O que virtua e o que desvirtua o nosso trabalho




Primeiramente é preciso entender que nós somente mudamos se julgamos necessária a mudança.

Por nós, não por ninguém! Não é porque alguém disse ou mandou mudar é que faremos isso. Temos que avaliar a situação antes de mais nada. O momento de transições, mudanças, de tentativas (às vezes frustradas) de implementar melhorias, de conversar de igual, onde há quem se ache diferente, ou ache que há gente diferente.

No fundo temos que avaliar se estamos indo certo ou errado, bem ou mal.

Se nós acreditamos que nossas atitudes em nada influenciam no todo, acabamos ficando à mercê de questões inerentes ao dia-a-dia.

Mas se entendemos que nosso comportamento tem sim muito significado para o que acontece ao nosso redor (e este é o nosso mundo), pensamos mais antes de tomarmos certas atitudes.

Não que sejamos bons ou maus exemplos, nem que sejamos melhores ou piores que alguém, mas se agimos contrários a regras impostas (e todo lugar tem suas regras de convivência coletiva), criamos o direito para que outros tantos tomem as mesmas atitudes. É um direito tácito, implícito na atitude pequena, com visão reduzida sobre o contexto. Não se trata de fatos isolados.

Se nós retiramos do contexto, somente um texto, criamos um pretexto para agirmos assim, de forma simplória e grosseira.

É o que ocorre com a falta de prática. Somente a teoria por si só, sem a prática é incompleta. Mas a prática sem a teoria nos parece uma simplificação grosseira, algo sem substância, insólito demais para nos fazer pisar na realidade.

Atitudes egoístas desvirtuam o nosso trabalho.

Atitudes coletivas virtuam o nosso trabalho.

Se há regras (e todo lugar sempre terá suas regras, sempre), estas devem ser respeitadas. Não por medo ou por imposição, mas por um completo entendimento de que o texto faz parte do contexto, e este, sem aquele, é incompleto.

Mas parecemos cada vez mais querermos criar pretextos à rebeldia, ao mau comportamento, ao supérfluo, o que desvirtua o nosso trabalho.

Quando retiramos nosso olhar, nossa concentração (e isso deve ser respeitado ao limite de cada um de nós ? pois se alguns conseguem trabalhar com barulho, conversas, e-mail?s, telefones, msn?s, em meio à discussões fúteis e pequenas, em meio à preferências musicais, etc.) daquilo que é essencial (a excelência da prestação do nosso serviço), para aquilo que é supérfluo (o paralelo que desvirtua, porque lá na frente faz curva e fará voltarmos para trás).

Quando corremos atrás daquilo que já passou mais de uma vez algo está desvirtuando o nosso foco (é como a história do cachorro que fica correndo atrás do próprio rabo).

O que virtua o nosso trabalho está no nosso entendimento de coletividade, aliado ao bom senso comum de uso das ferramentas, de sabermos nos portar em determinadas situações (na presença do coordenador/supervisor/colega de trabalho/cliente/fornecedor, mas essencialmente na ausência destes).

É quando a ausência é respeitada, tanto ou mais que a simples presença. É a presença da ausência que não desmancha todo um ótimo trabalho.

O foco principal é a excelência na prestação do serviço. É melhorar nosso produto final que depende de cada Departamento.

Somos (cada um de nós) um texto dentro deste enorme contexto. O que chega às mãos dos clientes sempre será o contexto. Se dentro houver alguma peça fora do lugar, ao mexer no produto o cliente notará que algo saiu errado. Que desvirtuaram a empresa dele (porque para o cliente o que está em jogo é simplesmente a sua empresa).

Enfim, para que o nosso trabalho tenha mais virtudes e para que consigamos virtuar nosso caminho diário, rotineiro (o que é bom, porque da rotina nasce a excelência) e profissional, temos que criar em nós a consciência daquilo que está desvirtuando o foco e corrigirmos aos poucos os detalhes.

Há uma coletividade impregnada dentro das partes (ou de cada texto, ou em cada Departamento), e este não pode ser desprezado, ignorado ou deixado de lado. Simplesmente por vaidade pessoal/profissional não se deve ignorar quem está ao redor.

Voltando ao início, sem criarmos bons e maus, cada um serve de exemplo para os outros.

O que um faz permite ao outro que faça também.

Mas todos nós somos responsáveis, primeiro por nós mesmos, depois, de certa forma, pelos outros também. Seja pelo que representamos, seja pelo que damos aos outros, por aquilo que oferecemos como profissionais e como pessoas, ou seja como permitimos que os outros passem a fazer ao nosso redor.

Não podemos crucificar o sistema que desfavorece as virtudes em detrimento do que é supérfluo, mas podemos mudar nossa mentalidade e nossa atitude.

Até porque, o nosso trabalho é o espelho da nossa vontade (ou falta dela), é o reflexo do nosso comportamento perante a coletividade, é o que marcará nossa passagem pelos lugares por onde andarmos.

E há muito trabalho a ser feito, muita coisa precisa ser corrigida e melhorada. Há ferramentas, há condições, há profissionais dispostos, há idéias novas (embora esteja cada vez mais difícil livrar-se das idéias antigas), portanto, resta-nos convergir no nosso foco principal as virtudes postas sem deixarmos que nosso trabalho seja desvirtuado.


Autor: Johney Laudelino Da Silva


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