Atuação do Enfermeiro frente ao paciente com Esquizofrenia Paranóide



Adail de Oliveira¹

Adriano José¹

Alessandra Rodrigues¹

Ana Carla M. Pereira.¹

Betânia Testi¹

José Henrique¹

Emerson Máfia²

RESUME

A esquizofrenia nos dias de hoje vem se tornando cada vez mais um problema de saúde pública, onde há um envolvimento de vários fatores tanto sociais, econômicos, psicológicos onde a aquisição do transtorno causa grande sofrimento para a família apresentando vários graus de comprometimento. A esquizofrenia paranóide apresenta predominantemente delírios sistematizados, sólidos com detalhada coerência interna, ou alucinações. Afeto e discurso estão freqüentemente preservados, é a mais comum e também responde melhor ao tratamento. Tendo como objetivo geral desse trabalho,ressaltar a importância do enfermeiro frente aoscuidados com o paciente com esquizofrenia paranóide,bem como bjetivos específicos, orientar a família sobre a importância do tratamento, estimular o paciente na promoção da socialização, buscar a compreensão e participação da família na vida desses pacientes. Para tanto a metodologia realizada é de natureza exploratória, tendo como método de abordagem qualitativa, uma vez que esta permite melhor compreensão a cerca dos assuntos abordados.

Palavras chaves: enfermeiro,paciente e tratamento.

Abstract

Schizophrenia today is becoming increasingly a public health problem, where there is involvement of various factors both social, economic, psychological disorder where the acquisition causes great suffering for the family featuring varying degrees of commitment. Paranoid schizophrenia has predominantly delusions systematized, detailed with solid internal coherence, or hallucinations. Affect and speech are often preserved, is the most common and also responds better to treatment. Having as general objective of this work, emphasizing the importance of the nurse in the care of patients with paranoid schizophrenia, as well aslen aobjectives specific guide the family about the importance of treatment, the patient stimulate the promotion of socialization, seeking understanding and participation of family life in these patients. For both the methodology is performed exploratory in nature, taking as a method of qualitative approach, since it allows a better understanding about their subject

¹Academicos do 5º semestre da FASB,2010.

INTRODUÇÃO

A esquizofrenia é uma doença de procedência mental e grave que afeta o pensamento, o comportamento e as emoções, produzindo um estereótipo de louco, gerando preconceitos entre as pessoas com relação ao paciente que convive com a doença.

A esquizofrenia paranóide apresenta predominantemente delírios sistematizados, sólidos com detalhada coerência interna, ou alucinações. Afeto e discurso estão freqüentemente preservados, é a mais comum e também responde melhor ao tratamento. O paciente que sofre desta patologia, tem mania de perseguição, que as pessoas falam mal dele, que irão matá-lo, trata-se de delírios de perseguição, grandeza, idéias e julgamentos além da sua personalidade (ALMEIDA, DRACTU e LARANJEIRA 1996).

O enfermeiro desempenha um papel fundamental na desses pacientes, buscando uma melhor aceitação da família e do doente para o êxito no tratamento. Partindo então a seguinte problemática: quais os cuidados que o enfermeiro deve ter com o paciente com esquizofrenia Paranóide? Cujotemaéa atuação do enfermeiro frente ao paciente com esquizofrenia paranóide.

O objetivo geral desse trabalho é ressaltar a importância do enfermeiro frente aoscuidados com o paciente com esquizofrenia paranóide.Tendo como objetivos específicos, orientar a família sobre a importância do tratamento, estimular o paciente na promoção da socialização, buscar a compreensão e participação da família na vida desses pacientes.

O propósito desse estudo é destacar a importância do enfermeiro na vida desses pacientes que convivem com a esquizofrenia paranóide, demonstrando o quanto é necessário conhecermos um pouco mais sobre essa doença, envolvendo todo um contexto que engloba sobre a vida do doente mental, o tratamento, os cuidados que devem ser relevantes, as dificuldades que os cercam. De maneira que esse tema é de grande relevância para que nós enquanto futuros enfermeiros, saibamos um pouco mais sobre as intervenções essenciais e necessárias de enfermagem para com esses indivíduos que convivem com esse tipo de transtorno mental.

Para tanto a metodologia realizada é de natureza exploratória, tendo como método de abordagem qualitativa, uma vez que esta permite melhor compreensão a cerca dos assuntos abordados.Foram pesquisados através de artigos científicos e no acervo bibliográfico da Faculdade São Francisco de Barreiras, que contribuíram para melhor construção teórico científico, acerca da patologia abordada.

MARCO TEÓRICO:

Para Karen, Mark e Judith (2003). A esquizofrenia nos dias de hoje vem se tornando cada vez mais um problema de saúde pública, onde há um envolvimento de vários fatores tanto sociais, econômicos, psicológicos onde a aquisição do transtorno causa grande sofrimento para a família apresentando vários graus de comprometimento. E de suma importância sabermos lidar com este tipo de transtorno bem como distingui-la de acordo com suas características. Assim podemos realizar uma intervenção de enfermagem satisfatória reduzindo o sofrimento físico-emocional dos pacientes a fim de prevenir a remissão da doença.

Segundo Louzã Neto,(1995) apud Suely,(2009)É de suma importância como futuros enfermeiros identificarmos no paciente o subtipo de esquizofrenia presente ,istoso é possível quando realizamos uma anamnese correta colhendo os seguintes dados :as razões do encaminhamento do paciente aquela unidade,as queixas apresentadas pelo paciente e sua duração,história da doença atual e os prejuízos possíveis como mudanças nas relações interpessoais(no casamento,na vida sexual,na vida social,no trabalho,alterações de sono ,apetite,peso,hábitos de beber e fumar,mudanças na capacidade de tomar decisões ,de ter responsabilidades e de se comunicar com outras pessoas),antecedentes familiares e no caso de adoção tentar obter registros da família biológica bem como da família social,antecedentes pessoais,historia medica como as doenças da infância como:cirurgias e traumas ,antecedentes psiquiátricos,mudança de personalidade ,exame psíquico.

Esquizofrenia Paranóide:

A esquizofrenia Paranóide é o tipo mais ameno de evolução da esquizofrenia e de acordo com Caetano, Pessoa e Bechelli (1993, p.12 - 13), apresenta, como características associadas, a ansiedade, querência, violência, alucinações auditivas, delírios sistematizados e alterações das interações pessoais. Entretanto Nogueira et al (2002, p. 56), afirma que as principais características estão ligadas ao pensamento de grandeza e perseguição, acompanhadas de delírios e alucinações auditivas, surto agudo, ausência de sintomas catatônicos e desorganizados e menor abotamento afetivo; e completa que o portador apresenta grande risco suicida e de agressão devido aos delírios, alucinações e agitação.apud (GEORGIA E PÉROLA ,2009).

Afirma Almeida;Dractu e Laranjeira (1996) que a esquizofrenia paranóide apresenta predominantemente delírios sistematizados, sólidos com detalhada coerência interna, ou alucinações. Afeto e discurso estão freqüentemente preservados, é a mais comum e também responde melhor ao tratamento. O paciente que sofre desta patologia, tem mania de perseguição, que as pessoas falam mal dele, que irão matá-lo, trata-se de delírios de perseguição, grandeza, idéias e julgamentos além da sua personalidade.

O atendimento de enfermagem consistemem atos que tendem a melhora da qualidade de vida do paciente e de sua família como um todo, de acordo com as características do paciente e da sua família, afim de contribuir para a sua reintegração social, controlar o surgimento de novos surtos, e tornaros envolvidos mais participativos no tratamento do paciente, cooperando e colaborando com o mesmo. (GIACON E GALERA, 2006, p. 290).apud Georgia e Pérola (2009).

De acordo com Giacon e Galera (2006, p. 290),apudGeorgia e Pérola (2009) a assistência de enfermagem abrange implementações biopsicossociais com precaução às características culturais do paciente, criarplanos para aperfeiçoar as condições de saúde do paciente e de sua família, orientar paciente e família sobre as características da doença, do tratamento e sobre os recursos disponíveis, promover e manejar, dentro da saúde mental, os efeitos da doença através do ensino, da pesquisa, adaptandoaconselhamento à família e ao paciente, manobrar e coordenar regras de integração de cuidados que unifiquem as necessidades do paciente e da família, criandoum entendimento e uma melhor aceitação da doença, o que leva à umaperfeitaadesão ao tratamento e uma melhor reabilitação social. Outra importante ação da enfermagem é o incentivodos pacientes de primeiro surto esquizofrênico a usar recursos disponíveis na sociedade como trabalhos voluntários, atividades em grupos, exercícios físicos, lazer, entre outros:

Segundo Galera SAF (2002) apud Bianca Cristina (2006):

A enfermagem psiquiátrica está fundamentada no relacionamento interpessoalenfermeira-paciente, através do qual observa os aspectos biopsicossociais do ser humano. No aspecto biológico, a enfermagem observa efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde geral do jovem paciente e de sua família. No campo psicossocial, pode seenvolver

em diversas atividades, tais como a visita domiciliária, a coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas. A promoção do acesso do paciente e família aos recursos da comunidade pode contribuir para a reabilitação do doente e da família. O cuidado de enfermagem, com enfoque no sistema familiar, tem se mostrado bastante útil por permitir observar os aspectos biopsicossociais do paciente e de sua família e contribuir para uma melhor articulação do grupo com a comunidade.

Intervenção psicossocial:

Para Maccay E; Ryan K; Amey S(1996).apud Bianca Cristina (2006):

A interferência psicossocial consiste no tratamento do paciente,baseado na implicação deste com atividades sociais e ocupacionais. Ela está sendo empregada para diminuir o estigma da doença mental diante a sociedade e ao próprio usuário que, muitas vezes, sente-se inibido ao procurar ajuda, causandouma deterioração que poderia ser evitada.

Segundo Kirschbaum DIR(2000).apud Bianca Cristina (2006).A intervenção psicossocial vem se alargando como um campo de estudo próprio, sendo a reabilitação psicossocial uma de suas bases. Por ser muito nova e abrangente, observa-se que têm muitas práticas distintas que empregam o termo, por isso é importante abraçar uma definição de reabilitação psicossocial que motive nossa prática.

Para Malla AKET AL(2001). apud Bianca Cristina (2006):

Outra característica da influência psicossocial é que ela busca a recuperação e aceitação da doença,o rompimento de estigma, através da participação em atividades grupais, com direção correta. Por meiodos grupos, existe um período de avaliação, aproveitando a oportunidade para o mútuo apoio durante a transição da recuperação dos sintomas agudos psicóticos, gerando um conceito individual dos pacientes sobre a doença adequando uma melhor adaptação da psicose, conseqüentemente, um melhor conforto ao paciente. O seguimento em serviços de recuperação social para pacientes mais velhos e com maior comprometimento não é indicado para pacientes do primeiro surto, poispode influenciar negativamente o jovem na sua expectativaem cuidar de sua saúde mental. O uso de recursos da comunidade para jovens saudáveis pode ser mais adequado.

Intervenção familiar:

Para Schneider JF(2000).apud Bianca Cristina (2006).A interferência familiar vem sendo uma opção indispensável no primeiro episódio esquizofrênico. Deve-se ter um conhecimento, primeiramente, da família, suas características, limitações, medos e dúvidas. Sabe-se que, no momento em que a família se descobre com a nova situação, ocorre uma desordem do grupo na tentativa de se adaptar. Se a família não for amparada neste momento, sua acomodação pode resultar em modelos de relacionamento que cooperam pouco para a estabilização e melhora do paciente e, levando toda a família ao sofrimento mental. Uma adaptação mais positiva pode ser de grande valia para a recuperação e inclusão do doente mental e para a qualidade de vida de todo o grupo.

Intervenções de Enfermagem:

Segundo Nettina (1999) são intervenções de Enfermagem no fortalecimento a distinções entre delírios e realidades:

vProporcionar ao cliente um feedback honesto, claro e constante sem qualquer ameaça;

vDeixar de contestar o conteúdo dos comportamentos do paciente;

vCentralizar as interações nos comportamentos dele;

vAdministrar as medicações,conforme prescrição, juntamente se monitora e documenta a resposta do cliente em relação ao esquema medicamentoso;

vUsar uma linguagem simples e clara para o entendimento do paciente;

vExplicar todos os procedimentos e atividades antes de dar início, proporcionando material e a finalidades do aprendizado.

Para Nettina (1999) são intervenções de Enfermagem na promoção da socialização:

vEstimular o paciente a comentar sobre seus sentimentos;

vDar tempo a ele para lhe declarar os delírios sem enganar-se em um conflito de rigidez em volta do assunto da realidade dos delírios;

vUtilizar uma abordagem recíproca e de apoio ao destacar os sentimentos do paciente acerca de eventos que o perturbam e conflituam;

vProporcionar oportunidades para que possam socializar, incentivando a participação das atividades realizadas em grupo;

vEstar conscientes do espaço pessoal do paciente, com ponderação;

vAjudar o paciente a identificar os comportamentos que o aliena, e os afasta as pessoas significativas bem como os membros da família.

Segundo Nettina (1999) são intervenções de Enfermagem no aprimoramento a tolerância às atividades:

vAnalisar a resposta do paciente junto a medicação antipsicóticas de acordo prescrição;

vContribuir com o paciente e com os especialistas na terapia ocupacional e fisioterapia como objetivo de determinar a capacidade dele em fazer as atividades da vida diária;

vParticipar com ele, estabelecendo uma rotina diária executável dentro dos limites físicos;

vEnsinar medidas para limitar os efeitos colaterais dos antipsicóticosque afetam o estado funcional do paciente.

Intervenções de Enfermagem no aprimoramento a maneira de lidar com os pensamentos e sentimentos,(NETTINA,1999).

vEstimular o paciente a expressar os sentimentos;

vCentralizar os sentimentos e o comportamento dele;

vProporcionar percepção honestas da realidade em volta dos sintomas e dos comportamentos;

vEstimular o paciente a explicar, o comportamento e adaptações que fazem aumentar as capacidades dele e o sucesso e êxito nas atividades de socializar e realizar na vida diária.

Para Nettina (1999) são intervenções de Enfermagem na garantia a segurança:

vObservar o paciente quanto aos comportamentos que o indiquem maior ansiedade;

vColaborar junto com o paciente, identificando os comportamentos de ansiedade, assim como as causas que os norteiam;

vApoiá-los e ajudar a manter o controle;

vDefinir limites constantes envolta dos comportamentos do paciente, comunicando de maneira clara, dentro dos limites aos membros da família e ao médico;

vRemover do quarto do paciente e do ambiente todos as armas impotencial e objetivos que possam contribuir e provocar danos ao mesmo;

vDeterminar a necessidade de controle externo e contenções, para um possível aumento contínuo da agressividade do paciente;

vMonitorar o paciente de acordo com as necessidades, avaliando seu nível de agitação.

A manutenção da saúde, para o paciente com esquizofrenia, está relacionado na instrução ao paciente e os membros da família a cerca do processo patológico e como reconhecer e lidar com esses sintomas, e as recaídas existentes, bem como sobre as indicações, ações e efeitos colaterais de todos o medicamentos prescritos, recursos comunitários, os grupos de apoio e possível utilização da enfermagem psiquiátrica de assistência ao lar.(NETINNA,1999).

Tratamento:

Os antipsicoticos são de fundamental importância para o tratamento dos sintomas positivos da esquizofrenia, porém é questionável sua ação sobre os sintomas negativos.Estudos comprovaram que o tratamento de manutenção a longo prazo com os neurolepticos reduz drasticamente a chance de recaídas e reospitalizações. Os neurolépticos podem ser divididos em dois grupos.Os chamados "neurolépticos de alta potência" (como haloperidol, flufenazina, trifluoperazina,tiotixene)que produzem efeitos terapêuticos mesmo em baixa doses; e produzem menos sedação e hipotenção postural ,mas causam com freqüência, efeitos colaterais motores.Já os chamados neurolépticos de "baixa potência" ou "sedativos"( como clorpromazina, tioridazina, levomeprometazina) são bloqueadores dopaminérgicos menos potentes; em conseqüência, precisam ser administrados em doses mais altas para produzir efeitos antipsicoticos, causam mais sedação e efeitos autonômicos, mais tem menor propensão de causar efeitos extrapiramidais. Ao fazer a escolha da droga em pacientes com história prévia de uso de neurolépticos, deve-se levar em consideração o padrão de resposta a droga(s) usada(s) anteriormente. Se há evidencia de boa resposta a determinado antipsicótico anteriormente, recomenda-se o uso da mesma droga. Logo, se houver históriaprévia de efeitos colateraisou recaída com determinada droga, o uso de um antipsicotico de classe diferente deve ser considerado. (OSVALDO;DRACTU; LARANJEIRA.1996).

Efeitos colaterais:

Segundo Nettina (1999) são efeitos anticolinérgicos periféricos: boca e nariz secos,visão embaçada,constipação,retenção urinária,e que a enfermagem deve orientá-los quanto a:

Boca seca:

vEscovar os dentes, após cada refeição, com uma pasta de dente fluoretada;

vLavar a boca frequentimente;

vLimitar as bebidas cafeinadas ou alcoólicas, pois elas podem ser desidratantes;

vPara de fumar, devido irritação da mucosa oral;

vEvitar os alimentos secos ou codimentados;

vEvitar as bebidas ácidas, em virtude da irritação potencial.

Constipação:

vBeber líquidos, com limites prescrito estabelecido pelo médico;

vComer alimentos ricos em substâncias de fácil digestão;

vComer frutas secas, tais como ameixas ou tâmaras,devido seu efeito laxante;

vManter o nível de atividades dentro dos limites normais;

Efeitos colaterais extrapiramidais a curto prazo: acinesia, distonias, discinesias, efeitos Parkinsonianos e a longo prazo discinesia tardia que a enfermagem deve interceder, (NETTINA,1999).

vTranquilizaro paciente;

vDiferenciar agitação de acatasia;

vPensar em administra ao paciente outra classe de antipsicótico;

vAvaliar a capacidade funcional;

vConsiderar a profilaxia com medicações anticolinérgicas;

vCompletar a classificação/avaliação regular e objetiva do distúrbio do movimento;

vReduzir/interromper o neuroléptico conforme prescrito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Com o presente trabalho, procuramos demonstrar e reforçar a importância do enfermeiro na atuação com o paciente portador de esquizofrenia paranóide, cujo intuito foi destacar o enfermeiro como papel fundamental na vida dessas pessoas. Pois muitas vezes a família não consegue lidar com a situação, por medo, ou falta de informação e conseqüentemente acabam dificultando o tratamento do mesmo.

Focamos neste estudo os cuidados de enfermagem, frente ao paciente na esquizofrenia paranóide, a importância do apoio familiar, a adesão ao tratamento e as medidas para que esse paciente possa conviver mais e melhor com a doença. Para Caetano, Pessoa e Bechelli (1993).A esquizofrenia Paranóide é o tipo mais ameno de evolução da esquizofrenia, apresenta, como características associadas, a ansiedade, querência, violência, alucinações auditivas, delírios sistematizados e alterações das interações pessoais. O portador de esquizofrenia paranóide ele vive num mundo de perseguições e delírios, o papel do enfermeiro junto as intervenções é fortalecer e distinguir esses delírios e realidade do paciente para que se possa criar uma relação de confiança e equilíbrio entre ambos, promovendo a socialização desse paciente, através de atividades em grupo, expressando seus sentimentos e medos que o envolvem. Pois o enfermeiro, ele tem um papel fortalecedor na vida desses pacientes, promovendo a sua segurança, identificando os riscos que o envolva, e com isso proporcionando-lhe gradativamente uma melhor adesão e aceitação no tratamento.

A intervenção familiar é de grande importância, pois a partir do momento que o enfermeiro consegue trazer essa família para junto dessa nova realidade, o paciente se sente mais protegido e aceita melhor a doença. Para Schneider JF(2000).A interferência familiar vem sendo uma opção indispensável no primeiro episódio esquizofrênico. Deve-se ter um conhecimento, primeiramente, da família, suas características, limitações, medos e dúvidas. Sabe-se que, no momento em que a família se descobre com a nova situação, ocorre uma desordem do grupo na tentativa de se adaptar. Uma adaptação mais positiva pode ser de grande valia para a recuperação e inclusão do doente mental e para a qualidade de vida de todo o grupo.

Constatamos que, o conhecimento referente todo o contexto que envolve o doente mental, nos fazer compreender um pouco mais e buscar subsídios para que se possa ter sucesso diante desta realidade. Portanto, a atuação do enfermeiro na esquizofrenia paranóide, ou em qualquer transtorno é, e continua sendo essencial na vida desses pacientes, pois cria-se um vínculo de confiança, o que reflete o êxito e realização do profissional.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA P. O. ;DRACTU L.; LARANJEIRA. R. Manual de psiquiatria. Editora Guanabara, Rio de Janeiro 1996.

CARREIRA Georgia de Oliveirae MOURA Pérola Aparecida silva .2009 Uma abordagem geral, com enfoque na assistência de enfermagem e familiar; Disponível em: http://www.webartigosos.com/ESQUIZOFRENIA: acessado em 25/05/2010.

GIACON Bianca Cristina Ciccone (2006).Primeiro episódio da esquizofrenia e assistência de enfermagem;Disponível em:http: //www.scielo. br/scielo. acessado em 19/05/2010.

HUFFMAN Karen, VERNOEY Mark,VERNOEY Judith;Psicologia Coordenação da tradução Maria Emilia Yamamoto; revisão técnica Agostinho Minicucci - Sao Paulo: editora: Atlas 2003.

NETTINA Sandra M. RN,C, MSN, ANP. Prática de Enfermagem, 6ª edição;editora: Guanabara Koogan S.A. Rio de janeiro 1999.

OLIVEIRA Suely B.M.Esquizofrenia /Doença Mental,Disponível em: http://www .webartigosos.com/articles-FonteScielo-Brasil,Publicado 4/05/2009 Acessado em:08/06/2010 ÁS:19:45 HS

WENDT, Guilherme. Artigo exclusivo: Esquizofrenia carcteristicas diagnosticas,subtipos e manejo clinico de acordo com a CID-10 e DSM-IV-TR.Disponível em:http://www.sissaude.com.br/sis/inicial. acessado em: 17/05/2010 ás 20:01hs.


Autor: Adrianno José Almeida


Artigos Relacionados


Cuidado Ao Paciente Psiquiátrico.

Esquizofrenia: Um Breve Estudo Sobre Suas CaracterÍsticas E A AssistÊncia De Enfermagem Ao Portador

A Importância Do Enfermeiro Na Assistência Ao Paciente Com Depressão

Ações Do Enfermeiro Na Promoção Da Autonomia Do Paciente Psiquiátrico

Esquizofrenia

Atuação Do Enfermeiro Diante Do Processo De Morte E Morrer Do Paciente Terminal

A InterferÊncia Do Tratamento Do Paciente EsquizofrÊnico Frente A NÃo ParticipaÇÃo Da FamÍlia