ORIENTAÇÃO DE ENFERMAGEM AO PACIENTE DEPRESSIVO



O número de pacientes que apresentam sintomas dessa enfermidade está aumentando igualando ao número de casos de hipertensão arterial e infecções respitória que ao contrário não costumam serem diagnosticadas e sendo sub-tratadas; A qualidade de vida afetada de forma brusca que relaciona desde o ambiente afetivo até o social, além de 60% dos suicidas possuírem traços depressivos; Pacientes do sexo feminino são alvos mais freqüentes que os homens principalmente os indivíduos que sofrem pressão social, problemas de ordem psicológica, em depressão pós-parto.
Existe recorrência da doença em quase 100% dos casos, uma vez que em casos leves ou moderados poderá ser utilizada a Psicoterapia, mesmo esta sendo uma técnica lenta e imprevisível, com tratamento medicamentoso é mais eficaz, porém existe um abuso nos Benzodiazepínicos que são tarjas pretas o que conduz o paciente a dependência e não resolve o problema de depressão, pois apenas possui características ansiolíticas para o relaxamento indicado em transtornos e síndromes de ansiedade, pânico em pacientes que já são depressivos, o mais indicado seria o antidepressivo que além de serem tarjas vermelha que não deixa dependência, podendo ser comparado a medicamento de hipertensão arterial sistêmica e atuam de fato na inibição da receptação de Serotonina (tricíclicos), o que traria de fato a solução do problema da depressão, mesmo sendo um tratamento prolongada de seis meses a dois anos e manutenção periódico e com não tratamento ocorre a cronificação do problema sendo muito mais difícil o controle da mesma.
Atualmente os inibidores de recaptação de serotonina são utilizados para tratar: distúrbio psiquiátrico como depressão, ansiedade, bulimia, estresse pós-traumático, obsessão compulsiva e outros. São medicamentos bem tolerantes, porém não podem ser interrompidos entre a segunda e há quarta semana alguns pacientes não sentem melhoras nenhuma, mas a partir sentirão melhoras significativas e quanto mais rápidas for excretada a medicação maior a probabilidade de surgir novamente à síndrome nos casos dos medicamentos a base de fluoxetina (Prozac, Daforin, Eufor), paroxetina (Aroprax) e sertralina (Zoloft) que se tem meia-vida de dois a três dias, atrasando por ventura até os sintomas de abstinência após o tratamento.
O papel do Enfermeiro é de suma importância é iniciada na própria triagem (atenção primária básica-PSF) em um conjunto de sintomas clínico típico da depressão: estado deprimido, anedônia, sensação de culpa excessiva, inutilidade, dificuldade de concentração, fadiga, perda de energia, distúrbio do sono, problemas psicomotores, perda ou peso de ganho rápido, idéias de suicídio; Além de analisar fatores pré dispontes para a depressão: história familiar, sexo feminino, idade avançada ou idade precoce (antes dos vinte anos a medicação a ser tomada deve ser vitalícia), episódios anteriores de depressão, parto recente, drogas (principalmente o crack).
Após a descoberta do problema deve-se encaixar o paciente em uma das fases: aguda, de continuidade ou manutenção, na fase aguda dura 6 a 12 semanas com sintomas e geralmente 70% recuperam-se e o tratamento é reavaliado; na fase de continuidade a medicação dever ser administrada por quatro a nove meses a partir do fim dos sintomas da fase aguda (20% a 40% recuperam-se), na fase de manutenção não existe duração definida, os sintomas não desaparecerão nas primeiras quatro semanas, surgirá se não tomadas corretamente síndromes de abstinência de características psiquiátricas, neurológicos (motores), gastrointestinais e somáticos, sendo tudo orientado e informado pelo profissional de enfermagem.
Dando continuidade ao processo deve ser indagado com o paciente se existe a vontade do suicídio, isso não o induzirá, pelo contrário servirá para o profissional alertar a família e orientá-los devidamente a observação continua no paciente para ele não consumar o fato. Logo após indicá-lo a um profissional médico psiquiátrico que prescreverá a medicação e posologia, novamente o Enfermeiro o orienta a quantidades ingeridas, reações adversas, duração do tratamento que pode durar de seis meses a dois anos e que os benefícios do tratamento pode levar até seis semanas para torna-se aparente. A reavaliação deve ser periódica.


Autor: Juliana Kelly Nogueira Pinheiro


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