DO LIBERALISMO AO NEOLIBERALISMO
Ele inicia a obra citando a individualidade do homem, que é resultado das peculiaridades sociais e das múltiplas determinações que passa a ser submetida à sociedade. Fala também que isto resulta dos avanços capitalistas, e para chegar este ponto ele percorre fases como o feudalismo e a chegada do mercantilismo, aonde ele interfere dizendo que o método mercantilista não é uma doutrina econômica, porém um conjunto de praticas em que os chefes de Estados europeus dominam, seria o intervencionismo do Estado na economia.
O surgimento do capitalismo em meados dos séculos XVII uma nova cultura aflorava em que o individualismo e o egoísmo eram os principais motivadores do homem. Para dizer isto Francisco se fundamenta na teoria do homo oeconomicus, ou seja, o desejo do homem não está nas coisas e nem em um ser superior, chamado por muitos de Deus, mas no próprio homem.
Em tão ele continua discorrendo sobre o homem, agora homem enquanto o Estado, para isto ele faz menção das idéias de Hobbs, ele mostra que nesta nova ideologia, o poder do Estado deve ser pleno e ilimitado, ele não esta sujeito à lei, ele próprio se faz lei, ele será a autoridade religiosa.
No liberalismo para as regras continuassem foi necessário uma constituição, seria o poder legislativo, o que para Locke seria um dever político de governar por meio de leis decretadas, objetivando o bem do povo, já que o poder deriva do povo.
Na economia estaria presente o direito da propriedade privada em que todos os indivíduos estariam no direito de fundar uma empresa e vender e lucrar, a todos os trabalhadores teria o direito de vender a sua força de trabalho em troca de um salário.
O liberalismo teria no século XIX, uma etapa bastante turbulenta, estaria enfrentando conflitos entre os países. Diante desta crise surgiu uma nova ideologia, seria o Socialismo, eles viam o liberalismo como uma doutrina burguesa que escondia as relações dominantes, o Estado era o setor domínio, pois era ele quem gerenciava os interesses da burguesia. Para os socialistas a solução estaria na destruição do Estado e com a socialização dos meios de produção, uma divisão em partes iguais seria mais justo e caminharia para uma igualdade.
Com o advento do capitalismo, a indústria tecnologia cresceu bastante e isto gerava uma grande divisão social, era esta divisão que os socialistas combatiam. Para Francisco o surgimento do imperialismo se deu no momento em a produção cresceu e se viram obrigados a expandirem pelos países da África, da Ásia e America Latina.
Com relação à democracia a única democracia compatível com o Estado era a democracia representativa. Em contra partida para os socialistas esta democracia era insuficiente para a emancipação humana, para eles era preciso sair do autogoverno para a autogestão .
O homem no liberalismo é levado por preços, para combater esta idéia surgiram os neoliberais no inicio do século XX, eles buscavam visualizar o homem como um ser de necessidades e desejos através das escolhas. Ele como um indivíduo de desejos é também um ser social, enquanto que nas crenças liberais o homem era movido a capital, no neoliberal ele será tido como um ser social.
Quanto à economia consistia em coordenar as atividades econômicas, seria um mercado baseado na divisão de mercado, nele o individuo teria que se integrar dentro do sistema de cooperação.
No neoliberalismo política e economia andam intercaladas, sendo que a economia é tratada como um fim em si mesmo para obtenção da liberdade política. E para se manter esta economia é necessário um poder total, ele deve usar o poder para evitar que as pessoas desestruturem a economia. Ou seja, cabe ao estado impregnar a ordem.
Os neoliberais defendem que a economia dos mais ricos deve se usurpada para suprir a necessidade dos mais pobres. Seria o princípio utilizado pelos intervencionistas.
Francisco Ubiram prossegue falando das idéias neoliberais, agora ele trata da questão da pobreza, para eles pobreza só diz respeito a quem não tem condição de cuidar de si próprio. O que gera a desigualdade e o abuso de riquezas utilizadas por poucos.
Defendem a segurança a todos os membros da sociedade, todos devem ter a mesma segurança econômica. Para eles a base econômica fundamentada na competição produz uma insegurança econômica, q resulta na procriação da desigualdade social.
Define Francisco o neoliberalismo como uma utopia que subordina todo e qualquer tipo de liberdade à liberdade econômica. Falhando ao pensar que o Estado sobrevive sem economia.
No Brasil o liberalismo foi pensado de forma muito pessoal, embora fosse assimilada do mercado europeu, aqui se buscava não apenas a liberdade econômica, mas também uma liberdade pessoal. Define-se o liberalismo como propagador do individualismo, esta propagação não teve vez aqui, pois o liberalismo agiu em conjunto para a libertação do homem como um todo. Buscavam aqui no Brasil a diminuição do poder imperial, e a total participação do povo no governo.
Na terceira parte da obra é falado do Brasil como país e as idéias liberais, do inicio do império enquanto o Brasil ainda era agrícola ate sua total chegada na industrialização.
Um livro bem dividido, onde o autor buscou através de uma linguagem simples comparar as déias liberais e as neoliberais. Para isto buscou varias citações que trouxeram a sua escrita um maior enriquecimento. Ele tentou buscar a neutralidade da obra, deixando ao leitor apenas o conhecimento das duas ideologias, poucas vezes foi emitida a sua defesa em relação a um dos componentes ideológicos.
Autor: Talita Barbosa Ramos
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