DISCURSO NA CÂMARA DE VEREADORES DE PARIPIRANGA



DISCURSO NA CÂMARA DE VEREADORES DE PARIPIRANGA

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente ao Deus Supremo que nos criou, nos ama e nos proverá nas nossas necessidades, e acima de tudo nos dotou de uma inteligência para que possamos nos comunicar, a pensar, assim reflitamos no que Morin nos diz sobre a função da comunicação e ele inicia questionando o [...] Por que nos comunicamos? Comunicamo-nos para informar, para nos informarmos, para conhecer, para, eventualmente, nos conhecermos, para explicar, para nos explicarmos, para compreender e nos compreendermos. (MORIN, 2003, p.123) Pensem nisso cidadãos que lutam, que ?defendem?, que primam para o bem público de nossa sociedade.

Gostaria de agradecer, em especial a minha esposa Solange Martins e aos meus familiares que de forma direta e, indiretamente, confiam em mim e apostam no meu sucesso.

Gostaria de agradecer aos meus professores que me incentivaram a buscar a verdadeira luz do conhecimento e a utilizá-la para o bem comum.
Gostaria de agradecer aos vereadores, e em particular ao presidente da casas Excelentíssimo vereador Ubirajara, pela deixa da minha fala nesse plenário.

E gostaria de agradecer, fundamentalmente, a todos os cidadãos que estão aqui presentes ou não, e que estão a me ouvir em prol de nossos direitos.

O conhecimento e o homem

O principal compromisso que temos na vida é com nosso desenvolvimento seja pessoal, profissional ou social.

Uma enorme parte das nossas idéias e sentimentos é aprendida com a educação, através da influência de nossos pais e professores, por esse motivo é que as razões aprendidas constituem uma importantíssima parte da nossa mente, e nós educadores devemos prestar muita atenção a que tipo de influências nos submetemos e evitar àquelas que não são construtivas para nós.

Lembrem-se:

O principal compromisso que temos na vida é com nosso próprio desenvolvimento social, é com nosso próprio desenvolvimento educacional, é com nosso próprio desenvolvimento pessoal.

Educar ou educar-se é um processo contínuo. Sempre há algo de novo para aprender, para desenvolver.

Não somos seres terminados, concluídos. Felizmente!!!

A nossa capacidade criadora reside de um bem intangível a consciência, a inteligência, o raciocínio, a razão. Esse bem nos foi cedido para uma razão maior que é a evolução e o bem-estar do ser humano. Digo o ser humano na sua totalidade, ele na essência do homo sapiens sapiens e não no ser o homem ou a mulher, e sim no conjunto do ser humano, a totalidade e fica evidente quando o próprio Morin escreve isso na sua obra Edgar Morin: Ética, Cultura e Educação.

"Consciência é o ?eco? dos valores da natureza humana, do SER, o homem".
Se as causas são: verdade, justiça, amor, honestidade, os efeitos só poderão ser construtivos, positivos.

Certa vez Albert Einstein disse:
_ Os valores vêm de outra região, da Realidade Infinita, da Alma do Universo.

Só através de um conhecimento amplo podemos nos tornar livres para escolher e transformar o mundo e a nós mesmos.

Em seu discurso Sócrates disse aos seus discípulos:
A conquista do saber se realiza através do exercício livre da consciência.
Assim deve ser para surja uma força de mudança, para que surja "O Homem que age e faz sua História".

Pensando nisso o filósofo brasileiro Marcelo Botter disse:
A pior gente do mundo está entre os Mandantes e seus Comandados. A nós resta que Deus nos oriente para que nossos caminhos nunca se cruzem com os deles, e se se cruzarem teremos que ter uma posição e defendê-la num diálogo.

Não ter "posição" sobre nada é pouco inteligente.
Dizer: _ ?tudo é muito relativo, depende...? é para pessoas que nunca assumem suas próprias convicções e nem a si mesmo.

De fato, sempre ?tudo é relativo?, mas dentro do ?grande todo, da totalidade?, cada um deve ir encontrando suas verdades pessoais ? nunca absolutas ? porém capazes de dar suporte para suas atitudes, reflexões e decisões. Tudo isso é que nos dá segurança e nunca tenha medo de colocar o que pensa, aquilo em que acredita, de trocar idéias e opiniões, de ?ser você mesmo?.

Só assim surge um diálogo criativo e enriquecedor, entre pessoas.
Jamais seja um ?Maria vai com as outras?, porém, não cometa exageros, pois são sinais de ambição, de egoísmo, de ruindade justificados por idéias alheias.

Pensando nisso reflitamos no que Nietzche nos diz em sua obra A genealogia da Moral:

A genealogia da moral é um questionamento não somente das origens da modalidade na história do homem, mas também de sua aplicação em todo os atos do ser humano. O binômio bem e mal, bom e mau surge de alguma maneira por influência de interesses. Quais seriam esses interesses? Aqueles de um poder dominante? Aqueles de uma classe que se considera superior, para estabelecer e expandir seu domínio sobre outra, classificada como inferior?

A falta, o erro, o domínio, a submissão, enfim, seriam decorrência realmente de uma má ação ou de um conceito que procurou inserir no pensamento humano um sentido do que é bom em si e ainda de algo que, em contraposição, é mau? O bem e o mau como atos existem em uma consciência má ou seriam simplesmente figuras inventadas pelos ?espíritos? que se consideram superiores para poder escravizar os ?espíritos inferiores?.

CIDADANIA!!!

Essa palavra meus colegas, embora possua não apenas um significado, mas vários, quando aqui se ler sobre cidadania, está querendo dizer mais dignidade às pessoas, sejam pobres ou ricas, sem preconceitos de origem, etnia, sexo, cor, idade, credo, partido político e quaisquer outras formas de discriminação.

Esta dignidade que precisa ser politicamente conquistada, expressar-se aqui através da palavra CIDADANIA. Onde todos possam ter uma vida mais digna, serem valorizados. Porque ninguém, em sã consciência, deseja ser desvalorizado. Desvalorizado por não ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade; não ter onde morar, trabalhar, estudar, descansar; não ter saúde, segurança, alimentação, vestuário, transporte, previdência social. E tudo o mais para se viver dignamente.

O bacharel e professor em direito Marcelo Ricardo Almeida nos diz em sua obra A ignorância do estudante que a ignorância traduz-se a vontade dele, do político, e não do cidadão, do estudante, de não valorizar a importância do conhecimento de seus direitos. Prefere ignorá-lo. Ou, o que é pior, conhece seus mitos, suas mentiras, suas fantasias. Ignora a realidade.

Se um governo ignora as leis, os direitos não é democracia é autoritarismo. E um governo autoritário é mais cômodo, pois se educa através da coerção e do autoritarismo. Nunca é debatido, dialogado; é sempre todo imperativo. Desde o ?faça-se!?, até o ?cumpra-se!?. Em um ambiente, via de regra, sem diálogo, só há monólogos. Em nome da disciplina, do silêncio, do medo. Ignorando as atitudes orgânico-psicológicas dos cidadãos.

QUESTIONO.

De qual maneira uma lei poderá interferir socialmente?

De qual maneira uma lei poderá interferir na sua vida?

De qual maneira uma lei poderá interferir na sua profissão?

O que queremos é o que eles querem?

O que almejamos é o que eles almejam?

Montesquieu, um filósofo disse certa vez que só o poder controla o poder, e esse poder emana do povo. O poder em seu nome é exercido? Se o poder não pertence a uma só pessoa e, sim, a um grupo, e se desaparece a união desse grupo, acaba-se o poder. Que dificuldade há em quem quer ver os seus direitos respeitados, não forme um grupo. Teoricamente, só o grupo tem o poder.

Entretanto, poder todos têm. Poder de fazer, de deixar de realizar, de criar, de consumir, disto e daquilo, poder de ir e vir. Dentre outros poderes.
Abraão Lincon em seu discurso disso que o governo é do povo, para o povo e com o povo.

Por isso não só é dever do país, do estado e do município de assegurar os nossos direitos e, sim, de todos nós, sem isso o estado, o poder e as políticas é um tsuname que nos consome, nos aliena e nos mata.



Ronye Márcio Cruz de Santana
16 de Março de 2010
Terça-feira

Autor: Ronye Márcio Cruz De Santana


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