Sorria agora e depois chore as consequências



Sorria e depois chore as consequências
"Se os humoristas não podem mais fazer humor político, os políticos deveriam parar de fazer o povo de palhaço!!!!", afirma Andréia Pereira da Silva. "Nas escolas não ensinam nada sobre política, nem administração pública, mesmo assim os eleitores são obrigados a votar, os políticos estão soltos por aí ameaçando a segurança pública, e, além disso são os mais geradores de anedotas existentes no Brasil" reafirma Daniel Silva.
Pelo teor irado acima dá para notar que o povo está bronqueado com alguém. E não é propriamente com os humoristas, de quem os próprios políticos ? não todos ? "roubam a profissão" com aparições e bordões hilariantes. Fazem no, ou do, horário eleitoral gratuito um espetáculo, um verdadeiro show riso.
Tem algo de Mazzaropi aquele cara, que é candidato a deputado federal mas não sabe que serventia tem o cargo e, consequentemente, nem o que faz o portador do mesmo. Todavia, debilmente, faz um showzinho à parte ao pedir que votem nele. "O que é que faz um deputado federal". E o próprio responde: "Na realidade, eu não sei, mas vote em mim que eu te conto". Sem comentários.
Igual a ele, muitos outros querem ocupar uma cadeira na Câmara Federal, que já deu assento a gente da pior espécie como o assassino da motosserra e ex-deputado federal Hildebrando Pascoal, e não menos pior que ele, o construtor de obras com areia da praia e, também ex-deputado federal, Sérgio Naya. Um está na cadeia e outro no cemitério. Dois bons lugares para criminosos de alta periculosidade. Esses dois aí eram amantes do humor negro. Certo é que tem mais imprestáveis na Câmara dos Deputados ? não são todos. Aplicando o princípio da presunção de inocência ? beneficio da dúvida ? muitos ou alguns devem passar na peneira.
Voltando a piaba branca, ao "cara que não sabe, mas depois conta como é", vem à lembrança a história do fulano que passou um cheque branco pro cicrano e depois tomou nos cornos. Há quem goste da testa com uns enfeites estranhos, e quem goste de ter uma cabeça repleta de idéias.
Os do segundo plano riem da inconsistência da lei que ameaça penalizar os profissionais que vivem do humor, esquecendo de aplicá-la aos que forçam essa situação cômica, "usurpando o ofício dos que, hoje, ao invés de fazerem rir, "choram" sufocados por esse novo segmento da lei da mordaça. É de novo o Brasil reinventando novos conceitos de democracia, contradizendo o francês e general Charles de Gaulle, mostrando que esse é um país sério, onde é, terminantemente, proibido fazer humor com quem se diverte à custa do povo. Parabéns!!!
Em tempo ? Votem no "cara que não sabe, mas depois conta como é". Daqui a quatro anos eu escrevo se ele e vocês aprenderam alguma coisa!

Autor: Valmir Barros


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