Liberdade: busca ou realidade?



LIBERDADE: conceito pessoal ou coletivo?
Resenha a partir do artigo homônimo de Fernanda Carolina Vaz

Pode o homem ser livre? Mas em que consiste tal liberdade? Alguns diriam que liberdade é ausência de submissão, outros dirão que é autonomia do sujeito racional. De qualquer forma, a racionalidade serve de subsídio para que a Liberdade seja, senão uma realidade, mas uma busca.

De acordo com o artigo, temos que a Liberdade é defendida como um agir de acordo com as leis, com uma ressalva, a Liberdade pessoal ultrapassa as pressões da comunidade, dando-se assim a autonomia do "cada um".

Adentrando este abismo da Liberdade individual, com Sartre temos o homem livre e condenado a isso, já com Stuart Mill encontramos a Liberdade na individualidade do sujeito e, somente assim, este tira a busca do próprio bem à sua própria maneira. Contudo, temos uma questão, se a Liberdade apenas é dada de forma individual e cada um sabe de seu bem, será que a civilidade não faria com que homens livres sejam uma utopia? Safranski, de acordo com tal tema, nos introduz a ideia de que a Liberdade verdadeira não é vivida, e sim desejada. Pois a Liberdade é submetida a uma civilidade imposta para uma ordem coletiva. Sendo assim, a Liberdade apenas dá-se em pensamento e nunca em prática. Seria, então, a Liberdade algo que o sonho humano alimenta, pois de acordo com outros filósofos, como Kant, por exemplo, ser livre é ser autônomo, isto é, dar a si mesmo as regras a serem seguidas racionalmente; já em Spinoza temos que ser livre é fazer o que segue necessariamente da natureza do agente e novamente em Sartre, talvez um dos maiores filósofos da condenação à Liberdade, a liberdade é a condição ontológica do ser humano, o homem é nada antes de definir-se como algo, e é absolutamente livre para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo. Com todos estes pensamentos e questionamentos encontramos um cabide onde tudo pode bem ser pendurado, o cabide do indizível, a Liberdade que todos entendemos, mas que ninguém consegue explicar. E, por fim, nos resta uma última questão: será boa a condenação à Liberdade? Pois como é bem dito no filme Ilha das Flores, o homem se difere dos outros animais por ser livre.
Autor: Larissa Couto Rogoski


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