Passarinho
Doce paz, meiga ternura, na esperança já perdida.
Mas, não vi que na estrutura da mulher, oculta estava
Uma frágil criancinha suplicando proteção,
Nem tampouco percebia que tão somente eu estava
Dominado inteiramente pela voz do coração.
Quis prender-te para sempre na gaiola dos meus braços,
Ter-te minha;... quanto sonho!, se és mais livre do que o vento,...
... abre as asas, passarinho, voa livre, vai com Deus!...
Vai buscar outros caminhos, conquistar novos espaços,
Vai voando bem mais ágil que o poder do pensamento,
Mas, se queres meus carinhos, vem morar nos braços meus.
São João do Paraíso/BA, 20/07/1992 (00:21 hs).
Autor: Raul Santos
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