CENSURA DO PRAZER



Não sei quando começou. Era mágico, era pleno, algo surreal.
Encontramos uma, duas, três, mil vezes. Eram infinitos e eternos os nossos momentos de prazer.
Eu adorava seu corpo sobre o meu, as caricias e o amor que hoje eu sei que era real.
Não posso negar. Pois é uma lembrança da minha história; é um fato que envolve não só o meu corpo, mas a infinitude da minha alma.
Mas eu era uma criança. Será que foi real ou uma fantasia concreta?
Hoje eu tenho medo; antes eu procurava, sentia saudades e queria ver o seu doce olhar, mas agora minha memória quer apagar as lembranças, acentuando o prazer do corpo, a sexualidade e a essência sublime que aqueles momentos me proporcionaram.
Não foi por acaso que tudo aconteceu, mas sei que nunca mais acontecerá; pois não quero sentir e sim lembrar de um período que prismou o prazer e as sensações marcantes que se alastraram na profundidade da minha alma.













Autor: Dhiogo José Caetano


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