Voz do Tempo
São só fantasmas flutuantes voejando pelas estradas
E esta dor da minha angústia se fazendo bem maior.
Sofro mais se te recusas a aceitar minha presença,
Dando a outros teu carinho, olhar, sorriso e atenção,
Pois não sei se é timidez, se é medo ou mesmo indiferença,
E me atinges com certeira pontaria o coração.
Busco paz, tento afastar-te do meu coração sofrido,
Mas não posso porque fazes parte agora do meu eu,
Tão profundamente que nem posso imaginar, sequer...
Vejo, então, que, na verdade, eu quero o que mais faz sentido:
Ter um lar com teu carinho e seu o pai do filho teu,
Porque não és mais menina, e quero ter-te por mulher.
São João do Paraíso/BA, 10/08/1992.
Autor: Raul Santos
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