PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO APLICADO AO CRESCIMENTO DE IGREJAS



RESUMO

Este estudo estabeleceu como questão central demonstrar a relevância de um Planejamento Estratégico aplicado a crescimento de igreja, ou propriamente falando, uma igreja local. O planejamento estratégico permite que a organização tome parte ativa na configuração de seu futuro, isto é, ela pode empreender atividades e influir nelas e, consequentemente, pode controlar seu destino, fato, esse, reconhecido como benéfico por muitos administradores, pois quem tem a responsabilidade de dirigir as organizações adianta-se às mudanças do entorno e estabelece planos e estruturas flexíveis que permitem a adaptação, a inovação e o enfrentamento de qualquer situação não prevista.

Palavras-chave: Planejamento Estratégico. Gestão Eclesiástica. Organização Religiosa

1. INTRODUÇÃO

É inegável que toda organização, hoje, se quiser sobreviver ou consolidar sua empresa, deve elaborar um plano estratégico que servirá de guia no incerto panorama econômico mundial.
É por isso que o planejamento estratégico, de acordo com Mintzberg (2006), tornou-se uma ferramenta fundamental da administração para impulsionar seu desenvolvimento e buscar uma direção bem definida. O que o planejamento estratégico não oferece é a possibilidade de criar um plano estratégico de fatores internos e externos para, depois, criar estratégias para alcançar seus objetivos e metas estabelecidas.
Também, hoje, as instituições eclesiásticas deixaram de ser vistas apenas como um conglomerado de pessoas, que se reuniam para louvores e devoções, e que estavam preocupadas exclusivamente com os afazeres cotidianos, com tudo ligado às questões espirituais. Se havia crescimento com novos membros aderindo ao movimento, esse ato era atribuído a Deus; mas, se, ao contrário, havia encolhimento, também isso era atribuído a Deus. Ou seja, o ato de administrar e gerenciar uma organização religiosa estava ligado, de uma forma ou de outra, às questões espirituais.
Faltava, porém, conhecimento técnico por partes daqueles que gerenciam as igrejas, além das técnicas de modelos de planejamento que poderiam alavancar melhores resultados para essas organizações. Ou seja, mesmo em se tratando de uma organização religiosa, com objetivos diferenciados, por se tratar de fé, mesmo assim, uma organização como qualquer outra, com deveres, direitos e obrigações.
Como todo processo administrativo, no planejamento estratégico, o controle deve detectar qualquer anomalia no caminho e corrigir de imediato o rumo e modificar o que não esteja de acordo com a estratégia, modificando-a, caso necessário. Dessa forma, a grande questão a ser abordada neste estudo diz respeito ao planejamento estratégico aplicado a crescimento de igreja que tem como base existencial, a fé.
Patel (2007, p. 61) esclarece que o que deve ser valorizado na elaboração de qualquer planejamento são os valores envolvidos. O planejamento estratégico começa na definição de uma filosofia de trabalho, que está ligada aos valores humanos. Entretanto, também se pode fazer uso dos valores cristãos, como o viver conforme o exemplo de Cristo. E o planejamento estratégico pode ser uma ferramenta para ajudar a alcançar esse alvo.
Sendo assim, a pergunta que surge é: até que ponto essa definição de Oliveira é aceitável para o campo religioso? Como aplicar o conceito do mundo dos negócios em uma organização que tem seus objetivos totalmente "diferenciados"? Sobre isso, o engenheiro João Batista Nunes Nogueira, que atua como consultor do SEBRAE-MG na área de Gestão Estratégica, não vê nenhum tipo de incompatibilidade ao usar os conceitos de planejamento estratégico do mundo dos negócios para o ambiente eclesiástico.
Diante da abordagem feita pelo consultor, permanecem as seguintes questões: Quais os benefícios da utilização do planejamento como ferramenta estratégica para as igrejas, como, por exemplo, utilização eficiente dos recursos humanos e financeiros; mensuração de resultados; cumprimento da missão organizacional; manutenção do foco desejado e respaldo técnico para tomadas de decisão? Diante de tais questionamentos, é válido admitir que o planejamento estratégico constitui uma ferramenta essencial para que a igreja possa enfrentar novos desafios impostos pelo mundo globalizado, mesmo nas organizações religiosas. Contudo, como os princípios e modelos de planejamento e gestão estratégica podem auxiliar uma organização religiosa em suas tomadas de decisão? E como essas técnicas poderão se aplicadas no seu dia-a-dia? Portanto, a questão central é demonstrar a relevância de um Planejamento Estratégico aplicado a uma igreja local, proporcionando a oportunidade da organização alavancar novos horizontes como o crescimento em quantidades de membros, que é um dos entraves que muitas igrejas vem enfrentando.
Autor: Simão Dias Portela


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