O que devora



O que anda me devorando não sei,
Mas percebo diariamente que algo me tira pedaços.
Ontem foram meus olhos, hoje a boca.
Amanhã o que vai ser?

O que anda me matando é desconhecido.
Essa metáfora me assusta.
A redoma que me prende não me permite agir...
Por causa dela estou morrendo por falta de mim.

O lusco-fusco vai chegando aqui perto,
E é nessa hora que me arrancam partes.
Tudo permanece estável...
Mas daqui a pouco o reboliço começa!

Passou e foi embora...
O que agora me tirou o coração é embaçado.
Não o vejo, nem o sinto mais.
Mas fiquei sem coração, fiquei sem nada, sem mim.
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