Apocalipse: Sociológico, Ecológico ou Geológico?!...



APOCALIPSE:

SOCIOLÓGICO, ECOLÓGICO OU GEOLÓGICO?Raul Santos (São João do Paraíso/BA setembro de 1989)

Muito se têm comentado a respeito dos últimos dias desta década, que são do século e do milênio. Comentam-se guerras, desmatamentos, poluições sonora, atmosférica e marinha, em busca da causa do tão esperado cataclismo que dará um basta na nossa existência terrestre.

É provável que sejam as causas de tão funestos acontecimentos. É provável até que a ação desarvorada e irresponsável do homem seja a causa da destruição do Planeta. Mas, se rebuscarmos a História da Humanidade ou os primórdios dos fatores biológicos, encontraremos os primeiros organismos como seres disformes, desprovidos de estruturas, cujas composições só se tornaram possíveis depois de milhares ou milhões de anos para que as primeiras células começassem a sintetizar seus próprios alimentos ou se aproveitassem de outras. Mas, de acordo com a própria complexidade do assunto, não nos poderemos aprofundar nas teorias de Miller ou Oparin, sem desviarmos os olhos do real objetivo em pauta, que é o APOCALIPSE.

Por outro lado, se abandonarmos as origens do Planeta, não encontraremos bases em que nos apoiemos, restando apenas vãs acusações contra os homens, quando OS HOMENS somos nós mesmos, que não assumimos as nossas parcelas de irresponsabilidade na poluição, mas fabricamos e compramos detergentes e aerossóis, poluindo as águas e decompondo as moléculas de ozônio, provocando o tão falado, mas pouco conhecido EFEITO-ESTUFA, que é a livre passagem dos raios solares para a crosta terrestre, sem retorno para o espaço, os quais estão derretendo as camadas glaciais dos pólos, cujos efeitos estão sendo comprovados na Europa com a Holanda, a Dinamarca e adjacências inundadas. Não assumimos a nossa irresponsabilidade nos desmatamentos, mas não colocamos os pratos e utensílios no chão, exigindo mais mesas, cadeiras, armários, camas, etc., sem nos preocuparmos em plantar sequer um abacateiro em nosso quintal. Não assumimos a nossa irresponsabilidade nas guerras e acusamos a Rússia, os Estados Unidos e a Alemanha de meterem o bedelho nos problemas internos das nações do mundo, mas não dispensamos ao menos um sorriso, uma palavra de carinho ou de fé ao nosso vizinho ou mesmo dentro do próprio lar, porque o egoísmo mesquinho fala muito mais alto e nos obriga a pensar que o homem que nos dirige a palavra na rua para uma esmola ou num gesto de carinho é um assaltante em potencial, a mulher que nos pede uma carona com um filho pequeno é necessariamente chamariz da quadrilha ou no mínimo uma prostituta. O leproso que nos pede esmola deve ser rechaçado para evitar o contágio, não podendo nós, portanto, abandonarmos as origens do Planeta nas nossas conjecturas em busca de uma explicação plausível e racional, desprovida de fanatismos facciosos ou temores infundados travestidos de respeito a uma divindade que muito mais tem dado do que cobrado da nossa mesquinhez.

Retornando, portanto, ao passado remoto do orbe, vamos nos deparar com estruturas simplíssimas que somente depois de muitos milhões de anos conseguiu a perfeição das estruturas orgânicas com potencialidades à própria sobrevivência como visão, audição, olfação, paladar, tato, digestão, circulação, respiração, excreção e, principalmente, reprodução.

Mas é neste ponto que nos quedamos estáticos. Como teria sido possível a extinção dos dinossauros, seres gigantescamente maravilhosos que atingiam muitos metros e simplesmente deixaram de existir? Tivessem eles existido na nossa era, e poder-se-ia dizer que fora pela caça desorganizada, em busca de qualquer componente orgânico, qual presa de marfim dos atuais elefantes ou peles de crocodilos. Mas está provado cientificamente que os dinossauros deixaram de existir, quer dizer, desapareceram da face do planeta, deixando como prova formidáveis estruturas ósseas, muito antes do advento dos primatas. Um pum coletivo, talvez?!...

Conforme as demonstrações científicas, retroagindo às remotas origens do Orbe, vamos nos deparar com uma nebulosa de massa gasosa a milhões de graus centígrados, isto há quatro bilhões e quinhentos milhões de anos atrás, girando numa órbita elíptica em torno do Sol à velocidade diária de dois milhões e quinhentos mil quilômetros diários, ou seja, a mais de cem mil quilômetros horários, mantém rigorosamente os critérios básicos preestabelecidos em cálculos matemáticos tão exatos que jamais engenheiro algum conseguirá ao menos imaginar os mais elementares enunciados. E Carlos Barros escreveu que foi Sir Isaac Newton quem colocou a casa em ordem. Vamo-nos deparar com o resfriamento constante e paulatino da nebulosa, cuja estrutura periférica solidifica-se, aprisionando no interior o material em ebulição, qual poderosíssima bomba, que ainda nos nossos dias mantém a temperatura de dois mil graus centígrados (quando a água fervente é de apenas cem graus), formando os mares, as montanhas e os continentes, proporcionando condições aos fenômenos sísmicos e magmáticos em forma de terremotos e vulcões que tantas devastações têm provocado por todas as partes do globo. No ano de 1969, quando os astronautas americanos retornaram da viagem à Lua, os estudos feitos nas amostras do solo lunar apresentaram semelhança entre aquele e o da costa oeste dos Estados Unidos, ou mais precisamente, da Califórnia, fazendo crer que o Globo Terrestre teria sido vítima de um abalo sísmico gigantesco que lhe arrancou um bloco, lançando-o ao espaço e colocando-o em órbita, transformado em satélite. Já em 1989, vinte anos depois, os estudos realizados nos abalos sísmicos daquela região mostraram que o Estado da Califórnia poderia estar se separando do Continente Americano, o que nos faz conjeturar nas nossas divagações transcendentais a tríplice suposição em relação ao destino futuro daquela faixa litorânea: a) a Califórnia poderá desprender-se e submergir no Oceano Pacífico com suas cidades, inclusive São Francisco, Los Angeles, Hollywood e Disneyworld; b) poderá ser transformada em uma ilha, o que certamente aumentaria o fluxo turístico para aquela região e, c) considerando como verdadeira a asserção de ser o satélite lunar uma parte do Planeta Terra e de estar a região californiana sujeita a novos cataclismos semelhantes, poderá desprender-se da crosta terrestre um tampão que seja centenas ou milhares de vezes maior que um meteoro comum e, sob a pressão das lavas incandescentes que se agitam no interior influenciadas pelo bombardeamento do fósforo e do urânio em altíssimas temperaturas, impulsionando também o planeta em sentido contrário, qual balão de borracha ao sabor do vento que vagueia no espaço até esgotarem-se-lhe as últimas reservas de pressão, o que não acontecerá de maneira absolutamente semelhante, visto que os metais e silicatos, em contato com o ar, prontamente entrarão no processo de solidificação, mas que não impedirá, porém, de que haja uma alteração radical na órbita planetária, certamente justificando as previsões apocalípticas do Livro de São João, que prevê nos últimos tempos ficar o Sol sete vezes mais próximo da Terra ou a Terra mais próxima do Sol, que, naturalmente, terá o mesmo significado.

Mas, novamente perplexos, perguntamos: por que tanta maravilha deverá ser destruída? E, recorrendo à Bíblia, nela encontramos a resposta nas palavras do próprio Jesus, quando diz: Meu Reino não é deste mundo!, Não ficará pedra sobre pedra..., ...desde o princípio dos tempos..., ...amar a Deus sobre toda as coisas, e a teu próximo como a ti mesmo!...

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Autor: Raul Santos


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