Filosofia Da Arte E Estética: Refletindo Sobre A Função Da Arte



Uma obra de arte não está obrigada a ser entendida e aprovada em princípio - particularmente - por qualquer que seja. A função da arte não é a de passar por portas abertas; mas a de abrir portas fechadas. Quando o artista descobre novas realidades, porém, ele não consegue apenas para si mesmo; ele realiza um trabalho que interessa a todos os que querem conhecer o mundo em que vivem, que desejam saber de onde vem e para onde vão. O artista produz para uma comunidade. Perdeu-se de vista esse fato no mundo capitalista. a arte deve procurar cumprir a tarefa de restabelecer sua unidade, através de um processo lento e doloroso, para erradicar, afinal, todos os sintomas de alienação.

O ser humano que se tornou homem pelo trabalho, que superou os limites da animalidade transformando o natural em artificial, o homem, que se tornou o criador da realidade social, será sempre o mágico supremo, será sempre Prometeu trazendo o fogo do céu para a terra, será sempre o Orfeu enfeitiçando a natureza com sua mágica. Quanto mais chegarmos a conhecer trabalhos de arte há muito esquecidos, antigos, tantos mais claramente enxergamos, apesar da variedade deles, seus elementos contínuos e comuns. São fragmentos que se acrescentam a outros fragmentos para irem compondo a humanidade. Enquanto a própria humanidade não morrer, a arte não morrerá.

Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, ocinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas, hoje alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.

O ser humano criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O humano cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças, para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar e compreender quadros, pinturas, vasos, estatuas, molduras, objetos, cenas e outros.

O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, sobre o conceito de arte e da nossa disposição no momento, da imaginação e daquilo que o artista pretendeu demonstrar, neste caso a subjetividade é essencial.

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura doenças, para ajudar a analisar, a compreender e a explorar o mundo com um novo olhar.

Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único.Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las.

Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças do mundo.

Os progressos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450.

No mundo em que vivemos, a realidade social precisa ser mostrada no seu mecanismo de aprisionamento. A obra de arte deve apoderar-se do público, não através de uma identificação passiva, mas através de um apelo à razão que requeira ação e decisão, que seja incitado a formular um julgamento, afinal, quanto ao que viu: não era assim que devia ser. Assim, asiste às suas próprias atribulações e sofre os impactos das incessantes transformações. Aqui poderá produzir-se a si mesmo da maneira mais fácil, pois o modo mais fácil de existência é exatamente a arte.


Autor: Robson Stigar


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