Verso Eterno



Para você que é minha menina de olhar radiante,

E que tem um sorriso lindo de se receber,

Aquele com o qual me brinda,

As vezes mesmo sem eu merecer,

Hoje venho mais uma vez declarar o meu amor.

Amor esquisito, talvez você ache,

Feito de tantas tristezas de parte a parte.

Mas hoje está assim embolado,

Preso na garganta, soluço engasgado.

Hoje é apenas mais um dia, alguém diria. Um daqueles que desfia comprido, modorrento, sem cor, sem cheiro, sem sabor, e que vamos nos acostumando a viver pacientemente, esquecendo os sonhos, morrendo devagarzinho. Mais um dia sem vida verdadeira, sem uma razão determinada, sem sentido. Um dia vazio. Um dia de saudade, de falta de contato com que se ama, um dia sem luz, sem chama. Mais um dia sem um carinho, sem um abraço, sem um beijo, sem nem mesmo uma palavra de quem é a razão de ser de nossa vida. Um dia triste.

Eu sei que já fiz isso muitas vezes,

Talvez até enchido tua paciência.

Mas o que fazer se as palavras não calam

Neste coração que sente a tua falta como se fosse o ar que respiro.

Minha menina grande e que tem a cor do chocolate...

Grande menina, amiga e guerreira, grande companheira.

Talvez eu nunca venha a merecer, mas te quero mesmo assim, de qualquer maneira.

Ah, minha menina cor de chocolate! Doce e embriagante, que vicia, que se lambe, se morde, se chupa de olhos fechados de tão gostoso... De mente brilhante, reta e prática, que tem medo do amor que não controla. A quem deixo triste sem perceber. A quem desejo tanto ter como companheira de todos os dias, de todas as horas. Ah, menina. Como desejo partilhar tua cama, teu café, teu colo, tua arte, tua inteligência, tua grandeza de espírito, tua paciência. Ah, menina como te preciso, quanto te quero. Quanto te peço, como te espero!

Somente peço neste dia triste, sem emoção,

Que me receba assim menina, de coração.

Que me faça feliz! Esqueça teu medo, tua razão.

Que venha linda, que venha nua. De corpo e de alma.

Que me traga teu corpo, teu sopro de vida, tua paz, tua calma.

Que seja o calor que aquece minha noite escura de inverno

Que seja todos os dias a minha deusa, minha musa, meu verso eterno...


Autor: Ailton Ferreira


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