm medo de morrer quando há a necessidade de medicamentos, pois são os traficantes que os servem. Até mesmo crianças na idade de nove anos sabem que a população está do lado do trafico.
Por outro lado, os policiais afirmam que não vêem uma luz no final do túnel, que esta guerra de traficantes X BOPE não tem previsão para o término. Podemos lembrar de um fato, em 2009, em que um helicóptero da PM foi derrubado por traficantes em uma operação no Morro dos Macacos, na zona norte do Rio de Janeiro. A polícia foi acionada assim que uma facção criminosa rival tentou invadir a favela. Os policias contaram com o apoio do BOPE (Batalhão de operações especiais).
Pessoas morrem a cada hora vítimas de bala perdida. Passamos nas escolas das comunidades do Rio e vemos tiros de fuzil nos muros e paredes, ônibus sendo queimados pela própria comunidade, e moradores totalmente inocentes saem correndo para não serem carbonizados juntos.
Perguntamos então: e a dor dos familiares, quem irá amenizar? Os traficantes, policiais ou o Estado? Ninguém. A justiça não está sendo cumprida como deveria. Quanto custa uma vida no Brasil? Não vale nada, se quem morreu não era um político ou outra autoridade do alto escalão. As Guerras no Rio vêm acontecendo com muita freqüência, pessoas morrendo como se não valessem absolutamente nada. Aonde iremos parar com tantas mortes? Todos os dias saem manchetes sobre a Cidade Maravilhosa.
Temos que analisar o Art. 1° do parágrafo único da Constituição Federal de 1988, e agirmos de acordo com ele, que diz: "Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".
Basta somarmos, nos últimos 15 anos, o total de armas e drogas , de policiais que sucumbiram em atos de defesa da sociedade, estando ou não em situação de serviço. Já houve no Rio épocas em que foram apreendidas cerca de 13 mil armas/ano, total esse talvez existentes nos arsenais de grandes unidades brigadas do exercito Brasileiro.
Como iremos receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas? Portanto, mãos à obra enquanto ainda for possível. Vejamos então a opinião de um secretário de segurança do Rio de Janeiro:
- A população não precisa se preocupar, trata-se de uma micro-região! Agora perguntamos: o Morro dos Macacos que fica na Vila Isabel, por exemplo, fica em uma micro-região? Infelizmente aí estão os pobres na linha de frente da Guerra. São muitos. Podem morrer à vontade, polícia ou bandido? Não importa, a ordem precisa ser garantida.
Por falta da adoção de novas soluções, iremos vivendo assim, sendo mortos como se não merecêssemos o mínimo de respeito e direito à vida ou de construirmos sonhos. Infelizmente, triste para o Rio de Janeiro, vergonhoso para os brasileiros, saber que as autoridades que os governam insistem numa política nefasta em que a nação é a única vencida.
Quem sabe não teremos soluções quando o alvo for o Copacabana Pallace ou então o Palácio do Governo, ou melhor, a casa de uma autoridade? Aí sim, eles tomariam providências para acabar com esta Guerra sem fim.


Autor: Paula Nascimento


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