Coma O Seu Carro



O novo terror que está em cartaz é que irá faltar comida no mundo, em função do biodiesel que irá substituir o petróleo.

A China e a Índia, com o aumento de sua população com poder de compra, teve um papel importante na falta de alimentos no mundo e o conseqüente aumento nos preços, ajudando a aumentar a preocupação, com relação a isso.

Os Estados Unidos já decidiu tirar etanol do milho, ofertando menos desse produto no mercado mundial.

Antes que alguém diga que não gosta muito de milho, é bom saber que ele é a base da ração das galinhas, alterando assim o preço dessa ave e o preço dos ovos.

Outros países também estão reservando suas terras produtivas para o plantio de combustíveis.

O rico não está muito preocupado com o aumento do preço da comida, até porque a sua dieta vem do mar com iguarias como a lagosta e o caviar.

O Brasil que já está deslumbrando ser no futuro, uma nova Arábia do etanol, passando a receber os etanodólares, tem que ter os quatro pés no chão, pois os outros países já estão investindo verdadeiras fortunas, tanto em usinas de transformação de biocombustíveis, quanto em estudos para tentar transformar até capim e mato em combustível.

Os países ricos, em nome do lucro acima de tudo, são capazes até de salvar a terra.

Como, no momento essa tecnologia seria muito cara, tornando inviável a sua utilização, o risco de uma falta geral de alimentos no mundo é bem real.

Os técnicos do governo negam com veemência essa hipótese, o que nos deixa ainda mais apavorados, pois as negativas do governo sempre foram mais eloqüentes do que qualquer afirmativa.

Algumas empresas fabricantes de alimentos já estão pensando em investir em montadoras de automóveis, criando o automóvel comestível feito de chocolate, por exemplo.

Como o alimento vai ser usado como combustível e faltará comida, essa parece ser a forma mais racional de se aliar os dois problemas: a pessoa vai comendo o carro aos poucos, deixando o motor e os pneus por último, por questões óbvias.

Pode tranqüilamente começar comendo os espelhos retrovisores, os pára-choques e os tapetes do veículo.

O maior problema a ser enfrentado por essas empresas responsáveis pelo veículo comestível será o preço do seguro, uma vez que com o povo faminto pelas ruas, não haverá mais carro inteiro por aí.

Sérgio Lisboa.


Autor: Sérgio Lisboa


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