LÓGICA VIVENCIAL - NA VISÃO DO AUTOGERENCIAMENTO
INTRODUÇÃO:
A lógica vivencial influi decisivamente na percepção, no pensamento, na vontade, nas ações, na harmonia, na saúde e no equilíbrio da pessoa.
A lógica vivencial, dependendo da idéia-força, pode se tornar uma espécie de freio aos nossos processos psíquicos. Cria um estado de dormência em nossa atividade mental, corrompendo o nosso juízo crítico, tornando as pessoas desorientadas e subjugadas.
Durante a nossa vivência, os fatos ou acontecimentos vividos ou imaginados, após a memorização, construirão o histórico das nossas experiências de vida e alguns nos servirão de guias.
DESENVOLVIMENTO:
A lógica vivencial é o atributo psíquico que coordena tudo em nossas vidas. Coordena não só o que está fora de nós, como os fatos e acontecimentos, mas também o que está dentro de nós (causas subjetivas), ou seja,os nossos medos,os nossos conflitos, os nossos anseios etc.
A lógica vivencial também atua sobre os fatos e acontecimentos do nosso passado e sobre nossas perspectivas futuras.
É através da lógica vivencial que expressamos e damos sentido e valores às nossas atitudes e comportamentos. Ela representa a nossa realidade, seja imaginativa , seja real, e terá para cada pessoa um significado específico.
A sua importância será sempre proporcional ao valor que os fatos têm para cada pessoa.
"PENSE NISSO".
"ASSUMA A DIREÇÃO DA SUA VIDA".
Somos nós que decidimos o que vamos conhecer, ter e ser, ou ainda, qual a verdade a seguir e a forma de agir. Ninguém faz nada por acaso, sempre há um motivo.
Em nosso processo de interação, a lógica vivencial tem como função gerenciar as nossas respostas para cada experiência vivencial; sendo ela, portanto, a grande coordenadora das nossas atitudes ,comportamentos e pensamentos.
A lógica vivencial depende da experiência para ser construída e da memória para ser memorizada e arquivada, assim como depende de novas experiências para ser renovada. Cada nova experiência é a força propulsora de criação e/ou alteração da nossa lógica vivencial.
A lógica vivencial é a representação das nossas verdades, dos elementos que acreditamos e utilizamos em nossa interação com o mundo interior e exterior.
A lógica vivencial se diferencia da racional, porque, além dos elementos cognitivos, fazem parte da sua composição as expressões emocionais.
É através da lógica vivencial que configuramos padrões de referências vivenciais, que irão determinar a forma de agir e de reagir a tudo que nos acontece.
A lógica vivencial determina o modo como iremos reagir aos estímulos, tirando da emoção o seu caráter impulsivo.
Já que somos movidos ,em nosso processo de interação, por lógicas vivenciais e cada uma delas tem uma idéia- força que dirige as nossas atitudes, comportamentos e pensamentos; pergunto:
Será que é o emocional a causa maior dos nossos sofrimentos e dos nossos desequilíbrios ou será o modo como interpretamos as nossas vivências, através da nossa lógica vivencial, o causador de tudo?
Pensemos!
Se cada vivência gera uma idéia- força e essa ,por sua vez, gera uma lógica vivencial que, por sua vez, se utiliza de diferentes expressões emocionais para revelar ao mundo exterior o que estamos sentindo; como, então, manter e justificar uma expressão emocional sem que a razão não esteja presente?
Na construção da lógica vivencial, razão e emoção são parceiras. Ambas são partes da mesma trama, não podendo ser analisadas separadamente.
Cada uma tem a sua função dentro da construção e da expressão da nossa lógica vivencial.
A razão tem como função compor cada situação, dentro de uma lógica que explica e justifica o ato vivencial.
A emoção, por outro lado, tem como função expressar para o mundo exterior o que estamos sentindo, em decorrência de um ato vivencial.
Assim,a razão precisa da emoção para ser expressar e a emoção precisa da razão para saber o que expressar.
Já prestaram atenção! Ninguém consegue pensar que está alegre e comportar-se de maneira triste, ao mesmo tempo.
Sabe por quê? Porque a razão e a emoção são parceiras na construção e na expressão de um pensamento, de uma atitude ou de um comportamento.
Se eu não pensar em sofrimento, não tenho como transformar algo que não foi pensado.
Se eu não sofrer o sofrimento que pensei e/ou vivenciei, não tenho como sofrer esse sofrimento.
Veja o caso do polígrafo!
Aparelho construído no fundamento de que a pessoa expressa o que pensa e que é difícil desconectar o que se pensa do que se sente.
O aparelho detecta alterações psico-fisiológicas.
Logo, viver um ato constituído de uma lógica vivencial desprovida de emoção não é possível. Podemos, sim, escolher que tipo de lógica vivencial utilizaremos em nossa interação com ele. O que nos leva a expressar as emoções de modo negativo ou o que nos leva a expressá-las de modo positivo.
Na realidade, não há como viver indiferente aos acontecimentos da vida.
Julgar que estaremos protegidos, caso não nos envolvamos emocionalmente; sem dúvida, é cometer um engano duplo: primeiro não existe ato vivencial sem emoção; segundo, em vez disso nos ajudar a compreender e superar um conflito, nos manterá presos a ele.
Para refletir:
Quando quisermos mudar algo em nós, devemos buscar novas razões; retirando da situação atual qualquer influência sobre os sentimentos e emoções que iremos expressar.
Cuidado!
Sempre faremos parte do pensamento que estamos pensando.
Concluindo:
É através de uma lógica vivencial responsável que iremos conquistar a nossa realização como pessoa e cidadão.
O grande perigo é que a nossa mente cria padrões de referências vivenciais (memórias vivenciais) que poderão nos aprisionar a traumas, complexos etc. Em vez de nos libertarmos, viveremos acorrentados a eles.
Assim, para transmutar um estado emocional, precisamos buscar novas razões que nos possibilitem expressar novas emoções, pois elas produzem efeitos diferentes no nosso equilíbrio mental, físico e energético.
Precisamos estar aberto a novas experiências, pois o novo é sempre um estímulo para que mudemos a nossa maneira de nos relacionarmos no mundo.
Acreditar que nos tornamos invulneráveis, quando nos tornamos indiferentes; é esquecer que o mundo está em nós como estamos no mundo. É nos ferirmos com a nossa própria ilusão.É negar a realidade, transformando-nos em pessoas incapazes de diferenciar o mundo real do imaginário.
Pergunto: Alguém deixa de sofrer por recalcar as suas emoções?
Por que, então, usarmos a racionalidade para nos machucar?
Reflita !!!Em se tratando de sentimentos, pensamentos e comportamentos, tudo é possível de mudar.
BASTA QUERERRRRRRRRRRRR........ E AGIRRRRRRRRRRRRRRRR
Drº Cláudio de Oliveira Lima ? psicólogo
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Autor: Cláudio De Oliveira Lima
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