Fim De Tarde
Vejo
seus olhos tristes diante de mim
E
meu raciocínio aponta o dedo para mim.
Vejo
sua lágrima percorrendo sua face
E
minha consciência acusa-me.
Poderia
ser diferente do que sou
Mas
ainda não descobri tudo aquilo que sou
E
cada parte de mim ainda clama por outra que ainda não existe
Ou
que simplesmente ainda não foi descoberta.
Gostaria
de levar a felicidade comigo
Mas
pareço propagar o que menos creio existir em mim.
Tão
confuso quanto me entender
É
tentar ser quem eu sou.
Sou
menos do que gostaria de ser,
Mais
do que esperava suportar.
Caminhei
mais do que sempre desejei
E
ainda não sei se tudo o que fiz foi tão bom quanto penso que foi.
Não
tenho tanta certeza para tantas coisas.
A
vida às vezes exige mais do que deveria,
E
meu estado de espírito é tão lunar
Que
às vezes não sei quando vem a minguante.
Ainda
estou tentando viver o hoje com suas alegrias,
Apesar
de certos fantasmas teimarem apossarem da minha memória.
Não...
Eu não entendo o mundo e nem a mim
E de
tudo o que surgiu a sua mágica foi a mais bela.
Riva Moutinho 22/03/2008
Autor: Riva Moutinho
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