Aula de cidadania de alunos do Luiz Campo Dall´Orto




*Edson Silva

Pessimistas dizem que tudo é utopia, otimistas nada dizem, fazem e fazendo constroem o mundo melhor. Por isso, não canso de acreditar no ser humano e mesmo num mundo que muitas vezes só espera a próxima tragédia para dizer que nada o surpreende, eu digo: a raça humana me surpreende sim e de maneira positiva. Digo isso para relatar a mais pura aula de cidadania que Deus me permitiu presenciar e mais uma vez em Sumaré, desta vez na escola Luiz Campo Dall´Orto Sobrinho.

Na Sabatina com candidatos a Deputados Estaduais, dia 17 de agosto, tivemos o privilégio de constatar o comportamento consciente e respeitoso dos alunos, a maioria adolescentes que votará pela primeira vez, e do público em geral, como alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de pais de alunos e moradores das imediações da escola, no bairro Dall´Orto. Os esmeros como a direção da escola, professores e funcionários trataram evento tão importante para a Democracia são algo a destacar.

Tivemos a felicidade de estar no local na condição de assessor de um dos candidatos, aliás, os candidatos e assessores também se mantiveram no patamar da cordialidade e do respeito mútuo, tal como exigia a verdadeira aula de civismo, na qual todos puderam aprender um pouco. Vimos na ocasião o tamanho da dívida que nosso Estado, o mais rico da Federação, tem para com a Educação. Ali estavam alunos e funcionários de uma escola pública, que se mostraram verdadeiras pedras preciosas para serem lapidadas. As perguntas inteligentes, capazes de aguçar o pensamento, indicaram o desejo dos que buscam boas transformações sociais.

Se contar o tempo desde a quinta-série, quando eu redigia e desenhava as fotos a mão dos primeiros jornais para colegas de Ginásio, tenho 34 dos meus 48 anos de vida de jornalismo nas veias e mesmo assim, graças a Deus, não me tornei um ser incapaz de me surpreender positivamente com nossa raça humana. Por isso, o ato de cidadania na escola Luiz Campo (que completará 31 anos) me emocionou, pois durante tanto tempo o povo sequer teve direito de se reunir numa escola, quanto mais para falar de política.

Não teve como não lembrar o poeta Vandré e então caminhar, cantar, seguir a canção e na aula de pura cidadania novamente aprender e ensinar uma nova lição: "... vem vamos embora que esperar não é saber, quem sabe faz a hora não espera acontecer..."


*Edson Silva, 48 anos, assessor de imprensa na cidade de Sumaré
[email protected]

Autor: Edson Terto Da Silva


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