Breve reflexão sobre o conceito da colocação, um estudo contrastivo de uso: Português- árabe .





Instituição: Universidade Mohammed V Rabat- Marrocos




Breve reflexão sobre o conceito da colocação, um estudo contrastivo de uso: Português- árabe .




Lahcen EL MOUTAQI
Doutorando
[email protected]

Orientador
Okab Abdessalam


Resumo

Por percebemos que os estudantes demonstram uma certa preocupação ao enfrentarem um texto ou um diálogo levantamos a hipótese de que a conscientização sobre a existência de um léxico composto por unidades maiores do que uma palavra, poderia ser um instrumento para minimizar essa preocupação, com vista à aprendizagem e aquisição da segunda língua. Para testar essa hipótese, foi feito um experimento na classe de aula de língua portuguesa para os estudantes árabes. O experimento baseou-se, principalmente, na observação do comportamento dos alunos diante da leitura de vários textos e diálogos com colocações referenciais - um tipo de unidade lexical maior do que uma palavra ? e uma produção de textos, escritos em língua portuguesa, bem como o experimento sobre as colocações que levou um certo tempo para descrever a idéia principal. Tratando-se de um exercício realizado como um processo de aprendizagem em classe, frisando o papel da conscientização acerca dessas unidades lexicais. O que poderia melhorar a habilidade de leitura e aquisição, tendo em vista minimizar a preocupação, diante do modo de aprendizagem das colocações portuguesas.

Palavras-chave: Tipo de colocação, Aprendizagem de colocações, percepção dos estudantes, contraste de uso, perspectivas sincrônicas e diacrônicas, assimilação e aquisição das colocações.

Abstract
This work analyses the evolution of collocation conception in relation to ways to get and to consder of the students?ideas. This study too aims at the acquisition of collocation for students Arabs, both Arabs and Portuguese for beginners. This experiment is based on observation in the class and the arabics students involved same efforts to acquisition of collocations.

This restlessness of the students as to contrast it is between the Arabic and Portuguese reason why we try to motivate students in learning in both languages colocations. To explain this complex linguistic phenomenon, we analyze illustrations and explanations the situations of use.
.

Keywords: Types of colocation occurring, students' perceptions, contrast use, perspective synchronic and diachronic, assimilation and acquisition of colocation.

Introdução

Este trabalho é resultado de uma inquietação resultante da minha experiência como professor de língua portuguesa para árabes. Tenho percebido que ler um diálogo ou um texto retirado do livro de português muitas vezes preocupa o iniciante desta língua. Essa preocupação decorre da atitude do estudante diante das expressões e das colocações defrontadas pela primeira vez. Nesse sentido os conceitos foram abordados. Trata de uma preocupação que decorre do significado das colocações e do uso, bem como da motivação para a aprendizagem no âmbito da língua.
Averiguar as causas dessa preocupação não é, no entanto, nosso objetivo. Ainda assim, parece pertinente lembrar que há fatores psicológicos que afetam o processo de aprendizagem e aquisição de uma língua estrangeira.
Enfim, seguimos a hipótese de que quando os futuros estudantes arabofonos são orientados em direção dos processos de reconstrução e formação das colocações, bem como do saber implícito que sustenta ( o modelo tradicional do ensino), submetendo-os a um contraste significativo e funcional com abordagens e conhecimentos teóricos e experiências coerentes, com base nos resultados da investigação educativa que revela modelos didáticos mais conscientes, complexos e avançados e que sustentam uma pratica real profissionalizada do ensino das colocações.
Sendo assim, nos propusemos a investigar qual é a evolução das concepções dos futuros estudantes sobre a natureza e a forma de conhecer as colocações durante um processo formativo investigativo, e dentro deste problema, conhecer melhor as respostas à pergunta:
- quais as características dos questionários que os arabofonos utilizam para assimilar a natureza das colocações e as formas propostas?
- A estratégia formativa investigada promove uma evolução inicial das concepções colocacionais para com os futuros estudantes do português, aqueles que se preocupam com a natureza do fenômeno e quanto aos critérios do fenômeno no âmbito do ensino das colocações?

1- Marco de referencia
Ellis (19920: 100), por exemplo, fala de fatores pessoais e fatores gerais, os quais, por sua vez, têm aspectos sociais, cognitivos e afetivos. Os fatores pessoais abarcam as características peculiares de cada individuo para aprender uma segunda língua, enquanto os fatores gerais são características presentes em todos os aprendizes, havendo os fatores gerais ( como a motivação) e os não modificáveis ( como a aptidão).
Os aspectos sociais, segundo Ellis, são externos ao aprendiz e envolvem a relação entre ele ( o aprendiz) e outros falantes. Já que os primeiros dizem respeito à natureza das estratégias empregadas pelo aprendiz para resolver problemas, enquanto os últimos abrangem as respostas emocionais resultantes das tentativas de aprender uma segunda língua.
Como se vê, o processo de aprendizagem e aquisição de uma língua estrangeira envolve várias questões psicológicas.
Sem entrar nessas questões e procurar desvendar o problema, nossa preocupação é tentar delimitar essa situação, tornando o aluno mais confiante ao enfrentar o vocabulário de um texto ou um diálogo com as colocações.
O que temos observado é que o escopo do tempo vocabulário parece ser maior do que conhecer as palavras, pois em um texto há grupos de palavras cujo significado não resulta sempre da soma dos significados das palavras que formam esses grupos. Cada grupo representa uma unidade lexical. Por exemplo, em português, ?saber de cor? secretaria eletrônica?, "prestar contas", ou em árabe, "al hifd *9DE", "tasgil al Eliktronic ',G'2 'D1/'", "rud Balk "'DE3'!D)". Conseqüentemente, conhecer as palavras de um texto pode não ser suficiente para lê-lo, isto é, compreendê-lo em sua inteireza.
Ler o texto implicaria decompô-lo, não em palavras, mas em unidades lexicais significativas, unidades essas muitas vezes formadas por mais de uma palavra. Enfrentar um texto não seria, então, enfrentar o vocabulário enxergando palavras isoladas, mas enfrentar o vocabulário enxergando unidades lexicais.
Tomamos a noção enxergar na acepção que ela tem no provérbio "Some people cannot see the worod for the trees,," que se traduz de acordo com Streinberg (1985: 87) por:" algumas pessoas não enxergam o bosque por causa das árvores". Em outras palavras, muitos alunos enxergam palavras ? as árvores ? , mas não enxergam unidades maiores, iso é, o todo ? o bosque.
Com o objetivo de entender esse complexo vocabulário com que os alunos parecem se preocupar, este trabalho vai se concentrar na noção de léxico ou vocabulário que acreditamos deva permear o ensino e a aprendizagem de um estrangeiro. Essa noção inclui, a grosso modo, unidades lexicais, umas formadas por uma só palavra e outras pela combinação de múltiplas palavras.
Dentro dessa noção, este trabalho vai se concentrar basicamente em um tipo de combinação, que chamamos de colocação. As colocações configuram-se como grupos em que duas ou mais palavras co ocorrem tendo por função explicar ou definir uma situação dada em classe de aula.
" Substantivo é a palavra com que designamos ou nomeamos os seres em geral"( Cunha & Cintra, 1985: 171).
Veja a seguir um exemplo ilustrativo envolvendo as colocações ensinadas objeto do serviço financeiro. Tratando de colocação denominadora de uso para português e árabe:

Conta bancaria ( Hissab banki )
Conta corrente ( hissab jarí)
Conta poupança ( dajr)
Bolsa de valores ( Alborça)
Carteira de motorista ( rogsat Alçiaqa)
Sexta feira santa ( jumuaa mukadassa)
('FCI 'D-3'(
-3'( ,'1
-3'( 'D*HAJ1
'D(H15)
1.5) 'DBJ'/)
'D,E9) 'DEB/3
Nos três primeiros exemplos, em árabe, observa-se que a palavra conta corrente co ocorre ? ocorre juntamente ? com as palavras Banco, em português, do mesmo em árabe (hissab jari), mas para efeito de aprendizagem necessita mais de esforços para a memorização, coincidentemente, a língua francesa ajuda neste sentido como língua segunda, depois do árabe em termos de referência ( compte courant).
No segundo bloco observamos as colocações em árabe, elas traduzem-se para o português, porém não de forma literal.
Os exemplos ilustram a possibilidade de uma colocação corresponder na outra língua a uma única palavra, demonstrando que uma colocação nem sempre se traduz por outra colocação, exemplo bombeiros ou ( proteção civil) em árabe ( Rijal al Matafi) ou ( Al Wikaia Al Madania) ( 1,'D 'D'7A'! #H 'DE/FJ))
Cada uma dessas co ocorrências ? combinações de palavras ? forma uma unidade lexical que, como veremos ao longo deste trabalho, deve ser percebida e, eventualmente, aprendida ou adquirida pelo aluno como um todo para que ele a recupere como tal de sua memória quando se deparara com ela ou quando precisar mencionar o referente em questão.
Os termos aprendidos e adquiridos baseiam-se nos termos, aprendizagem e aquisição, que podem ser sinônimos, segundo Ellis, se definidos como a " internalização das regras e fórmulas que são usadas para se comunicar na língua estrangeira" (Ellis, 1992:292). Ellis acrescenta que " no entanto, Krashen (1981) usa esses termos com significados diferentes. Para Krashen, a aquisição consiste no processo espontâneo de internalização das regras que resultam do uso natural da língua, enquanto a aprendizagem consiste no desenvolvimento consciente do conhecimento de uma segunda língua através do estudo formal" ( Ellis, 1992: 292)
Assim, aprendemos uma língua ao estudá-la consciente e intencionalmente. Podemos, no entanto, jamais estudar essa língua e ainda assim adquiri-la, se, por exemplo, vivemos em uma comunidade que use essa língua diariamente.
A sala de aula é, portanto, um espaço formal de aprendizagem que pode gerar a aquisição da língua estudada.
No caso de enfrentar o vocabulário de um texto ou de um diálogo, quer em sala de aula, quer fora dela, o aluno se depara com unidades lexicais maiores do que uma palavra , se conhecidas, elas facilitam a leitura, pois ele as reconhece prontamente como blocos, como pedaços independentes praticamente indivisíveis. Temos percebido que enxergar esses grupos lexicais torna-se uma prioridade no ensino e na aprendizagem de uma língua estrangeira.
Dentro dessa preocupação com o vocabulário, aqui entendido como sinônimo de léxico, nosso estudo das colocações apóia-se em uma abordagem lexical. De acordo com a qual o ensino da língua pressupõe que se perceba esta como formada por unidades lexicais estocadas na memória do usuário e recuperadas quando ele quiser se comunicar. As unidades seriam recuperadas como bloco único e não criado a cada novo ato de comunicação.
Assim, pretendemos investigar as colocações no processo de ensino e aprendizagem de uma segunda língua, na esperança de que a visibilidade desses itens lexicais possam nos levar a preparar um Manual escolar capaz de ajudar na aquisição e aprendizagem das colocações. As quais pretendemos explorar e aprofundar, com vista a facilitar o uso e ensino das colocações na língua portuguesa, com base nas situações objeto da vida cotidiana do arabofono, em particular.

2- Conceito de colocação

O conceito de colocação é utilizado em lingüística com dois sentidos diferentes:
a) combinação frequente, preferencial ou usual de palavras (nomeadamente substantivo + adjetivo e verbo + substantivo); ou
b) combinação aparentemente livre de palavras, gerada a partir das regras da língua, mas onde se encontra qualquer tipo de restrição lexical determinada pela norma.

Primeiro o termo foi usado pela primeira vez por J. R. Firth em 1957 e é usado freqüentemente na lexicologia inglesa de Halliday. Designa combinações freqüentes de unidades lexicais fixadas na norma ou uma combinação de palavras que se distingue pela sua alta utilização, como desejar ardentemente, etc., primeiros socorros ( 'DD%39'A'* 'D#HDJ) ) não pode ser traduzido literalmente o que motiva que este tipo de construção seja catalogado como sendo unidade semi-idiomática.

E conforme uma colocação (ou semi-frasema), que funciona como combinação, pois os critérios elaborados e aplicados estão em função do quadro teórico e do domínio prático, dos quais o fenômeno se situa. Para repercussão, as condições necessárias retidas influenciam sobre os parâmetros definidos entrando na definição da colocação motivada, o que provoca uma variação de definições do conceito de acordo com as abordagens e as questões iniciadas segundo:

Berman (1995) que considera que o conceito da colocação deve apoiar sua produção em dois momentos fundamentais, a experiência e a reflexão, o primeiro é a leitura que o aluno realiza da cultura da língua fonte para interpretar o conteúdo e a forma da colocação a ser transposta e o segundo passo, é da reflexão, da análise que procura o mínimo de perdas semânticas e formais possíveis, superando assim os parâmetros tradicionais da teoria e da prática.

Assim os autores que utilizaram inicialmente a noção de colocação foram da língua inglesa ? Firth (1957), Sinclair (1991) ? tal conceito foi aplicada pela primeira vez em pesquisas lingüísticas nos textos espanhóis por ( Seco) (1978), Sinclair (1991) e Alfonso Ramos (2001). Em relação a esses últimos o significado de uma colocação envolve o principio de livre escolha e o princípio idiomático.

O primeiro considera ainda que a colocação como resultado de um grande número de escolhas complexas, onde a única restrição é a gramaticidade. O segundo considera que o usuário de uma língua tem ao seu dispor um grande número de construções pré-fabricadas e cada uma constitui uma unidade e escolha única.

Além do conhecimento gramatical, que permite produzir textos compostos, é necessário compreender um elenco de construções pré-fabricadas que,potencialmente, será empregado no texto, cada uma como unidade léxica diferente.

Para Partington (1998), uma colocação não é considerada como a simples soma de palavras num determinado contexto, mas sim a soma de unidades léxicas qual for o seu tamanho, isso significa ser um usuário da língua estrangeira menos capacitado.

Pois a colocação pré-fabricada deveria ser menos comum, já que não existem restrições de tempo tão rígidas, mas nos gêneros da forma escrita expressões pré-construídas são consideradas como elementos vitais.

Para isso tratamos de apresentar um quadro muito geral da classificação semântica, traduzindo o conceito colocacional. Tal conceito é visto pelo lado da sua plulilexicabilidade, tanto fixidez e em relação a composicionalidade como semântica e expressiva. ( Tchobanova, 2004)

Pois as colocações possuem certo grau de restrições combinatórias e determinadas pelo uso Elas são interpretadas como unidades estáveis e pré-fabricadas no sistema da língua.

Lembrando neste sentido as locuções como um tipo de colocação que expressam uma forma interna e uma unidade de significação, elas não são enunciadas completas, geralmente funcionam como elementos oracionais e têm muitos pontos em comum com as demais colocações.

Quanto ao caráter evolutivo, nossa estrutura do desenvolvimento das colocações esperadas é gradual, como indicam os exemplos encontrados e levantados na sala de aula. Envolvendo assim locuções nominais e verbais, no sistema fraseológico que geram algum tipo de unidades e para as quais não existem uma resposta única e rotineira em relação às características consideradas na analise destas dimensões ( quadro 1), apresentando as combinações contrastivas do ponto de vista lingüística entre o português e o árabe, muito diferente entre si e que sofre modificações tanto semântico como sintáxico.

Quadro 1- colocações
Fonte: Corpas Pastor (1995)

Situação Português Árabe
Verbo+preposição+substantivo Declarar-se um incêndio '9DF 'DF'1
Adjetivo/substantivo+substantivo Momento crucial, visita relâmpago 'DHB* 'D-'3E
- 2J'1) .'7A)
Substantivo+preposição+substantivo Banco de peças E.2HF B79 :J'1
Verbo+advérbio+adjetivo nega terminantemente 1A6 1A6' B'79'
Adjetivo+advérbio Oposto diametralmente 'D9C3 *E'E'


Quadro 2- locuções
Fonte: Corpas Pastor (1995)


Situação Português Árabe
Locuções nominais

Moscas mortas, panos de lágrimas, o que diriam; 'D0('( 'DEJ* EF/JD 'D/EH9
H9DI E' JBHDHF
Locuções adjetivas Corrente e molemente, mais católico que o Papa,
de quebras e lágrimas H'D7-HF) 'D-'DJ)
#C+1 C'+HDJCJ) EF 'D('('

AH'5D H'D/EH9 - *B'79 H'D/EH9
Locuções adverbais Gota a gota, derramando B71) B71) H3C(
Locuções verbais Estava indo
Começa a falar CF* 0'G('
(/#* AJ 'DCD'E
Locuções prepositivas Graças a, embora que, bem que D#FG 9DI 'D1:E EF
Locuções conjuntivas desde que, uma vez que EF0 0DC 'D-JF EF0 0DC 'D-JF
Locuções causais Porque, pois que, porquanto, já que D#FG, E'0'. EF0 0DC 'D-JF


Quadro 3- Enunciados fraseológicas
Situação Português Árabe
Provérbios A ambição cerra o coração 7EH- J:DB 'DBD(
nomeações Médico, jornalista, professor 7(J( H5-AJ HE/13
Fórmulas de rotina Até logo, olá! -*I 0DC 'D-JF E1-('
Fórmulas de transição Para isso, vou D0DC H#F'
Fórmulas expressiva de desculpa Sinto muito "3A
Fórmula expressiva de consentimento Já o creio F9*B/ ('DA9D
Fórmula expressiva de recusa Nem fala D' J*CDE
Fórmula de agradecimento Obrigado
Que Deus lhe pague
gentileza 4C1'
D7A
Fórmula expressiva de solidariedade O que se leve a fazer #F' E9C
Fórmulas de promessa e amenaza Já te apanharei H3HA #3'9/C
Fórmula diretiva de exortação Largo de aqui GF' B('D
Fórmula diretiva de informação Tu dirás 3HA #BHD DCE
Fórmula diretiva de animo Não é, portanto, HD0DC DJ3
Fórmula de ritual de saudar Que Deus abençoe ('1C 'DDG
Fórmula ritual de despedida Cumprimento atentamente ou atenciosamente 9F'J)
(3E'-)



3-Classificação semântica

Em relação ao aspecto semântico, as colocações se caracterizam por apresentar casos peculiares, o que se supor que, dentro do marco do ensinamento da segunda língua, as colocações reflitam uma série de dificuldades, seja no modo da codificação, resultado das transparentes ou na decodificação ( corpas 1996; 81). Como sinala Marta Higueras:

( Precisamente porque son transparentes y suelen estar integradas por palabras conocidas, pasan desapercibidas para el alumno).

Isso quer dizer que um falante nativo, com um alto nível da língua, pode apresentar um tipo de colocação como por exemplo ? fazer uma conversação, no lugar de "manter uma conversação" . Essa característica é fundamental para mostrar o nível do desafio para o aprendiz. Aquele que se defronta com a particularidade de uso da língua. Isso traduz a importância da memorização ou da repetição no processo de aquisição e compreensão semântica da língua.

Isso torna o estudante hábil diante do tipo de colocação, capacitando o estudante diante do critério de classificação tanto para sua apreensão, como para sua manutenção dentro do contexto de aprendizagem. Isso ajuda na prenunciação e no uso diante das definições e das classificações do problema encontrado no domínio das colocações.






4- Classificação de Charles Bally ( 1909)

O primeiro linguista que faz uma classificação dos fraseologismos, do ponto de vista estilístico e semântico, é o cientista suíço Charles Bally, aluno de Ferdinand de Saussure, o fundador da linguística moderna. No seu livro " Traité de Stylistique Française ( 1909), tratando de dois casos de combinação de palavras. As combinações livres e as combinações indecomponíveis, em árabe se fala em agrupamento livres e agrupamento indecomponíveis.

Por um lado, as combinações-livres decompõem-se imediatamente depois da sua formação e as palavras que as constituem, ficam livres para entrar em novas combinações. Estas combinações de palavras são temporárias, ocasionais e instáveis.

Por outro lado, as unidades indecomponíveis são combinações estáveis. Envolvendo palavras que as constituem, elas estão em relação estreita para exprimir determinada idéia, elas perdem a sua independência, tornam-se inseparáveis e têm significados só ligadas, ou seja, em conjunto ((Imediatamente /mais rápido) (fr. tout de suíte): ( árabe: (ala Alfaur) (H9DI 'DAH1) (-1'1) .'FB) / 3'-B / 'DE/'1J))

Entre estes dois casos extremos, situam-se muitos casos intermédios, que são difíceis de classificar. Entre estes destacam-se vários grupos.

- Série fraseológica ou agrupamentos usuais (fr, séries phraseologiques ou groupements usuels) ( gravement malade, intimement lié, diametralmente opposé) (AJ -'D) 5-J) -1,) '1*('7' H+JB' 'D9C3*E'E' )

- Unidades fraseológicas ( cf. em fr, avoir lieu, em port. Ter lugar "
realizar-se, efetuar-se, ter cabimento", o significado individual das palavras perde-se. As palavras formam uma unidade indestrutível. Nesta combinação o significado do todo não é igual à soma dos significados dos elementos. O significado é qualitativamente novo, resultado da combinação química entre as palavras. Pois a coesão entre as palavras é absoluta. Tal programa é difícil porque traduz a preocupação do arabofono iniciante do português. Percebendo a forte carência da linguagem e a forma inquietante de lidar com a colocação.

As séries fraseológicas introduzidas são definidas como combinações de palavras das quais a coesão entre as palavras é relativamente livre. Tratando de séries fraseológicas. Onde Charles Bally apresenta os seguintes grupos:

- Agrupamentos fraseológicos com determinantes de intensidade ( série d?intensité) ( cf Calor sufocante / esmagadora/ tropical). Neste caso, observa-se que cada um dos adjetivos tem um significado de intensidade, ou seja, designa o alto grau do conceito de "calor" ( conceito de motivação na lingüística)

- Perífrases de verbos simples (perífrases verbais)
Sabemos que quase todos os verbos simples têm como correto uma expressão composta: geralmente, esta expressão contém um substantivo que deriva do mesmo radical ( em fr. Vaincre ? remporter une victoire, decider ? prendre une decision, em port : perguntar ? fazer uma pergunta, responder ? dar uma resposta, beijar ? dar um beijo , anotar ? tomar nota, berrar ? dar um berro, decidir ? tomar uma decisão , etc )

Diante dos conceitos de série fraseológicas e unidades fraseológicas, Charles Bally destaca as diferenças entre esses fenômenos do ponto de vista estilístico.

O uso excessivo de grupos fraseológicos ou estereotipados é um indício da falta de originalidade no estilo. O estilo pessoal, criativo, evita os grupos fraseológicos banais , evita os clichês. Pelo contrario, o uso de unidades fraseológicas não afeta a expressividade do estilo. Elas imprimem ao texto maior significado emocional e expressivo.

Na classificação de Charles Bally lembramos o estudo dos tipos polares de combinação de palavras ( combinações indecomponíveis e combinações temporárias), sublinhando as categorias intermédias ou estereotipadas que são menos definidas. Sendo que a abordagem da fraseologia é sincrônica ela enquadra-se nitidamente no modelo estruturalista de analise. Tendo o mérito de ser a primeira classificação estilística-semântica da fraseologia.


5- A Classificação de Vinogradov, V. V. (Viktor Vladimirovich) 1895-1969

Outra classificação semântica que merece destaque, é a classificação de V. V Vingradov, fundador da primeira escola russa de fraseologia. As suas concepções sobre a fraseológica estão expostas em vários artigos publicados no período 1947 -1947, e sobretudo no artigo «acerca dos tipos principais de unidades fraseológicas na língua russa», que data de 1947, o autor apresenta uma característica detalhada da estrutura semântica da unidade fraseológica e traça os principais fundamentos para a sua classificação .

Isso nos ajuda para estabelece o critério no qual se assenta esta classificação. Lembrando a correlação existente entre o significado do fraseologismo e o significado das palavras que o constituem.

Segundo esta tipologia as colocações dividem-se em três grupos principais: fusões fraseológicas, unidades fraseológicas e combinatórias fraseológicas. (3DH(J 'F/E', - HH-/'* #3DH(J - *1CJ('* )

A fusão fraseológica ( ou idiomatismo) caracteriza-se por ser uma combinação de palavras na qual o significado do fraseologismo não tem nada a ver com o significado das palavras que o constituem. Motivar o significado porque ele é tão convencional e arbitrário como o significado da palavra simples. Na fusão fraseológica, a indivisibilidade semântica é obrigatória, tal indivisibilidade gramatical é considerada como facultativa. Em português, podem apresentar-se os idiomatismos como " bater as botas" que significa ( falecer, morrer), "tirar o cavalo ou cavalinho da chuva" , ( desistir de um intento), "meter os pés pelas mãos", atrapalhar-se, confundir-se, contradizer, mentir) ...

Reforçando a idéia que tal aprendizagem desta formulas envolve o estudante na compreensão do valor literário e da consciência natural do fator lingüístico.

É freqüente nas fusões fraseológicas, aparecerem palavras que já não se usam, ou arcaísmos gramaticais, como (alcaide origem árabe ) ( preito ou equivalente ) mas estes arcaísmos, lexicais ou sintáticos, não são sinônimos de fusão.

O traço principal da fusão fraseológica é a sua indivisibilidade semântica, traduz a impossibilidade absoluta de deduzir o significado do fraseologismo com base no significado dos seus constituintes. Eles perdem por completo a sua indivisibilidade e dissolvem-se no significado global. Este aspecto busca oportunizar os primeiros passos do colocado em direção a uma postura reflexiva, critica, aberta à mudança mas através de situações e problemas significativos para os estudantes.

Na Unidade fraseológica termos divisibilidade semântica e maior independência dos constituintes. O significado da unidade fraseológica está relacionado com o significado potencial dos constituintes. Exemplo dos tipos de fraseologismos que podem apresentar-se na forma de expressões portuguesas " remar" " contra a corrente", "cruzar os braços" ( não fazer nada, deixar correr, ficar ocioso," dar a língua" ( falar muito, ser indiscreto)," perder a cabeça" ( perder a calma, enervar-se). (,DH3 - 1(9 'D#J/J -- ' *A9D 4J&' *1C JCHF .'ED' %DI 'DD:) ('DCD'E 'DC+J1 )

São unidades com forte colorido expressivo e de compreensão que está relacionada com a compreensão da imagem interna, com o significado potencial das palavras que formam a unidade. Tal preocupação revela apesar do consenso de que o aluno não pode ser considerado nulo, isso modifica o modo de encarar o processo de ensino e aprendizagem diante das situações figurativas e complexas e da crença ( Lopes, 1999).

Ai entre o significado da colocação global e o significado dos constituintes há certa motivação, mas muito ligeira, que apenas se capta. As unidades fraseológicas são equivalentes potenciais da palavra.

Este grupo, em qualquer língua, é consideravelmente mais extenso do que o grupo das fusões fraseológicas.

Nestes termos que envolvemos V. V. Vinogradov nos termos compostos do tipo democracia partidária, jornal vespertino, (-2( 'D/JEB1'7J)- 'D1#J 'D9'E - 9D'E) '3*AG'E - 5-JA) 'DE3'! ) ponto de interrogação, opinião pública, etc, esses tipos de colocações objeto das locuções preposicionais e conjuncionais consideradas forma de transição lingüística citando: em direção a , por causa de, mesmo que, apesar de que, ao mesmo tempo que, etc.

O terceiro grupo de fraseologismos na classificação de Vinogradov é a combinação fraseológica que representa uma combinação usual entre os elementos e que se pode ilustrar com exemplos do português e árabe via exemplos decorrente como assunto delicado, situação delicada, circunstância delicada, etc. O adjetivo delicado combina-se com um circulo restrito de substantivos, por exemplo, não é possível dizer "pensamento delicado", "intenção delicada", etc ( não se disse) do mesmo em árabe, ( 'DAC1 -3'3) -3'3) FJ)).

Em soma as combinações fraseológicas são grupos analíticos, a diferença das fusões fraseológicas e das unidades fraseológicasn e que elas são consideradas como grupos sintáticos. No caso das combinações fraseológicas o significado dos constituintes é de longe muito mais independente do que nos casos anteriores.

O objetivo deste explicação é feita para que o arabofono possa entender as combinações livres a simplicidade do que os outros fraseologismos. Por esta razão, consideramos que este último grupo de fato, não pertence ao grupo dos fraseologismos. Trata-se de colocações ou co-ocorrências lexicais restritas que põem de manifesto a propriedade das palavras para combinar-se com um círculo muito restrito de outras palavras. Este fenômeno indica que a liberdade de combinação entre as palavras é relativa.

A Classificação de V.V Vinogradov representa um passo mais na teoria das colocações. Em comparação com a tipologia de Chally. Esta classificação registra um avanço lento, mas indiscutível, no estudo da problemática da colocação. Os diferentes tipos de colocações estão mais caracterizadas e ilustradas com exemplos. Vinogradov desenvolve então o problema da liberdade relativa ou das restrições conforme a combinação das palavras na língua.


Por fim não fica muito nítida a fronteira entre as fusões das colocações e as unidades fraseológicas. Embora a diferença permanece no grau de sua motivação, e não se apresentam critérios para medir essa motivação.

Também se põe o problema da colocação dos termos compostos no grupo das unidades e não no grupo das combinações fraseológicas, tendo em conta a sua transparência e divisibilidade semântica.


6-Classificação de I Mel´Cuk ( 1974,1975,1995)

Outra classificação que merece a nossa atenção é a classificação das colocações ou frasemas, feita por Igov Mel´cuk, no quadro da Teoria Sentido-Texto ( 1974,1995, 1997). Esta tipologia também se baseia no grau de motivação do fraseologismo. Nesta classificação, em primeiro lugar, distingue-se entre co-ocorrentes livres e co-ocorrentes restritos. Por seu lado, os co-ocorrentes restritos dividem-se em frasemas completos, semi-frasemas e quase-frasemas,

O frasema completo é um tipo de frasema em que o resultado da combinação dos seus componentes não têm nada a ver com o significado dos elementos que o constituem.

O semi-frasema ou a colocação é um frasema que contém o significado de um dos seus constituintes, enquanto o outro constituinte adquire um outro significado ou, se permanece com o mesmo significado, ele não é escolhido livremente. Mais uma vez o conhecimento e a utilização didática das colocações dos alunos é uma das características que mais identifica um ensino construtivista, abordando a linguagem como aspecto investigado.

Neste caso da figura, o fenômeno idiomatismo das colocações dependem da cultura e do conhecimento linguístico.

O quase-frasema é outro tipo de frasema no qual o significado dos seus conseguintes é mantido e um outro significado imprevisível acrescentado ao sentido dos constituintes, tecnicamente isso estimula o ato de aprendizagem das colocações permite a mobilização do estudante partindo da sua experiência, uma previsão, ou uma ação simulada ou real .

Isto favorecerà um aprimoramento da proposta formativa através de um melhor ajuste entre atividades e níveis reais de evolução e poderá colaborar também com um maior conhecimento para dissipar o medo e a preocupação sobre a evolução do ensino das colocações e praticas da língua dos futuros estudantes, tema sobre o qual ainda existe, em nosso meio, carência de investigação de acompanhamento aprofundado. .



Considerações finais

Uma colocação além de ser um objeto de combinação e um esforço que se revela independentemente de seu criador para ser acolhido pelos ouvintes, possui um laço com a cultura revelando um traço idiossincrático que não envolve somente do nativo apenas o intuitivo do momento histórico e do modo de vida.

Após ver as principais associações de palavras que combinam levando ao estabelecimento de uma tipologia, diante da dificuldade de delimitar o fenômeno do ponto de vista do caráter da colocação. Sendo que o conhecimento da descrição da colocação em termos variáveis é essencial para a comunicação e aprendizagem do português como segunda língua. Este trabalho tem também como objetivo criar uma proposta de seleção e de tratamento destas associações nas situações de aprendizagem para os falantes árabes.

Cada uma das abordagens privilegiadas recorrendo a suas próprias tipologias necessárias para a definição e a conceitualização da categorização dos fenômenos observados. Seja a problemática aplicada à didática, à lexicologia, à lexicografia ou terminologia os objetivos convergem, pois o nosso objetivo é buscar estabelecer uma abordagem que envolva o conjunto dos fenômenos colocacionais. Permitindo que o próximo trabalho seja de colocar em dia as principais palavras inerentes à formação das colocações. Com base na questão do estudo de colocação numa situação contrastiva do português, tal como nossa hipótese de progressão supõe, ou seja, a superação da preocupação perante a concepção do fenômeno colocacional e diante da tarefa a envolver de forma produtiva, no qual se acredita que os futuros estudantes arabofonos possam evoluir.

















Referências

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Autor: Lahcen El Moutaqi


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