Hipertensão infantil ? o coração do seu filho pede socorro.



Nunca foi tão comum os riscos que antes alcançavam uma vida adulta, atuarem tranquilamente entre o universo das crianças e adolescentes. Um perigo que começa pela boca, doce sedução, impossível para elas, resistir. Hambúrguer, cachorro-quente, refrigerante, doce. Então tudo pode, nada é restrito, mas o perigo logo os cerca.
Criança nessa fase, quer só comer isso, guloseimas mesmo. Cabe aos pais, cuidar da alimentação de seus filhos, e desde cedo, fazer um acompanhamento pediátrico devido.
Em uma reportagem do Globo Repórter, atualizada em 21/06/2010, falava sobre uma menina de 6 anos que já havia convencido a mãe, "Não sou muito chegada à fruta, e eu não como legume, porque eu não gosto", conta a menina. Ela come basicamente o que quer, conquista a vontade da mãe que acaba virando a sua vontade. "É difícil, porque ela quer comer pizza, quer comer hambúrguer, quer comer cachorro-quente, refrigerante. Eu deixo, eu acabo cedendo", reconhece a mãe, a comerciante Márcia Regina Ribeiro.
E o produto desse "ceder", são os dez quilos que ela tem acima do peso normal. A Cardiologista afirmou que a pressão da menina está alta para a idade dela.
Enfim, essa é a realidade que infelizmente tem precocemente sido experimentada pelos pequenos.
A explicação também, pode ser encontrada em tanto sedentarismo que existe entre as crianças hoje em dia. Com tanta violência, a medida tomada acaba sendo, privar os pequenos dentro de casa, ficando assim, mais perto do computador, do videogame, na televisão. Deixando-os mais perto também da falta da prática de exercícios físicos saudáveis, vivendo um estilo de vida totalmente inadequado.
Uma ilusão também é pensar que como crianças e adolescentes, são então, inatingíveis, que não correm riscos de sofrer qualquer tipo de doença, porque podem comer qualquer coisa, que não altera em nada. Um ledo engano, porque é sim nessa fase em que o coraçãozinho dos pequenos pode alarmar sim, e de uma forma assustadora.
A hipertensão arterial pode assim, ser considerada como um "mal silencioso", age devagar, e sem fazer muito alarde. E segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), estima- se que haja 3,5 milhões de crianças e jovens hipertensos no Brasil e sua incidência varia de 2% a 13% entre elas. Sem deixar que os pais percebam logo, como um xixi feito na cama, pode a princípio não parecer ser no máximo um mal costume a ser tirado, mas pode ser sinal de pressão alta, assim como outros sintomas não tão visíveis.
Os pais então, chegam a não acreditar nos números que vêem. "A gente tem encontrado muitas crianças com pressão no limite ou acima, e a gente coloca essas crianças com uma etiquetinha ?em observação?", diz a cardiologista Rosa Célia Barbosa, da Pró Criança Cardíaca.
E nem sempre a doença vem acompanhada da obesidade, no entanto, quando o peso é controlado, existe um equilíbrio e evitar com certeza é melhor que remediar mais tarde. Sem falar que mesmo não ocorrendo obesidade com tanta pressa, não se descarta a possibilidade de que ela venha a tardar e aparecer na vida adulta causando uma série de complicações desnecessárias, que poderiam ter sido evitadas desde a infância ou até mesmo na gestação, porque antes mesmo de nascer, muitas crianças já tem a promessa de doenças cardiovasculares e renais. Por isso que é tão importante que a mãe cuide da saúde de seu filho mesmo não tendo vindo ao mundo, pois uma alimentação correta é o primeiro passo para um futuro tranquilo.
E com a obesidade infantil antecedem de muitos outros problemas de saúde, como distúrbios psicossociais, desordens ortopédicas, disfunções respiratórias e diabetes. Mas algumas delas já vem logo na infância, nem esperam muito para atacar.
Próximo alerta: o coraçãozinho do seu filho pode estar correndo um grave risco.
"O coração é uma bomba que impulsiona o sangue oxigenado através da aorta, a artéria que dá ramos pra irrigar o organismo inteiro. Na pessoa hipertensa, o coração encontra mais resistência para fazer a corrente sanguínea progredir através do sistema. Por isso é obrigado a fazer mais força. Faz tanta força que empurra a aorta pra cima e pra trás." Explica o dr. Dráuzio Varella.
O importante mesmo, é sempre que levar no pediatra, pedir para medir a pressão, porque é difícil de se diagnosticar por nem sempre ter seus sintomas explícitos. Que quanto mais cedo se descobre, mais fácil fica de tratar.
E tem a questão da má alimentação que é quase inevitável entre eles por causa da falta de controle que hoje se tem com tanta coisa industrializada, temperos prontos, salgadinhos empacotados e as doces guloseimas... são os mais comuns e os mais complicados de limitar, fica quase impossível negar. Mas pode ser sim possível evitar. Por isso que uma das saídas mais apropriadas, não seria bem criar uma dieta particular, para a criança, seria sim, criar bons hábitos em toda a família. Os pais tem que ser modelos para eles, reflexos. Se tantos maus hábitos fazem parte, não tem como o filho copiar e ter sucesso.
E as dietas nem sempre fazem efeito, não se segura dieta a vida toda, o segredo é aprender a comer, ter limites pra não sofrer futuramente. Comecem o dia comendo corretamente, cuide de uma merenda escolar para eles mais saudável e pratiquem exercícios, é essencial.
Afastando assim com tanta pressa, problemas tão desnecessários, dos pequeninos.

Autor: Luana Da Silva Cãmara


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